Luis Ganem: Festa open bar... ter ou não ter?
Tomei meio que certo pavor das polêmicas da moda. Creio que desenvolvi uma fobia a tudo que, por ter uma lógica clara, orgânica, nem deveria vir a ser discutido. Claro, digo isso sob uma visão particular, sem querer macular o direito de quem gosta de achar cabelo em ovo, ou discutir o sexo dos anjos, pois opinião é igual a impressão digital, cada uma tem a sua. Por isso, discutir sobre mudança de nome de circuito do carnaval para mim, cai no lugar comum, no romantismo de quem é contra ou a favor, e defende fervorosamente a sua opinião (o que não é meu caso nessa questão), e que fique claro para os apaixonados de plantão: na minha visão.
Mas, continuando a resenha, tem repercutido no meio e começado a criar um buchicho em rodas de conversa do meio musical e do entretenimento, uma nova onda oriunda do sudeste do País, e que pode chegar aqui em terras baianas dentro em breve, trazendo na sua crista, a proibição de vendas “open bar” em eventos, bares e afins. Isso mesmo! A novidade agora, é que festa não pode vender álcool à vontade.
Alguns Estados como por exemplo Minas Gerais, resolveram desencavar esse projeto de lei, lançado na esfera do Congresso Federal ainda no final do Século passado, e depois apensado em 2008, que visa proibir a chamada bebida livre nos bares de eventos e afins.
Em Minas, o projeto que estava tramitando na Assembleia Legislativa e trazia no seu texto a proibição para qualquer tipo de venda de ingresso com ação casada (em que a venda da bebida e o ingresso ao evento seja feita em um só ticket) em festas, bares restaurantes e afins, dizendo em sua justificativa e ainda referendando que a venda casada induzia ao jovem a começar o vício de ingerir álcool ao que parece foi rechaçado. Mas o mesmo projeto, tem circulado bastante Brasil afora nesses últimos dois anos, sendo aprovado inclusive em alguns lugares como a cidade Rio Preto no interior de São Paulo, e em alguns Estados a exemplo de Goiás.
Alguns produtores do mercado baiano, têm dito a boca pequena, que hoje, com os custos em alta, pouco vale fazer um evento com open bar, e que o mesmo em tese só serve, como chamariz, e que o grosso do evento, está e sempre estará na pista, onde mesmo o ingresso não sendo caro, a venda do bar por pessoa em média, é maior do que o ticket do open bar.
Em tempos de empreendedorismo, e sendo essa a palavra do momento, nada pior para um profissional da área do entretenimento, de ser cerceado em sua livre iniciativa. Lógico, teses das mais variadas a favor e contra, estão ai para convencer quem quer que seja, sobre o risco ou não de se fazer eventos com bebida à vontade. Desde a ideia primaz de que o álcool é a entrada do jovem para outras drogas – inclusive com estudos dirigidos sobre essa tese -, as indicações de acidentes no trânsito e violência extrema, aos que entendem que as normas, devem ser colocadas para punir os excessos do que bebem, mas que também o excesso, e a bebedeira descomedida, vem de berço, da falta de embasamento familiar, e de falta de pulso dos pais em impor limites ao filhos e que portanto isso não dá o direito ao estado, de criar regras para o consumo, indo de encontro inclusive a constituição em pelo menos três artigos.
Seja como for, creio que uma pergunta valha para toda uma sociedade pensante e formadora de opinião: você, é contra ou a favor da vendo do ingresso Open Bar. Se tiver vontade de opinar me escreva: [email protected]. Gostaria de ler e saber a sua opinião.