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O que o entretenimento espera do próximo governador?

Por Luis Ganem

O que o entretenimento espera do próximo governador?
O mercado artístico e cultural tem reclamado muito de certo amadorismo no que tange a logística de shows e eventos no estado. Sendo que alguns fatores são sempre preponderantes para essa reclamação. Seja pela falta de espaço próprio para o desenvolvimento do segmento como casas de shows e um novo e moderno centro de convenções, seja pela falta de investimentos das autoridades para com a classe, o fato é que insatisfações como esta fazem com que o mercado, que vive somente contando com o Parque de Exposições agropecuárias ou então um ou outro local improvisado, tenha realmente razão para reclamar do declínio dos grandes eventos em geral que deixaram de vir para a Bahia.
 
E mais: essa fatura de uns anos pra cá vem sendo creditada a uma crescente falta de incentivo do Estado com um segmento que, segundo seus representantes, não tem sido tratado com bons olhos ou com interesse por aqueles que comandam os destinos da Bahia.
 
Diante disso, o mercado do entretenimento (leia-se ABRE - associação brasileira de entretenimento – seção Bahia) resolveu neste ano de eleição para Governador fazer uma série de palestras com os três primeiros candidatos nas pesquisas, para ouvir dos mesmos o que eles pensam e como vão agir para a melhoria do segmento.
 
Para isso, o segmento lançou para os candidatos uma carta de interesse da classe que foi chamada de “CARTA PARA O FUTURO GOVERNADOR DA BAHIA”. Nela, os candidatos foram convidados para debater e mostrar seu programa de governo, logicamente voltado para o entretenimento como um todo, em que foram colocados dez tópicos prioritários no entender do segmento para o candidato discernir.
 
Detalhes que antes ficavam e pesavam despercebidos para maioria hoje fazem parte de qualquer conversa de “esquina” entre aqueles que vivem de música. Alguns itens relacionados na carta são queixas antigas e já ditas por mim linhas acima como o fato de sermos um estado turístico com atrativos culturais e naturais para a atração de visitantes e, portanto, se fazer necessário um incremento dessa atividade através de eventos, e mesmo assim não existir um espaço voltado para isso. A entidade diz que: “estamos perdendo espaço para Estados menores e com pouca visibilidade artística se comparado a Bahia com, por exemplo, Alagoas e Sergipe”.
 
Fala alinda a entidade da estrutura sucateada que se tornou o centro de convenções que não consegue mais atrair nenhuma feira, discerne sobre a política de divulgação do destino Bahia, fala também sobre o calendário de Eventos para o Interior do Estado em que diz: “Já existem eventos bem sucedidos em Lençóis, Vitória da Conquista, Porto Seguro, dentre outras cidades. Muitos desses eventos são iniciativas privadas, que sobrevivem com um esforço hercúleo, pois não contam com apoio governamental”.
 
E disse ainda que "Durante muitos anos fomos protagonistas nos Carnavais Fora de Época, com a realização de grandes e bem sucedidas Micaretas pelo interior da Bahia, como: Feira de Santana, Vitória da Conquista, Alagoinhas, Ibotirama, Barreiras, Juazeiro, Ilhéus, Itabuna, dentre outras"  deixando claro que, a falta de engajamento governamental, na realização desses eventos, que ao longo do tempo foram sendo transformados exclusivamente em festas privadas, fez com que muitos deles fossem minguando ou mesmo desaparecendo.
 
Enfim, percebi pela carta, que o segmento está totalmente focado e unido para ter do novo governador, um compromisso de engajamento maior na relação com o trade.
 
O mais importante disso tudo, é que o mercado possa ouvir as propostas dos candidatos, discernir quem fala com conhecimento de causa, ou pelo menos está empenhado em desenvolver de forma mais concisa essa atividade hoje tão importante na economia informal, e trazer novamente para o destino Bahia, seu lugar de destaque no cenário nacional.
 
Luís Ganem

Leia a integra da carta aqui.