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Sem apoio declarado, PDT lança André Figueiredo à presidência da Câmara

Por Igor Gadelha | Estadão Conteúdo

Sem apoio declarado, PDT lança André Figueiredo à presidência da Câmara
Foto: Divulgação
O PDT lançou oficialmente nesta terça-feira (17) o deputado federal André Figueiredo (CE) como candidato à presidência da Câmara. Sem apoio declarado dos outros partidos da oposição, o parlamentar cearense ainda tenta, porém, atrair essas legendas, principalmente do PT e do PCdoB. A candidatura de Figueiredo foi anunciada durante ato na sede da legenda, na capital federal, e faz parte da articulação do partido para pavimentar a candidatura do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) à presidência da República em 2018. Ciro, porém, não esteve presente no lançamento, pois está dando palestra em Boston (EUA). Com uma bancada de apenas 21 deputados, o PDT busca apoio do PT (57), PCdoB (12), Rede (4) e PSOL (6). Figueiredo disse que procurou os líderes e individualmente parlamentares dessas legendas nos últimos dias e que tem "esperança e expectativa" de que esses partidos anunciem apoio à sua candidatura. "Temos real expectativa de ter o apoio do PT", afirmou Figueiredo, lembrando que o partido deve anunciar sua posição até o fim desta semana. Ele ressaltou que, havendo unidade, os cinco partidos da oposição têm juntos 100 deputados que, aliados a outros parlamentares da base "insatisfeitos", podem levá-lo a um eventual segundo turno. O deputado do PDT avaliou que, até agora, as resistências que tem encontrado a sua candidatura são "posições individuais". Para Figueiredo, porém, um eventual apoio dos partidos da oposição a candidatos que foram a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff "não deixa de ser contraditório". "Não gosto de falar na tecla da incoerência, porque acredito que não vá acontecer. Mas não deixa de ser contraditório termos a expectativa de que esses dois partidos (PT e PCdoB), que têm trajetória política de respeito venham a apoiar eventuais candidatos que atentaram contra a democracia no passado recente", disse. Figueiredo afirmou que, mesmo que esses partidos não o apoiem, dará seguimento a sua candidatura. "Nossa candidatura é irreversível", afirmou. De acordo com o parlamentar cearense, a escolha do nome dele foi "consensual" dentro da direção e da bancada do PDT. Presente no lançamento, o líder do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini (SP), lembrou que o partido ainda está em processo de discussão, mas disse ver com "muito bons olhos" a candidatura de Figueiredo. "Temos extrema simpatia pela candidatura do André", disse. "Queremos o fortalecimento da oposição e, ao mesmo tempo, um fortalecimento da Casa", emendou. Durante o ato, Zarattini ouviu apelos do presidente do PDT, o ex-ministro Carlos Lupi, para que ajudasse a convencer o PT a apoiar Figueiredo. "Estou apelando a ele que leve esse projeto da candidatura do André a nossos primos-irmãos do PT, para que marchemos juntos nesse momento crucial da vida brasileira", disse. Segundo maior partido da Câmara, o PT, porém, vem priorizando as negociações com os dois principais candidatos da base aliada: o líder do PTB, Jovair Arantes (GO) e o atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que tentará a reeleição. Em reservado, deputados do PT e PCdoB afirmam que a candidatura do pedetista não é viável e que preferem negociar com candidatos com condições de ganhar a disputa e, assim, garantir cargos na Mesa Diretora e em outros espaços da Câmara, como comissões temáticas e relatorias de matérias importantes. Deputados citam ainda dois focos de resistência. O primeiro é o fato do PDT ter Ciro como candidato em 2018, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também deve disputar. O outro é que o pedetista não seria confiável, pois liderou movimento de independência do partido do governo Dilma, quando era líder da sigla na Câmara.