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Marca Bahia Notícias

Notícia

Com apagão, elétricas devem pagar mais caro para emitir dívida

Por Aline Bronzati, Fernanda Guimarães e André Magnabosco | Estadão Conteúdo

O apagão que atingiu dez estados brasileiros e o Distrito Federal na semana passada deve pesar ainda mais sobre o custo de captação das empresas elétricas, que já está em um patamar superior desde o ano passado, segundo fontes ouvidas pelo Broadcast, serviço tempo real da Agência Estado. Com as portas fechadas no exterior devido ao pessimismo em torno dos desdobramentos da Operação Lava Jato, companhias como Copel Geração e Transmissão (GT), Energias do Brasil (EDP) e Cemig Distribuição (D), que consultam o mercado local, vão pagar mais caro para emitir e renovar dívidas neste momento. Condições menos favoráveis não se restringem a essas empresas, conforme bancos e gestores consultados, mas como a demanda do setor elétrico está alta e envolve operações bilionárias, sendo algumas rolagem de dívidas que vencem neste ano, esses emissores podem ser os mais prejudicados. "O setor elétrico tem convivido com muita notícia ruim, cenário que deve permanecer a não ser que comece a chover amanhã e não pare mais. O apagão pode, ainda, afastar investidores", diz uma fonte de banco da área de renda fixa. A Copel GT, por exemplo, está consultando o mercado pela segunda vez após não ter alcançado a taxa que gostaria na primeira conversa com investidores. A empresa planeja emitir R$ 1 bilhão em debêntures. Entretanto, o prêmio exigido por investidores tem atrasado a operação. Com o apagão, a negociação da taxa, conforme fontes, deve ficar ainda mais difícil. "Não vejo empresas do setor emitindo abaixo de 1,5% (somado ao CDI). Eventualmente, as transmissoras conseguirão captar abaixo disso", afirma um gestor de crédito.