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PSDB reavalia apoio a Cunha e estuda 'saída honrosa' para o presidente da Câmara

Por Estadão Conteúdo

PSDB reavalia apoio a Cunha e estuda 'saída honrosa' para o presidente da Câmara
Foto: Reprodução/ CearaAgora
O PSDB informou nesta terça-feira (6) ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que vai pedir sua renúncia do cargo caso surjam documentos que comprovem que ele possui contas na Suíça. A avaliação entre os tucanos é que a situação está ficando "insustentável" e já se cogita buscar uma "saída honrosa" para o peemedebista. A bancada do partido se reúne na tarde desta terça, 6, para discutir o assunto. Vários parlamentares da legenda já se manifestaram publicamente em defesa do afastamento de Cunha. O deputado Valdir Rossoni, do Paraná, por exemplo, divulgou nas redes sociais as fotos de Dilma e Cunha com uma pergunta: "Quem faz mais mal ao Brasil?". "Se o MP confirmar (as contas de Cunha na Suíça) a situação de Cunha ficaria insustentável", diz o deputado Vanderlei Macris (SP). Na semana passada, o Ministério Público suíço comunicou à Procuradoria-Geral da República no Brasil a transferência de autos de uma investigação criminal aberta no país europeu que identificou ao menos quatro contas atribuídas a Cunha e parentes. Pelo menos US$ 5 milhões teriam sido bloqueados. De acordo com os procuradores da Suíça, ele foi informado sobre o bloqueio das contas - antes, Cunha negara que tivesse sido avisado pelo país europeu. O presidente da Câmara já foi denunciado no Supremo Tribunal Federal por corrupção e lavagem de dinheiro. Ele é acusado de receber propina de US$ 5 milhões em contratos de navios-sonda da Petrobrás. Cunha nega envolvimento com os crimes investigados pela Operação Lava Jato e sustenta que não possui contas na Suíça, a exemplo do que fez em depoimento na CPI da Petrobrás, em março. Até agora, o PSDB vinha mantendo uma posição de apoio ao presidente da Câmara, apesar da acusação formal e das suspeitas que pesam contra ele. Os tucanos reconhecem que o peemedebista e sua postura hostil ao Palácio do Planalto foi fundamental para o cerco ao governo no Congresso. Cabe a Cunha a análise de pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Porém, o avanço das investigações da Lava Jato causa constrangimento ao principal partido oposicionista. Na segunda (5), o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), afirmou que Cunha "tinha o benefício da dúvida". No mesmo dia, reportagem da revista Piauí revelou trechos inéditos de um livro de Fernando Henrique Cardoso - Diários da Presidência, que será lançado no fim deste mês pela Companhia das Letras - no qual o ex-presidente revela que, em 1996, recusou um pedido para que Cunha fosse nomeado diretor comercial da Petrobrás porque conhecia suas "trapalhadas" na presidência da Telerj, durante o governo Fernando Collor.