Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias Holofote
Você está em:
/
/
Esporte

Notícia

Baianão: Irmãos do Jacobina jogarão juntos pela primeira vez após frustração na Europa

Por Matheus Caldas / Glauber Guerra

Baianão: Irmãos do Jacobina jogarão juntos pela primeira vez após frustração na Europa
Foto: Reprodução / Arquivo pessoal
Dois irmãos em lados opostos dos gramados não chega a ser uma cena incomum no futebol. No entanto, na mesma equipe é algo considerado raro. No Campeonato Baiano, o lateral-direito Ademir, 30, e o volante Marconi,28, estarão juntos para defender o Jacobina.

Apesar de estrearem oficialmente neste domingo (26), no jogo das 18h30 de Pituaçu, contra o Bahia, ambos chegaram a estar no mesmo clube. Em 2013, os dois estiveram no Skenderbeu, da Albânia. Entretanto, um rompimento de ligamento adiou o sonho dos irmãos. “Nunca jogamos juntos. Quando ele foi para Albânia, eu machuquei e fiz cirurgia. Esse foi um dos motivos de eu acertar com o Jacobina. Meus pais tinham o sonho de ver a gente jogando junto. Tinha recebido propostas de outros dois clubes da Bahia mesmo, mas optei pelo Jacobina”, disse Ademir, em entrevista ao Bahia Notícias.
 

Ademir e Marconi no futebol albanês | Foto: Arquivo pessoal
 
No futebol, os casos são escassos, mas alguns têm destaque. No Manchester United, os gêmeos Rafael e Fábio chegaram a atuar juntos antes de tomarem caminhos diferentes, assim como Rafinha e Thiago Alcântara, filhos do brasileiro Mazinho, que foram revelados pelo Barcelona – o segundo hoje atua no Bayern de Munique. Alguns casos internacionais são mais famosos, como os marfinenses Kolo (atualmente no Celtic, da Escócia) e Yaya Touré, que dividiram espaço no Manchester City e disputaram Copas do Mundo com a seleção nacional. Na Holanda, houve a dupla Ronald e Frank de Boer, campeões europeus com o Ajax, em 1995, que posteriormente defenderam o Barcelona.

No futebol baiano, o caso mais recente aconteceu no Bahia. O atacante argentino Maxi Biancucchi, primo do craque Lionel Messi, dividiu espaço com Emanuel, em 2014. Porém, a parceria não surtiu muito efeito e o Tricolor foi rebaixado para a Série B.
 
Numa realidade mais humilde, os baianos de Teixeira de Freitas pretendem escrever um capítulo a parte no futebol estadual. Marconi, o mais novo, demonstra ansiedade em dividir a cancha com o irmão. “A gente desde pequeno tinha esse sonho. Ele começou na divisão de base do Vitória e me levou para lá. Tínhamos esse sonho de jogarmos profissionalmente. Ele me levou para Albânia, mas, infelizmente, teve essa contusão e não jogamos. Agora no Jacobina vai ser diferente. Esse sonho de criança vai ser realizado no domingo”, emocionou-se.
 

Maxi e Emanuel: dupla não livrou Bahia do rebaixamento em 2014
| Foto: Divulgação / EC Bahia
 
Para Ademir, apesar de não ter havido um jogo profissional em que ele dividisse espaço no gramado com Marconi, a intimidade familiar pode ajudar dentro de uma partida. “Está sendo uma felicidade muito grande atuar ao lado dele. Não só por ser meu irmão, mas por ser também um cara de muita qualidade. Apesar de não termos jogado profissionalmente, já jogamos muito em babas de família. Isso vai ajudar. Por sermos irmãos, podemos falar tudo o que queremos ali, sem medo de causar algum mal estar. Os familiares estarão em Pituaçu para prestigiar. Isso tudo está sendo muito legal”, contou.
 
Apesar do confronto contra o Bahia ser a estreia oficial, eles já tiveram a oportunidade de estar lado a lado em três amistosos com a camisa do Jegue da Chapada.  A expectativa dos dois é continuar na titularidade conquistada nesses jogos. “Tudo indica que sim [seremos titulares]. Estávamos jogando. Mas agora chega um treinador novo [Ricardo Silva]. Só que tudo indica que ele não mudará o time”, opinou Ademir.
 
Na mesma linha do lateral, Marconi garante que a família, antes dividida para acompanhar dois atletas em locais distintos do mundo, comparecerá ao estádio para ver a dupla em ação. “A família está ansiosa para ver os dois jogarem. Antes a torcida era dividida. Agora os dois no mesmo time. A torcida vai ser forte. A família vai comparecer em peso em Pituaçu”, ressaltou.
 

Ronald (á esq.) e Frank (à dir.) de Boer com a camisa do Barcelona
| Foto: Reprodução / Daily Mail
 
De acordo com o volante, houve um pacto entre os dois. Jogar juntos significa ter a oportunidade de ganhar um título inédito para o Jacobina. “O objetivo é esse [levar o título]. Ele deu uma preferência de ir para o mesmo clube que eu e chegarmos juntos numa final e, consequentemente, sermos campeões. Fiz semifinais por Colo Colo e Serrano. Creio que esse ano a gente chegue na final para ganhar”, finalizou Marconi.
 
O Jacobina foi vice-campeão da Copa Governador 2016. No estadual do ano passado, terminou na sexta colocação. Em 2017, além do Baianão, o Jegue irá disputar a Série D.