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Coluna

Um consórcio para a alegria

Por Luis Ganem

Mercado recessivo, pouca perspectiva de novos sucessos e bandas em baixa. É o filme que tem passado ultimamente nos cinemas da Bahia, tendo de fundo nossa música e, mais precisamente, nosso ritmo, o axé.
 
De eventos deficitários a artistas que outrora levavam grandes públicos às suas festas e, hoje, precisam sair do estado para justificar que ainda estão na crista da onda, nossa música tem passado por transformações no que diz respeito às festas, que raro dão lucro.
 
Mas e aí, o que está sendo feito para tentar minimizar essa crise ou começar a sair dela? Eu vos digo, oh ávidos leitores da folia, vi essa fórmula neste fim de semana, em um evento acontecido na nossa Polinésia brasileira (Praia do Forte), onde um consórcio de produtoras se juntou para fazer um evento.
 
Penta Entretenimento, Carreira Solo, Okei Entretenimento, Novo Palco e Salvador Produções colocaram em prática uma ideia simples, mas que sendo bem trabalhada pode se tornar, nestes tempos difíceis, uma saída para o fiasco que tem sido a maioria das festas pagas na nossa cidade.
 
Pois é amigo, a rapaziada, agora mais do que nunca, está se juntando para fazer as festas – o que já era feito antes. Desta vez, diferentemente de outros tempos, em que cada empresa entrava com um percentual em dinheiro e trazia uma atração de fora (bem cara na maioria das vezes) para fazer uma dobradinha com um local e mais nada, agora, por conta da recessão, ao invés disso, colocam cada uma um artista seu para tocar, como forma de justificar o investimento. E seja o que Deus quiser.
 
Léo Santana, Jau, Alexandre Peixe e Jammil tocaram para um público considerável que lotou o espaço nesse evento que fui, no primeiro final de semana de janeiro, chamado We Are Carnaval. Quando digo lotou, não pense você que estou falando de vinte ou trinta mil pessoas, estou falando de não mais que quatro mil pessoas – e olhe lá. Sinal dos tempos.
 
Festa bacana, com muita, mas muita gente bonita, principalmente mulher, e tudo muito legal no formato do evento. Até mesmo nessa questão do número limitado de ingressos achei interessante, pois a produção consegue dar conta de tudo e pouca coisa fica a desejar.
 
Lógico que essa grade fica mais difícil de fazer com os artistas do time A, a exemplo de Ivete, até pelo alto custo de produção, mas que funciona muito bem, isso funciona.
 
Espero que esse tipo de parceria ou consórcio entre produtoras perdure e se torne regra no nosso mercado. O que pude entender nessa festa foi que o prejuízo se torna mínimo, ou ao menos aceitável.
 
Grande ponto para as produtoras envolvidas – grandes produtoras, diga-se de passagem – e parabéns a elas, que entenderam que é melhor todo mundo tentar tirar água do barco do que deixá-lo afundar e todos, no fim, se afogarem.
 
E fica a pergunta que não quer calar: você é mais “Lepo Lepo”(Psirico) ou você é uma “Raiz de Todo o Bem” (Saulo Fernandes)? No próximo texto falo mais sobre essas e outras músicas.
 
Inté