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Marca Bahia Notícias

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Edital dá R$ 22 milhões ao cine independente

Por Flavia Guerra | Estadão Conteúdo

Edital dá R$ 22 milhões ao cine independente
Cena de 'O Som ao Redor', que já venceu edital em outras edições
O cinema independente brasileiro ganha, nesta terça-feira (30), mais uma injeção de fôlego com dois novos editais de apoio que o Ministério da Cultura, por meio da Secretaria do Audiovisual (SAV) e da Agência Nacional de Cinema (Ancine), lança às 19h30, na Cinemateca Brasileira. Com a presença da ministra da Cultura Marta Suplicy, do secretário do Audiovisual Mário Borgneth, e do presidente da Ancine, Manoel Rangel. 

Mirando diretamente a produção autoral, os dois editais premiarão longas de ficção e documentário de baixo orçamento. Ao todo, serão destinados R$ 22 milhões à produção de filmes que investem na inovação de linguagem, além de ser incentivo à formação de novos cineastas, à regionalização da produção e ao fortalecimento do documentário nacional. Em outras edições, o concurso de baixo orçamento já premiou longas como "O Som ao Redor", de Kleber Mendonça Filho; "Cine Holiúdy", de Halder Gomes; "Estômago", de Marcos Jorge; "O Grão", de Petrus Cariry e "Utopia e Barbárie", de Silvio Tendler. Ao todo, R$ 56 milhões já foram aplicados na produção de longas de baixo orçamento.

Marta e Borgneth ressaltam que os concursos, que integram o programa Brasil de Todas as Telas, são também parte da política pública sistêmica de incentivo ao setor audiovisual e principalmente na regionalização da produção. Durante conversa com a imprensa, a ministra comentou outras ações que integram a política audiovisual do MinC. Entre elas, está o lançamento do Prodav (Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Audiovisual Brasileiro) das TVs Públicas, que destinará R$ 60 milhões para a produção audiovisual para a TV pública.

Marta também adiantou que o processo de transformação da Cinemateca Brasileira em Organização Social deverá ser concluído em dezembro. "Não será uma OS como se faz com hospitais, onde não há intervenção do poder público, mas uma que terá autonomia para funcionar com recursos públicos e ligada ao poder público. Esperamos que até o final do ano isso seja resolvido".

Sobre a importância de editais para a produção independente e autoral, em tempos em que há vários profissionais do audiovisual que declaram que somente o cinema comercial tem sido beneficiado pelos mecanismos de financiamento público, Borgneth declarou que "a ação está em consonância com a boa fase de produção que o cinema brasileiro se encontra". "Sabemos da curva positiva que vivemos no audiovisual. Só um olhar muito enviesado não consegue enxergar estatísticas apontam para isso", declarou o secretário. "Nossa política tem sido a mais diversificada o possível", completou.

Marta ainda destaca a ação como mais uma das ações de valorização do soft power brasileiro. "Cinema é o maior transmissor de visibilidade internacional. Quando se fala em soft power, lembramos de que imagem dos Estados Unidos? Da de Hollywood. Da italiana? O cinema. Da França também. Não podemos deixar este potencial sem ser um dos focos do MinC. Acho que estamos caminhando muito bem", analisa ela. "Há a feira de Bolonha, o salão de Paris, onde também vamos estar, o festival de teatro de Bogotá, E no cinema faltavam ações. Este novo edital e as futuras ações vêm para isso", acrescentou a ministra.