Maradona não poupa críticas à AFA: 'Tem que jogar uma granada e fazer uma nova'

O maior ídolo do futebol argentino, Diego Maradona, não poupou críticas à Associação de Futebol Argentino (AFA). Em entrevista à rádio Ravadavia nesta segunda-feira (24) ele afirmou que a única solução para a entidade é uma mudança geral.

"A AFA é um ferro quente. Tem que jogar uma granada e fazer uma nova", disparou Maradona. Ele negou que tenha qualquer tipo de relação com o presidente Claudio "Chiqui" Tapia e o vice, Daniel Angelici, também presidente do Boca Juniors. Ele também se mostrou desacreditado com a seleção após a suspensão de Messi por quatro jogos nas Eliminatórias, o que dificulta ainda mais a tarefa de conquistar uma vaga na Copa do Mundo de 2018, na Rússia.

"Estamos perdidos. Sem Messi é dúvida (classificação à Copa). Mas o jogador argentino sempre tem algo a mais, e confio nisso. Acho que vamos à repescagem. Temos que nos dar um banho de humildade e transparência para voltar a ser uma potência mundial. Faz muito tempo que não vemos um jogador que faça uma caneta ou dê um chapéu na seleção. Isso é imperdoável", avaliou Maradona. Treinador da Albiceleste em 2010, ele se colocou à disposição para assumir a equipe após a demissão de Edgardo Bauza. Segundo ele, o principal candidato, Jorge Sampaoli, não seria o ideal.

"(Sampaoli) Está entre os candidatos, mas não acho que seja o justo, o que vocês dizem que vem e resolve as coisas. Se fala muito de limpeza na seleção, e seguramente Sampaoli não creio que tenha tato com os jogadores para isso. Meu lado treinador segue vigente. O técnico, dentro de mim, segue intacto. E o perfume do gramado segue me atraindo como uma mulher bonita", explicou.

O último trabalho de Maradona como treinador foi entre 2011 e 2012, no Al Wasl, dos Emirados Árabes Unidos. Na seleção, ele e seus comandados foram eliminados nas quartas de final da Copa do Mundo da África do Sul, em 2010.