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Guia da Série D: Confira caminho de Juazeirense, Flu de Feira e Jacobina

Por Matheus Caldas

Guia da Série D: Confira caminho de Juazeirense, Flu de Feira e Jacobina
Fotos: Glauber Guerra e Ag. Haack / Bahia Notícias

A Série D, última divisão do futebol nacional, começará neste final de semana. Representada por Juazeirense, Fluminense de Feira e Jacobina, a Bahia tentará pela primeira vez na história um acesso de um clube do interior no Campeonato Brasileiro. Todos os baianos jogarão às 16h deste domingo (21).

Nas últimas temporadas, esse primeiro acesso quase aconteceu. No ano passado, o Fluminense de Feira ficou a uma fase de subir à Série C. No entanto, o Volta Redonda foi melhor e eliminou o Touro nas quartas de final da competição.

O próprio clube de Feira de Santana conseguiu ascender a outra série. No ano de 1992, o Flu de Feira foi vice-campeão da Série C e conseguiu, dentro de campo, a possibilidade de jogar a segunda divisão do outro ano. No entanto, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em uma "trapalhada", “esqueceu” a terceira divisão e, no ano seguinte, não houve acesso. Assim, a Tuna Luso-PA, Flu de Feira, e outras agremiações ficaram "órfãs". 

Em 2014, foi a vez do Jacuipense ser eliminado também nas quartas de final. Após uma campanha brilhante, acabou sendo eliminado pelo Confiança-SE, após um empate por 0 a 0 em casa, e uma derrota por 2 a 0 em Aracaju.

EDIÇÃO 2017

Grupo A7 (Juazeirense, Coruripe-AL, Sousa-PB e Central-PE)
A Juazeirense fará sua estreia fora de casa. No Estádio Gérson Amaral, o adversário será o Coruripe-AL. O clube alagoano não vem de uma boa temporada. No estadual, o clube do interior passou raspando no rebaixamento, ficando em segundo lugar no quadrangular da permanência – Sete de Setembro e Miguelense foram rebaixados. 

No grupo, também estão Sousa-PB e Central-PE. Os paraibanos não fizeram grande participação no campeonato local, terminando na sétima colocação. Tradicional clube pernambucano, o clube tem o experiente atacante Araújo como um dos principais nomes do elenco. No estadual, foi o sexto colocado no hexagonal do título. 

Em 2016, o Cancão de Fogo chegou à terceira fase da competição, eliminado pelo Moto Club-MA. No clube desde 2015, o goleiro Tigre crê que, nesta temporada, a equipe vem mais madura. “Pode valer, sim. Apesar de entrarmos na competição sem pretensão no ano passado, deixando a organização um pouco de lado na preparação, fomos bem. Mas tínhamos certeza que poderíamos chegar mais longe. A Juazeirense esse ano será mais cautelosa, experiente e planejada que no ano passado”, planejou, em entrevista ao Bahia Notícias.

Time base: Tigre, Nem, Emílio, Joadson e Misso; Capone (Anderson Mello), Vaguinho, Patrik (Jorginho) e Kleber; Alex e Rayllan. Técnico: Carlos Rabello

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Tigre é um dos destaques da Juazeirense | Foto: Glauber Guerra / Bahia Notícias


Grupo A8 (Fluminense de Feira Itabaiana-SE, Campinense-PB e Atlético-PE)

O Fluminense de Feira, a exemplo do Cancão, jogará o primeiro duelo fora de casa, contra o Itabaiana-SE. Os sergipanos têm o técnico Betinho no comando. Ele chegou às quartas com o Touro no ano passado. O clube feirense tem nos experientes Jair, Rafael Granja e João Neto o pilar. Além dos três, o lateral-direito Edson também esteve na campanha do ano passado.

Campinense-PB e Atlético-PE fecham o grupo. Os paraibanos são os favoritos e, com isso, o Touro briga pela vaga. Jogadores como Reinaldo Alagoano, ex-Bahia, Alex Travassos, ex-Juazeirense e Paulo Paraíba, que esteve ano passado no Touro, são destaque. Os pernambucanos correm por fora. Rebaixados no estadual, os atleticanos herdaram a vaga do Serra Talhada-PE, que desistiu de participar do certame. 

Herói da classificação do Touro sobre o Ceilândia, nas oitavas de final do ano passado, na disputa de pênaltis, o goleiro Jair crê que a união pode suplantar a técnica em alguns momentos da Série D. “A experiência que eu trago é que o grupo tem que ser bastante unido. Aquilo nos favoreceu muito. O que faltou para subir foi um pouco de concentração, principalmente nos dois últimos jogos. Nos empolgamos muito com algumas situações e fomos surpreendidos dentro de casa. Estamos focado e com pés no chão. Vamos tentar o acesso, que é o nosso sonho”, projetou.

Em relação ao time terceiro colocado no Baianão, o Touro manteve boa parte da base. Nomes como Davi Ceará, Gilmar, Gil Baiano e Jônatas Obina saíram. Em compensação, Janeudo, agora no Campinense, e Fernando Sobral, que foi para o Sampaio Corrêa-MA, deixaram o clube; a permanência de Jorge Wagner ainda é dúvida.

Time base: Jair, Edson, Breno, Eduardo e Gilmar; Rogério (Memo), Gil Baiano, Davi Ceará e Rafael Granja; João Neto e Luiz Paulo (Jônatas Obina). Técnico: Paulo Foiani



Em 2016, Touro bateu na trave do acesso | Foto: Francisco Carlos / Ag. Haack / Bahia Notícias


Grupo A9 (Jacobina, Murici-AL, Sergipe e América-RN)

O Jacobina jogará uma competição nacional pela primeira vez em sua história e será o único baiano a estrear em casa nesta edição da Série D. No José Rocha, estádio no qual o Jegue só perdeu duas vezes nos últimos quatro anos, o adversário será o Murici-AL. Ambos devem correr por fora na briga pela vaga na próxima fase. Os alagoanos ficaram com a quarta colocação no estadual, enquanto os baianos ocuparam a modesta oitava posição. 

Os favoritos estão no outro confronto. Os tradicionais Sergipe e América-RN possuem os maiores investimentos. Pelos potiguares, o técnico Leandro Campos comanda um elenco modesto. O experiente Cascata e o ex-zagueiro do Vitória, Dão, são os nomes mais conhecidos do elenco do Mecão. Os sergipanos, por sua vez, têm o volante Ramalho como referência. Os ex-jogadores do Conquista, Dinda e Tatu, também devem ser destacados.

Para a Série D, o Jacobina resolveu apostar em velhos conhecidos do futebol baiano. Num elenco reformulado, a diretoria trouxe nomes como Bruninho, ex-Bahia de Feira, e Deon, do Flamengo de Guanambi.

O volante Fausto, que estava no Bahia de Feira, mas esteve na campanha do Flu de Feira em 2016, crê que sua experiência pode auxiliar o Jegue nesta competição. “A gente já tem uma experiência nessas competições, especialmente no mata-mata. O primeiro momento é classificatório. Sabemos que temos que fazer nosso dever de casa. Não podemos falhar. A outra fase é a mais importante, na qual temos que ser fortes. O fator casa é muito importante nessa situação. O torcedor joga junto com a equipe aqui. Esperamos que o grupo dê a resposta dentro de campo e estamos trabalhando para surpreender as equipes ditas favoritas, como América-RN e Sergipe. Estamos correndo por fora”, ponderou.

Time base: André Pereira, Ademir Alysson, Tiago Vermelhão e Fábio; Fausto, Edimar e Janderson; Bruninho, Vitinho e Mateus (Deon). Técnico: Quintino Barbosa



Estádio José Rocha é fundamental para o Jacobina | Foto: Robson Guedes / Jacobina Notícias