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Luis Ganem: Soprando as velas, mas ainda com muito a falar

Por Luis Ganem

Luis Ganem: Soprando as velas, mas ainda com muito a falar
Foto: Reprodução

O Bahia Noticias acaba de completar dez anos, e, parei para pensar em quantos textos já fiz ao longo desses anos, e o quanto a música mudou. Olha, fazendo uma conta por baixo, já escrevi ao longo desse tempo pelos menos umas duzentos e quarenta colunas voltadas para a nossa música, seja falando dela diretamente, ou dos seus entornos. 
 
Relembrando um pouco a minha história, minha chegada ao BN, se deu no ano de 2008, mais precisamente em agosto. Naquele ano, eu estava em um outro site fazendo a direção, quando em uma conversa com Ricardo Luzbel foi feito o convite, e fui escrever para a coluna HOLOFOTE. Na conversa chegamos a um denominador, que escreveria a partir daquele momento, sobre temas relacionado a música em geral principalmente a baiana, e todos os seus desdobramentos. 
 
Lógico, no começo ajustar a minha opinião pessoal sobre situações do dia a dia da música, em um texto de coluna, era algo que de antemão exigiria imparcialidade da minha parte, ou pelo menos bom senso ao criticar. Não queria ser de pronto um articulista da música, que ficasse batendo pelo simples prazer de bater.
 
E então, lá fui eu com a responsabilidade de tentar passar para o leitor, um pouco mais que as notas postadas em HOLOFOTE – o que diga-se de passagem, é umas das colunas mas acessadas do portal- dando expressão aos questionamentos que ouvia em conversas com profissionais do meio artístico, ou em e-mails que recebia, na sua maioria anônimo, instigado a que pudesse comentar sobre certos assuntos do mercado.
 
Olha, foi tanta coisa que falei, tanto assunto que reproduzi em texto, que vez ou outra fico perplexo em entender que ainda existem assuntos na música, esperando por textos a serem feitos. De pronto, alguns textos sempre me veem a mente quando lembro da minha história no BN. Textos como por exemplo o do nascimento do filho de Ivete Sangalo, quando em uma carta aberta, falei que ele receberia um manto sagrado com as cores azul, vermelho e branco com duas estrelas amarelas, e que com certeza ele iria gostar muito, a um texto feito sobre Saulo Fernandes, quando do lançamento do seu DVD gravado na Concha do TCA – pra mim uma das obras mais fantásticas do Axé nos últimos anos – em que dissequei um pouco a obra, entusiasmado em minhas linhas, com a complexidade simplória do cantor. Isso, são apenas dois do mais relevantes de tantos outros que aconteceram que agora não me veem a memória.
 
Fora isso, muitas outras coisas foram faladas esses anos. De colunas sobre artistas do porte de Marcio Vitor e Durval Lelis, passando pelos novos como por exemplo Daniel Vieira, Kart Love, Duas Medidas – para mim, a melhor banda da nova geração- dentre outras, a textos reflexivos, sobre o nosso momento musical, falei de quase um tudo. Lógico, sempre pautando entre um comentário voltado a algum ator desse nosso cenário, a um problema que precisava ser mais discutido, e que estava meio que fora de foco, e assim foi feito. 
 
Dai, lendo alguns desses textos, principalmente os voltados para a reflexão, me pergunto ou me levo novamente a refletir, se efetivamente algo mudou nesses dez anos do BN na música da Bahia. Como afirmar não posso, espero realmente, que algo tenha mudado, e se não, digo que ainda é tempo dos boçais colocarem sua cara a tapa, e fazerem algo que valha, ao invés de serem apenas boçais.
 
Rapaz, tem tanta coisa que gostaria de falar, tanto texto gostaria de comentar, que se fosse fazer levaria bem uns três textos falando sobre isso. Como não tenho esse espaço, fica aqui os meus parabéns a Samuel Celestino e Ricardo Luzbel e a todos que fizeram e fazem parte do BN.
 
Parabéns.