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Apostas do PT perdem e deixam dívida de R$ 43 mi

Por Pedro Venceslau, Fábio Grellet e Marcelo Portela | Estadão Conteúdo

Apostas do PT perdem e deixam dívida de R$ 43 mi
Foto: Divulgação
Apontados no começo da campanha eleitoral como as principais apostas do PT nas disputas pelos governos estaduais deste ano, os senadores Lindbergh Farias (RJ) e Gleisi Hoffmann (PR) e o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha (SP), todos derrotados no 1.º turno, deixaram uma dívida de R$ 42,9 milhões. O mais endividado é o paulista, que terminou a campanha devendo quase R$ 25 milhões. Ele ficou em terceiro lugar, atrás do governador Geraldo Alckmin (PSDB), reeleito no 1.º turno, e do empresário Paulo Skaf (PMDB). O comitê de Padilha declarou ontem ao Tribunal Superior Eleitoral que arrecadou R$ 15,5 milhões, mas gastou R$ 40,2 milhões. O comitê financeiro único de campanha do PT de São Paulo arrecadou R$ 15,4 milhões e gastou R$ 35,5 milhões. No Paraná,Gleisi arrecadou R$ 21 milhões, mas gastou R$ 26,9 milhões. No Rio, o saldo negativo de Lindbergh é de quase R$ 12 milhões. O senador, que tem mandato até 2018, arrecadou R$ 7,3 milhões e gastou R$ 19,3 milhões. A expectativa dos petistas derrotados é de que o diretório nacional do partido assuma pelo menos parte das dívidas, mas o assunto ainda não foi discutido oficialmente pela cúpula partidária. Inicialmente, os dirigentes da legenda dizem reservadamente que vão estudar "caso a caso" a situação dos candidatos endividados.No caso dos vencedores petistas, o mais endividado foi o governador eleito da Bahia Rui Costa (PT). Wellington Dias, eleito no Piauí, gastou o mesmo que arrecadou: R$ 4,8 milhões. Eleito em Minas Gerais, o ex-ministro Fernando Pimentel registrou um superávit de R$ 1,8 milhão. Pelos dados encaminhados ao Tribunal Regional Eleitoral do Estado, (TRE-MG), a campanha petista ao governo mineiro gastou R$ 41,1 milhões dos R$ 42,9 milhões arrecadados. Enquanto o governador reeleito de São Paulo declarou ao TSE não ter deixado nem dívidas nem sobras de campanha, o tucano Pimenta da Veiga, nome escolhido por Aécio Neves e derrotado no 1.º turno em Minas, registrou um "prejuízo" de R$ 2,7 milhões. O candidato do PSDB ao governo mineiro gastou R$ 43,1 milhões, mas arrecadou R$ 40,4 milhões. Os candidatos que disputaram o governo de Minas gastaram, juntos, R$ 86,7 milhões com as campanhas eleitorais. Durante a campanha estadual, o comitê de Pimenta da Veiga, que sempre apareceu atrás nas pesquisas, foi obrigado a cortar funcionários. Na prestação de contas, o PT informou doações totais de R$ 53,4 milhões e despesas de R$ 52,1 milhões, mas os dados foram acompanhados de nota técnica explicando que a diferença se refere aos gastos com candidaturas proporcionais. Ao registrarem as candidaturas, Pimentel declarou previsão de gastos R$ 42 milhões com a campanha, enquanto Pimenta da Veiga previu investimento de até R$ 60 milhões com sua campanha. (Colaboraram Mateus Coutinho e Ricardo Galhardo).