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Luis Ganem: Penso, logo existo!

Por Luis Ganem

Luis Ganem: Penso, logo existo!
Foto: Divulgação
Pela lógica reinante de quem fala sobre música e seus rumos, o texto mais o óbvio depois da Folia de Momo seria falar sobre a repercussão da escolha da música do Carnaval, ou da musica mais tocada nos dias de folia. Ou ainda, quem sabe, florear sobre a passagem de algum grande artista pelo circuito, que de forma singela e desprovida de interesses midiáticos, falou algo que repercutiu rapidamente pelo País.
 
Poderia ainda, fazer uma crítica direcionada a quem passou bem e quem passou mal pelo circuito, ou se nada disso fosse um bom tema, poetizar sobre o efeito que causou para a Bahia, a vitória de Maria Bethânia (da escola que levou as ruas um enredo que falava sobre ela, que fique claro) no Carnaval das escolas de samba do Rio de Janeiro. Poderia, sim, falar sobre tudo isso, mas como diz a rapaziada das redes sociais, #sqn (significado da abreviação da frase: só que não).
 
Dessa vez, a minha opinião vai ser totalmente direcionada à festa. Do que penso que poderia ser mudado na folia. Até porque, essas outras questões do mundo carnavalesco, já foram batidas em textos a fora.
 
Sei que de ano para ano, algumas modificações são feitas ou melhoradas em relação ao ano anterior. A festa como um todo precisa, necessita desse aprimoramento. Hoje, diga-se de passagem, muito menos do que já precisou no passado.
 
Esse ano, mais uma vez, vi a festa no circuito Barra/Ondina, de um espaço privilegiado e transmitindo o carnaval, pude ver tudo e todos que se apresentaram. Dito isso, é preciso dizer alguns detalhes são importantes de serem pontuados e talvez quem sabe, modificados. Desses detalhes, um pra mim, deve ser prioridade em ser revisto ou não, mas ao menos quero opinar, que é a mudança do começo do desfile na Barra, com a também mudança do tempo de tocada dos Trios independentes.
 
Bom, sobre a observação cabe um pequeno pormenor que é preciso estar atento, pois infelizmente se assim não for feito - na minha opinião -, é possível que a festa termine sempre antes do que se espera, e a rua fique cheia de "zumbis" andando de um lado para o outro, procurando o que fazer.
Já é de ciência, tanto por quem é contratado pelo poder público, quanto por quem vem em bloco carnavalesco, do tempo que se leva para um artista cumprir o trajeto da Saída (Farol da Barra) até o fim do percurso (gordinhas de Ondina). O Percurso, que dura em média quatro horas, o que indiscutivelmente é um tempo razoável para uma atração tocar, é feito pelas atrações que passam no circuito, quase que no tempo hora citado.

O certo, é que esse tempo poderia ser um pouco mais aproveitado, se ao invés de começar o desfile as duas horas da tarde, viessem a começar ao menos umas cinco horas. Se formos parar pra ver a festa como um espaço popular, veremos que o grande problema - ao que pude perceber-, é que se sabendo mais ou menos quanto tempo dura o desfile, todos os envolvidos em tocar na folia, sem tirar nem por, tentam ao máximo, adiantar o percurso, o que deixa um imenso vazio no circuito no começo da madrugada, que piora ainda mais a partir de certo horário, já que os poucos trios contratados que ainda não passaram, passam literalmente parecendo comboio, colados um no fundo do outro. 
 
É perceptível que ficou cedo demais começar um desfile. Ficou claro que com isso, o começo da madrugada no circuito barra, virou apenas um grande espaço de camarote, ficando o povo na rua, sem ter o que fazer. Seria interessante, fazer com que a barra, tivesse o seu começo retardado, já que durante o dia, principalmente entre o Domingo e a Terça, o Campo Grande faz as vezes do carnaval diurno. 
 
É bom que se diga que, o que ainda existe de queixas hoje, e queixas sempre vão existir, estão mais para os detalhes. Hoje é fato afirmar, que o dia é do circuito Osmar (entenda ai o dia até as vinte horas) e a noite é do circuito Dodó (entenda ai a partir das dezessete horas). é importante enaltecer a importância do furdunco e do Fuzuê, como forma de dinamizar mais ainda o carnaval. Mas, é importante também, entendermos os apelos populares da festa, e podermos todos nós criarmos forma, de privilegiar cada vez mais o folião pipoca.
 
Ao longo desse mês de março, ainda quero expor mais algumas idéias que tenho, com que penso pode ajudar pra melhor a folia. Expor um pouco, algumas observações que pude fazer, e quem sabe com elas, dar um pouco da minha contribuição a maior festa popular de rua do planeta.

Fui!