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Após encerrar projeto social, professor de jiu-jitsu luta para incluir crianças no esporte

Por Leandro Aragão

Após encerrar projeto social, professor de jiu-jitsu luta para incluir crianças no esporte
Foto: Arquivo Pessoal

O professor e lutador de jiu-jítsu Caio Rocha mantinha o projeto social Campeões da Vida na academia Gracie Barra, com unidades nos bairros da Pituba e do Rio Vermelho, em Salvador. A iniciativa abraçava crianças e jovens carentes, de até 18 anos, para praticar o esporte participando normalmente das aulas. "Bastava preencher o questionário social indicando a renda e o endereço onde morava. Depois, a criança recebia um kimono oficial da nossa equipe e pronto, começava a fazer as aulas como um aluno matriculado", explicou o baiano. Para fomentar o projeto, a academia criou o "Adote um Kimono". "A gente pedia aos alunos matriculados para doar um kimono velho ou usado para que as crianças do projeto pudessem usar. Ou então o aluno também podia fazer a doação em dinheiro e a gente comprava o kimono", contou. O Campeões da Vida durou, oficialmente, por quase dois anos, entre janeiro de 2014 e dezembro do ano seguinte. "O projeto terminou porque muitos meninos foram saindo, pois eles tinham dificuldades para se manter no esporte, por causa da bolsa, alguns não tinham dinheiro para o transporte para vir para a academia, alimentação. E muitos deles perderam o interesse porque não tinham kimono. A gente não conseguiu arranjar kimono para todo mundo... Eram 15 crianças, mas a gente só conseguiu arranjar oito. Aí algumas crianças ficavam sem ter como treinar", lamentou. "Mas quando ainda tem um kimono sobrando e chega um menino carente, que não tenha condições, me pedindo aqui, aí eu empresto e deixo treinar de graça", completou.

Caio Rocha em ação | Foto: Arquivo Pessoal

 

Mesmo com as dificuldades, Caio não desiste do esporte. Neste sábado (16) e domingo (17), ele vai disputar o São Paulo International Open 2017, na cidade paulista de Barueri. O campeonato é organizado pela International Brazillian Jiu-Jitsu Federation e pela Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu. Caio, de 31 anos, vai lutar nas categorias Master 1 faixa preta peso pesadíssimo, Absoluto, todas as categorias unificadas, e No-Gi, em que os lutadores não usam kimono. "Espero melhorar meu desempenho em relação ao ano passado. Em 2016, eu fiquei em terceiro lugar, na minha categoria Master 1 faixa preta. Fui vice-campeão do Absoluto. E também fui campeão de No-Gi. Então meu objetivo é ganhar tudo", afirmou. Além desses títulos, o currículo de Caio, no jiu-jítsu, tem 14 títulos do campeonato baiano, entre os anos de 2000 a 2014, vice-campeão Brasileiro em 2014, 3º lugar no Campeonato Mundial em 2015, vice-campeão internacional Master em 2016 e campeão absoluto do Salvador Open 2017.