Depois de entrar nesta quinta-feira (28)&nbsp;com reclama&ccedil;&atilde;o contra a decis&atilde;o do ministro Edson Fachin de submeter ao plen&aacute;rio pedido de liberdade do ex-presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva (PT), a defesa do petista entrou com mais um recurso para tentar reverter a medida do relator da Lava Jato. Em uma nova ofensiva jur&iacute;dica, a defesa pede que esse recurso (embargos de declara&ccedil;&atilde;o, no jarg&atilde;o jur&iacute;dico) seja julgado antes do pedido anterior feito ao ministro, que foi liberado para a pauta do plen&aacute;rio nesta quinta-feira. Na decis&atilde;o recorrida, Fachin destacou que a defesa do ex-presidente quer suspender os efeitos da condena&ccedil;&atilde;o - como a inelegibilidade - e a execu&ccedil;&atilde;o provis&oacute;ria da pena, o que deveria trazer o recurso para a an&aacute;lise do plen&aacute;rio da Corte. No entanto, no recurso apresentado contra essa determina&ccedil;&atilde;o os advogados de Lula afirmam &quot;que n&atilde;o h&aacute; qualquer pedido nesta Peti&ccedil;&atilde;o relacionado ao artigo 26-C da Lei Complementar n&ordm; 64/90&quot;, que trata sobre os casos de inelegibilidade e prazos de cessa&ccedil;&atilde;o. Segundo a defesa, ao pedir a suspens&atilde;o dos efeitos da condena&ccedil;&atilde;o, os advogados estavam buscando restabelecer a liberdade de Lula. &quot;N&atilde;o foi colocado em debate - e nem teria cabimento neste momento - qualquer aspecto relacionado &agrave; quest&atilde;o eleitoral&quot;, afirma a defesa, que busca evitar que o recurso seja julgado pelo plen&aacute;rio, onde as chances de derrota s&atilde;o maiores. No entanto, na peti&ccedil;&atilde;o inicial, protocolada no Supremo no dia 5 de junho, a defesa de Lula faz men&ccedil;&otilde;es &agrave;s pretens&otilde;es eleitorais de Lula e aos riscos de o ex-presidente ficar fora da corrida ao Pal&aacute;cio do Planalto. &quot;Cumpre ressaltar, mais uma vez, que o requerente &eacute; pr&eacute;-candidato &agrave; Presid&ecirc;ncia da Rep&uacute;blica pelo Partido dos Trabalhadores, ocupando a lideran&ccedil;a das pesquisas de inten&ccedil;&atilde;o de voto. Assim, al&eacute;m de ver sua liberdade tolhida indevidamente, corre s&eacute;rio risco de ter, da mesma forma, seus direitos pol&iacute;ticos cerceados, o que, em vista do processo eleitoral em curso, mostra-se grav&iacute;ssimo e irrevers&iacute;vel&quot;, alegaram os advogados de Lula no in&iacute;cio do m&ecirc;s. &quot;Al&eacute;m disso, h&aacute; concreto preju&iacute;zo ao processo eleitoral do corrente ano - j&aacute; consumado com a aus&ecirc;ncia do requerente a diversos atos pol&iacute;ticos - inobstante a an&aacute;lise das condi&ccedil;&otilde;es de elegibilidade seja de compet&ecirc;ncia da Justi&ccedil;a Eleitoral, mostrando-se necess&aacute;rio que os efeitos da condena&ccedil;&atilde;o injusta sejam obstados&quot;, sustentaram.

A Espanha espantou a zebra e o &quot;fantasma&quot; da Copa de 2014 ao conquistar uma suada vit&oacute;ria sobre o Ir&atilde; por 1 a 0, nesta quarta-feira, em Kazan. Um gol de Diego Costa, com a ajuda da defesa iraniana, manteve os campe&otilde;es mundiais de 2010 na briga pela classifica&ccedil;&atilde;o e pela primeira posi&ccedil;&atilde;o do Grupo B da Copa do Mundo da R&uacute;ssia. 
 
O gol veio no in&iacute;cio da segunda etapa, ap&oacute;s boa dose de sofrimento e frustra&ccedil;&atilde;o no primeiro tempo, diante da retranca do rival. Depois de abrir vantagem, a Espanha ainda precisou superar sustos em sua defesa. O limitado Ir&atilde; chegou a marcar o gol de empate, devidamente anulado, por impedimento. 
 
O primeiro triunfo espanhol em solo russo afastou o risco de queda precoce na Copa, como aconteceu h&aacute; quatro anos, no Brasil. E tamb&eacute;m deixou a chave embolada. Espanha e Portugal est&atilde;o empatados em praticamente todos os quesitos, ambos com quatro pontos. Os espanh&oacute;is ocupam o primeiro lugar por conta do n&uacute;mero de cart&otilde;es amarelos. O Ir&atilde;&eacute; o terceiro, com tr&ecirc;s, e o Marrocos, j&aacute; eliminado, segue sem pontuar. 
 
A Espanha encerrar&aacute; sua participa&ccedil;&atilde;o no Grupo B, em busca da classifica&ccedil;&atilde;o, contra o Marrocos na pr&oacute;xima segunda-feira, em Kaliningrado. O Ir&atilde; vai duelar com Portugal no mesmo dia, em Saransk. 
 
O JOGO - Depois do empate com Portugal na estreia, a Espanha entrou em campo com uma forma&ccedil;&atilde;o mais ofensiva nesta quarta. Fernando Hierro trocou Koke por Lucas V&aacute;zquez. E fez um ajuste na defesa ao devolver Carvajal, poupado na estreia por estar se recuperando de les&atilde;o, para a lateral direita. 
 
Hierro sabia que sua sele&ccedil;&atilde;o iria encarar uma retranca complicada em Kazan. E a Espanha precisou de poucos segundos em campo para perceber que o Ir&atilde; iria se defender com at&eacute; seis jogadores na primeira linha defensiva. E que teria at&eacute; 11 jogadores atr&aacute;s da linha da bola. 
 
O resultado foi um duelo franco entre ataque e defesa, em que o Ir&atilde; levou a melhor durante todo o primeiro tempo ao congestionar sua &aacute;rea e a intermedi&aacute;ria. Para ajudar, os espanh&oacute;is exibiram afoba&ccedil;&atilde;o de forma precoce no jogo, gerando erros bobos e jogadas mais &oacute;bvias. 
 
A Espanha tamb&eacute;m sofria por priorizar as jogadas pelo meio, em detrimento dos laterais. Iniesta tinha pouca mobilidade e David Silva desperdi&ccedil;ava as raras oportunidades no ataque. A primeira surgiu aos 24, em cobran&ccedil;a de falta. O goleiro Beiranvand defendeu com facilidade. 
 
Cinco minutos depois, o meia do Manchester City tentou um chute meio atrapalhado enquanto girava, quase na pequena &aacute;rea. Mandou por cima do travess&atilde;o. E, aos 46, em sua melhor chance, encheu o p&eacute; de fora da &aacute;rea. Mas viu a bola desviar na defesa e passar perto da trave direita do goleiro iraniano. 
 
O Ir&atilde;, estacionado na defesa, tentou lances esparsos de contra-ataque no in&iacute;cio da partida. E, a partir dos 30, permaneceu no ataque por raros minutos, o que n&atilde;o foi aproveitado pela Espanha como contragolpe. 
 
Para o segundo tempo, Hierro manteve a confian&ccedil;a em seus titulares e evitou mudan&ccedil;as. Ele quase foi premiado nos primeiros minutos, quando Piqu&eacute; e V&aacute;zquez perderam grandes chances. Em uma etapa mais movimentada, o Ir&atilde; buscou o ataque e quase abriu o placar aos 7, com Karim Ansarifard, dando um susto na defesa europeia. 
 
Os espanh&oacute;is foram do susto &agrave; festa em apenas um minuto. Numa r&aacute;pida trama no ataque, a bola sobrou para Diego Costa na defesa iraniana. O zagueiro tentou tirar, mas bateu em cima do atacante, que viu a bola morrer no fundo das redes. 
 
Em desvantagem, o Ir&atilde; passou a buscar o ataque. Levou perigo aos 14 e at&eacute; balan&ccedil;ou as redes dois minutos depois. Mas o &aacute;rbitro assinalou correto impedimento de Ezatolahi, que comemorava o gol com toda a delega&ccedil;&atilde;o iraniana quando o lance j&aacute; estava anulado. 
 
Passado o novo momento de apreens&atilde;o na defesa, a Espanha acalmou o jogo e passou a administrar a vantagem. O Ir&atilde; teve mais uma boa chance de gol, aos 36, mas n&atilde;o converteu. E os favoritos confirmaram a primeira vit&oacute;ria na competi&ccedil;&atilde;o.

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O ex-presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva, condenado e preso pela Lava Jato, ser&aacute; comentarista da Copa do Mundo da R&uacute;ssia. Mesmo detido, o petista participar&aacute; das transmiss&otilde;es da TVT escrevendo cartas sobre suas impress&otilde;es do Mundial. Para especialistas ouvidos pela reportagem, a colabora&ccedil;&atilde;o, mediada pelo jornalista Jos&eacute; Trajano, n&atilde;o &eacute; ilegal. &quot;A comunica&ccedil;&atilde;o com pessoas fora da pris&atilde;o por meio de cartas n&atilde;o &eacute; proibida e qualquer pessoa presa pode se comunicar com amigos e fam&iacute;lia. Neste caso, sendo o Trajano amigo dele, n&atilde;o existe nenhum impedimento legal&quot;, avalia o advogado Francisco Monteiro Rocha J&uacute;nior. Segundo ele, nem mesmo o conte&uacute;do das cartas poder&aacute; sofrer algum tipo de censura. &quot;Se n&atilde;o houver nada relacionado a atos il&iacute;citos, qualquer assunto fica liberado e o ex-presidente pode falar de tudo: dia a dia, quest&otilde;es pol&iacute;ticas, futebol. N&atilde;o h&aacute; na lei nada que o impe&ccedil;a de tocar em determinado assunto nessas correspond&ecirc;ncias&quot;, explica. A situa&ccedil;&atilde;o de Lula, avalia o criminalista e professor de direito penal do Instituto de Direito P&uacute;blico (IDP) Jo&atilde;o Paulo Martinelli, pode inclusive ser usada a seu favor. &quot;Todo preso tem direito ao trabalho, at&eacute; mesmo para remi&ccedil;&atilde;o de pena&quot;, diz, lembrando que a cada tr&ecirc;s dias de trabalho comprovado, o preso adquire o direito de um dia de abatimento da pena. No entanto, o advogado ressalta que n&atilde;o h&aacute; certeza de que as autoridades entender&atilde;o sua participa&ccedil;&atilde;o no programa como trabalho. &quot;Lula pode atuar como comentarista da Copa e, se for o caso, requerer ao ju&iacute;zo da execu&ccedil;&atilde;o penal o reconhecimento da atividade como trabalho. Mas, o que n&atilde;o pode acontecer &eacute; a veda&ccedil;&atilde;o&quot;. A novidade tamb&eacute;m pode abrir espa&ccedil;o para d&uacute;vidas por tratar-se de uma situa&ccedil;&atilde;o in&eacute;dita no Pa&iacute;s. &quot;O Brasil possui um ex-presidente preso em regime fechado por crime comum. Dado o ineditismo do caso, o sistema normativo brasileiro n&atilde;o possui previs&otilde;es espec&iacute;ficas para ele, tampouco existem precedentes jurisprudenciais&quot;, comenta Marcellus Ferreira Pinto, especialista em direito constitucional e eleitoral, advogado do Nelson Wilians e Advogados Associados. A especialista em direito eleitoral e administrativo Karina Kufa acredita que a participa&ccedil;&atilde;o do ex-presidente como comentarista de TV pode at&eacute; mesmo ser um precedente para mudar a forma da execu&ccedil;&atilde;o de penas no Brasil. &quot;Isso pode acontecer dada a aus&ecirc;ncia de implementa&ccedil;&atilde;o dessas garantias aos demais presos. De outra forma, garantir apenas ao ex-presidente, seria uma forma de conceder privil&eacute;gio a apenas um em raz&atilde;o de sua pessoa, o que iria contra o princ&iacute;pio da impessoalidade&quot;, diz. Lula participar&aacute; do programa de Trajano na TVT, uma afiliada da TV Brasil, uma rede de televis&atilde;o p&uacute;blica brasileira pertencente &agrave; Empresa Brasil de Comunica&ccedil;&atilde;o. De acordo com o ex-diretor de jornalismo da ESPN, que anunciou a novidade em um v&iacute;deo publicado em seus perfis nas redes sociais, o ex-presidente &quot;passar&aacute; suas impress&otilde;es&quot; sobre a Copa em participa&ccedil;&otilde;es no programa do jornalista. &quot;Ele vai escrever as suas impress&otilde;es, mandar para a gente, a gente coloca na tela com aspas, e voc&ecirc; vai poder ler e ouvir na voz de um locutor&quot;, afirmou Trajano. A estreia de Lula como comentarista de futebol na Copa do Mundo ser&aacute; j&aacute; na pr&oacute;xima segunda-feira, 18, um dia depois de o Brasil fazer sua estreia na competi&ccedil;&atilde;o da R&uacute;ssia.

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Notícia

Lula viaja a Espanha e Portugal na próxima semana

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