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Hospitais podem movimentar R$ 5 bilhões em 2 anos; Aliança está entre mais cobiçados

Por Mônica Scaramuzzo e Fernando Scheller | Estadão Conteúdo

Hospitais podem movimentar R$ 5 bilhões em 2 anos; Aliança está entre mais cobiçados
Foto: Divulgação
Apesar da crise, o interesse pelo setor de hospitais no Brasil não diminuiu. A expectativa do mercado é que fusões e aquisições neste segmento movimentem cerca de R$ 5 bilhões em 2017 e 2018. Tanto companhias já tradicionais da área de saúde quanto grandes fundos de investimento se preparam para ir às compras. Entre os que analisam ativos atualmente estão a empresa de plano de saúde Amil, a rede de hospitais de alto padrão DOr, a estatal chinesa Fosun e fundos como Advent e General Atlantic. O foco desses investidores são hospitais localizados em grandes capitais, segundo apurou o Estado. Segundo fontes, entre os ativos mais cobiçados estão o Hospital Bandeirantes/ Leforte, de São Paulo; o Hospital Alemão Oswaldo Cruz, também da capital paulista; o Hospital Aliança, de Salvador; o Mater Dei, de Belo Horizonte; e o Moinhos de Vento, de Porto Alegre. Pulverizado, o setor tem hoje 3,6 mil hospitais privados (inclui filantrópicos) no País. O movimento de concentração é relativamente recente e ganhou força no início de 2015, após aprovação de medida provisória que permitiu a entrada de capital estrangeiro no setor. Nos meses que se seguiram à aprovação da nova regra, os fundos GIC (de Cingapura) e Carlyle (dos EUA) compraram fatias na rede DOr. No fim de 2015, quando enfrentava uma crise aguda, o BTG vendeu a fatia que ainda detinha do negócio ao fundo de Cingapura. A MP também estimulou hospitais filantrópicos, como Samaritano e Bandeirantes, a modificarem sua natureza jurídica para poderem receber investimentos privados. O Samaritano foi adquirido pela Amil em novembro do ano passado, por R$ 1,3 bilhão. Os hospitais filantrópicos, que não têm fim lucrativo, têm benefícios fiscais. O interesse de investidores locais e estrangeiros por hospitais nacionais é confirmado por Francisco Balestrin, presidente do conselho da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp). Ele observa, contudo, que não faz sentido um investidor comprar apenas um ativo no setor. "Quem quer se tornar competitivo, tem de adquirir uma série de hospitais que possa formar uma rede", disse Balestrin. A rede Aliança, da Bahia, por exemplo, estaria no radar do DOr e de outros investidores, como a chinesa Fosun. "O Fosun comprou em 2014 os ativos de saúde da família portuguesa Espírito Santo (ex-Portugal Telecom) e busca oportunidade nesse setor no País", disse uma pessoa a par do assunto. O Pátria, controlador da rede de diagnóstico Alliar e da farmacêutica Natulab, teria olhado redes de hospitais do Nordeste, segundo fontes. Uma pessoa próxima ao fundo nega que o Pátria tenha feito ofertas por hospitais no Nordeste, mas afirmou que a gestora tem interesse no setor de saúde. O Hospital Aliança informou que não está à venda. Amil e Rede DOr não quiseram comentar.