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Denúncia aponta irregularidade em convênio entre cidade baiana e Ministério do Esporte

Denúncia aponta irregularidade em convênio entre cidade baiana e Ministério do Esporte
Verba teria sido destinada para competição de submission | Foto: Divulgação

Num contexto de corte de verbas do Ministério do Esportes para as modalidades esportivas, a cidade de Itatim, no Piemonte do Paraguaçu, foi agraciada com R$ 1,63 milhão pela pasta, numa competição de jiu-jitsu: o Circuito Brasileiro de Lutas Submission – Etapa Nordeste, que aconteceu em março deste ano. Curiosamente, o torneio não tem e nunca teve uma outra etapa. Em reportagem feita pelo jornalista Demétrio Vechcchilo, do portal UOL, foi verificado que o evento saiu diferente do que havia sido aprovado pelo Ministério. Inicialmente, seriam 11 dias de lutas que acabaram sendo convertidos em apenas três. O plano de trabalho também colocava 60 pessoas de uma delegação que sairia de São Paulo, segundo a reportagem. O número de 600 competidores prometido não bateu, não houve nenhum árbitro paulista e nenhum atleta de SP participou das competições. Para a realização do campeonato, o convênio de R$ 1,6 milhão foi firmado entre Ministério do Esporte e a Prefeitura de Itatim, que daria uma contrapartida de R$ 2 mil. Três orçamentos foram apresentados ao governo federal e todos os concorrentes apresentaram números de telefone falsos. Uma dessas empresas seria a ELS Promoções e Realizações de Eventos. De acordo com a matéria, a prefeitura local gastou todo o recurso em dois contratos. O primeiro justamente com a ELS, com CEP na rua Joaquim Oliveira Freiras, nº 2320, na capital paulista. A organização do evento locou de tendas a ar condicionados – para um ginásio que não é aberto – e ofereceu outros serviços que vão de vendas de passagens aéreas a produto de vestuário, como mochilas e camisetas. O segundo contrato foi assinado por Elisio Macambira com a Confederação Brasileira de Lutas Submission (CBLS). Coincidentemente, a entidade é sediada no mesmo endereço da empresa do primeiro contrato. No local, há um edifício residencial, onde também fica outra empresa de Macambira, a Macam Sports. Vecchioro, autor da matéria, alega já conhecer Macambira de outras matérias, quando o jornalista trabalhava no Estadão. Em 2014, o repórter o denunciou. Isso porque Elisio seria presidente de pelo menos outras três federações de artes marciais em São Paulo, e teria tido problemas na Justiça com duas delas – a de lutas submission e a de MMA. As entidades teriam fraudado dois Bolsa Atleta para que filhos do dirigente fossem contemplados em competições que nunca participaram. O Ministério do Esporte cancelou as bolsas à época e prometeu investigar o caso. No entanto, o nome de Macambira aparece novamente neste imbróglio em Itatim. O dirigente não conseguiu ser contactado pela reportagem e o Ministério não se pronunciou oficialmente sobre o caso. A Prefeitura de Itatim, por sua vez, garante que tudo foi realizado dentro da lei.