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Discussões e troca de farpas marcam último bloco do debate

Por Matheus Caldas

Discussões e troca de farpas marcam último bloco do debate
Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias
No quarto bloco do debate, os candidatos se enfrentaram nas discussões. Ricardo Davi abriu perguntando a Paulo Carneiro. Na indagação, Davi criticou a antiga relação do ex-presidente com a imprensa, e perguntou sobre o programa de coaching. “O programa começa com uma pesquisa profunda nas raízes do futebol. Tudo isso vai ser monitorado. O programa terá atividades no turno e no contraturno. Envolve parte técnica e física. Isso irá transformar o atleta do Vitória, de todas as categorias. (...) iremos educar o atleta à pratica de futebol, não ensinar”,  resumiu. Na réplica, Davi falou sobre o acompanhamento psicológico e acusou Carneiro de ser uma pessoa ‘inabilitada’ para fazer esse acompanhamento. Na tréplica, Carneiro citou o exemplo do Atlético-PR, sexto colocado no Campeonato Brasileiro, time pelo qual o ex-mandatário rubro-negro passou no primeiro semestre. Ele ainda taxou como ‘genéricas’ as críticas de Davi à relação de Carneiro com a imprensa. Na sequência, Ivã questionou a Davi sobre o apoiou às eleições diretas. Em resposta, o candidato da “Vitória de Todos Nós” disse que Ivã tem apoio de movimentos sindicais. Em resposta, Ivã falou sobre as eleições diretas. “Nunca vi você fazer uma intervenção no Conselho Deliberativo do Vitória. Como você sabe de tudo isso se não participa do dia a dia do clube? Se te vi lá, foi apenas uma vez”, rebateu. “Ivã, as participações no Conselho são registradas. Você vai ver que eu sempre estive lá. Agora, falar em democracia quando você se coloca como representante de partidos políticos. Você me coloca como laranja. Mas você se parece mais com isso. Representa objetivos de terceiros. Isso não é democrático”, atacou. Paulo, por sua vez, perguntou como Ivã irá proteger os mecanismos de solidariedade do clube, citando o exemplo de David Luiz, que retornou ao Chelsea advindo do PSG, e rendeu dinheiro ao Vitória. “Nós teremos uma fundação, que não faça só o papel social, que irá acompanhar os atletas. Iremos propor essa fundação ao Conselho Deliberativo, que irá encaminhar a AGE para a criação dessa fundação”, disse. Na réplica, Carneiro disse não ter entendido a resposta do concorrente, e o explicou o que era o mecanismo de solidariedade. Na tréplica, Ivã alfinetou, e disse que Paulo Carneiro estava fazendo um jogo. “Você cria essa coisa equivocada. Eu não tenho que explicar aqui o que tem escrito. Estou dizendo como irá funcionar o controle”, finalizou. Em outro momento, Ricardo Davi perguntou a Ivã de Almeida. O questionamento foi sobre as obrigações e vantagens que o clube tem como o PROFUT. “Eu acho que o PROFUT foi uma das leis mais importantes criadas pelo futebol brasileiro. Tende a nivelar os clubes. Você vai ter um equilíbrio com esses investimentos altos (...) os menores clubes, hoje, tem pouca receita e os maiores clubes fazem esses absurdos. É um instrumento que tem algumas deficiências, mas já é um grande avanço no futebol brasileiro”, declarou. Na réplica, Davi disse que Ivã costuma ‘delegar’ as perguntas, e voltou a dizer para que ele tome cuidado para não cuidar dos interesses de terceiros. “Cuidado pra não ser usado, senão você será penalizado”, aconselhou. “Muitos presidentes delegaram e não acompanharam. Isso tem que ser acompanhado de perto, a parte financeira. Antes não tinha nada controlando; era feito de qualquer jeito”, finalizou. Carneiro e Ivã voltaram a debater. Na pergunta, o candidato da “Vitória do Torcedor”, insinuou que Davi ficou marcado por uma ‘camisa do rebaixamento’  e, na pergunta para Paulo, ele perguntou o que a “Vitória Gigante” iria fazer com o marketing. “Eu preciso lhe dizer que eu ganhei o prêmio de homem de marketing do ano, em 1997. Você nem sabia o caminho da Toca naquele ano. Você precisa ter cuidado pois eu sou a história viva do clube, junto com outros (...) você tem que se lembrar que eu ganhei 95% de todos os títulos da história do clube. Que tipo de camisa você quer fazer com isso? (...) por enquanto, você é uma promessa duvidosa”, disse. Em resposta, Ivã disse que Paulo fugiu da resposta. “Se você diz que ganhou 95% dos títulos, como engenheiro, não sabe fazer conta”. Nesse momento teve início uma discussão entre os dois candidatos, com intervenção do mediador do debate. No retorno, Ivã disse que Carneiro estava ‘tripudiando’ com aqueles números, e disse que em 2006 o ex-presidente foi saiu por conta desses números. “Quando eu cheguei, o Vitória tinha nove títulos em 90 anos. Sabe fazer conta? (...) Se você quer transformar o debate numa brincadeira, a gente brinca. Em seguida, Carneiro perguntou sobre os direitos de transmissão do Campeonato Baiano. Em resposta, Davi disse que é preciso um acordo com o Bahia. “O campeonato, hoje, só é interessante para a FBF. (...) temos uma exposição gigantesca e nosso retorno é insignificante”, disse. “Nosso problema é o monopólio dos direitos de televisão. Enquanto não tiver um movimento de concorrência, isso não terá fim. Enquanto os clubes não tiverem um especialista de convergência de mídia, isso não irá acabar”, decretou. “Concordo com isso”, resumiu Davi, que endossou o coro de Carneiro. Nas considerações finais, os candidatos agradeceram o espaço e resumiram o que pretendem fazer à frente do Vitória.