Centro Pan-Americano cumpre demandas e será sede principal do Judô brasileiro
Por Edimário Duplat
Foto: Divulgação/CBJ
Em maio deste ano, a Controladoria Geral da União (CGU), por meio do Programa de Fiscalização em Entes Federativos 2016, assinalou que o Centro Pan-Americano de Judô (CPJ), em Lauro de Freitas, estava subutilizado em relação à sua demanda de equipamento de alto rendimento para o esporte nacional. E, seis meses depois, como está o espaço após o advento dos Jogos Olímpicos e a preparação da Seleção Brasileira no local? Procurando informações sobre o equipamento esportivo e seu atual uso, o Bahia Notícias conversou com exclusividade com o presidente da Confederação Brasileira de Judô e descobriu que, além do planejamento para a centralização de eventos nacionais e internacionais no CPJ, o local também será a nova sede nacional da entidade, que no futuro centralizará toda a sua administração na Bahia.
O Relatório do Programa de Fiscalização em Entes Federativos 2016 da CGU teve como objetivo analisar a aplicação dos recursos federais sob a responsabilidade do Governo do Estado no período de 7 de março a 29 de abril de 2016. E, dentre os itens analisados pelo órgão, um dos destaques vai para o Centro de Judô, localizado no município de Lauro de Freitas, no qual se observou um aparente processo de subutilização, com manutenção e conservação deficientes para as metas propostas ao equipamento esportivo.
Construído em agosto de 2013 e finalizado em dezembro de 2014, como parte do programa Brasil no Esporte de Alto Rendimento, o Centro Pan-Americano de Judô é considerado um centro de excelência do esporte nas Américas. Com orçamento de R$ 43,2 milhões, sendo R$ 18,3 milhões do Estado da Bahia – incluindo desapropriação do terreno – e R$ 19,8 milhões da União, o espaço ainda teve o seu projeto executivo elaborado pela CBJ, que aportou R$ 5,1 milhões para compra de parte dos equipamentos e mobiliário. O relatório da CGU apontou que a obra foi totalmente concluída, com total regularização no Cartório de Registro de Imóveis e com itens instalados totalmente compatíveis com o Plano de Trabalho e o Projeto Básico do local. Entretanto, mesmo com plenas condições de utilização, o documento aponta que até a data de sua analise, existiam deficiências na manutenção do local, com a falta de um plano de manutenção e conservação, e uma subutilização do CPJ.
Entretanto, até antes da Rio 2016, algumas demandas seguiam com necessidade de resolução, que segundo a CBJ só foram resolvidas após a disputa olímpica. “Havia mesmo uma não utilização plena. Isso foi por conta de uma necessidade de arrumação. Aqui é como uma casa. Você constrói, mas você só vai saber como vai ficar depois que você entra. Vimos o que não ficou como pedimos, o que faltava e complementamos essa demanda. A medida que nós fomos chegando e detectando essas demandas, fomos analisando. Hoje temos segurança completa, manutenção de elevadores e de outros equipamentos do nosso dia-a-dia”, afirmou o presidente da CBJ, Paulo Wanderley Teixeira, em entrevista ao Bahia Notícias, na qual explicou sobre a demora para o total funcionamento do CPJ. “Na época, estávamos em meio a um foco olímpico, onde o Judô tem a responsabilidade de ter sucesso. E, com isso, com todo nosso corpo técnico, projetos e treinamento funcionando com um olho e meio lá e meio olho aqui. Isso veio gradativamente se transformando”, complementou.
Para o mandatário da Confederação, existe realmente um problema relacionado ao posicionamento do equipamento, mas que está sendo resolvido com recentes projetos de manutenção no espaço. “Essa é uma área privilegiada com a natureza, temos uma parceria com o Projeto Tamar, mas é realmente um dificultador. Você tem demandas de manutenção grandes e, realmente, é um fator complicante. O custo é muito alto”, disse Paulo Teixeira, que admitiu ter participado da escolha do local e os altos custos para manter o espaço em condições de uso. “A gente tem um zelo muito grande com isso aqui, sabemos da importância desse equipamento pro Judô, pro esporte e pro estado, além dos profissionais da área esportiva”, concluiu.
Além das atividades da Confederação Brasileira de Judô, o Centro Pan-Americano já sediou outros eventos esportivos. Em agosto de 2015, o local sediou o Mundial Júnior de Luta Olímpica, além de atividades da própria Federação Baiana de Judô (FBJ) por todo o ano. De acordo com o mandatário, o local está sempre aberto para receber atividades esportivas que se assemelhem ao esporte no qual foi concebido. Entretanto, a atividade principal continua sendo o Judô. "Foi uma parceria com a Confederação Brasileira de Lutas, que faz parte de nosso público esportivo, e não houve um conflito de datas", complementou.
Neste sábado, o Centro Pan-Americano sedia o Campeonato Brasileiro Sub-13 da modalidade. Já em novembro, o espaço será palco do Grand Prix Nacional Interclubes Feminino e a Seletiva Nacional sub-18 e sub-21.
O Relatório do Programa de Fiscalização em Entes Federativos 2016 da CGU teve como objetivo analisar a aplicação dos recursos federais sob a responsabilidade do Governo do Estado no período de 7 de março a 29 de abril de 2016. E, dentre os itens analisados pelo órgão, um dos destaques vai para o Centro de Judô, localizado no município de Lauro de Freitas, no qual se observou um aparente processo de subutilização, com manutenção e conservação deficientes para as metas propostas ao equipamento esportivo.
Construído em agosto de 2013 e finalizado em dezembro de 2014, como parte do programa Brasil no Esporte de Alto Rendimento, o Centro Pan-Americano de Judô é considerado um centro de excelência do esporte nas Américas. Com orçamento de R$ 43,2 milhões, sendo R$ 18,3 milhões do Estado da Bahia – incluindo desapropriação do terreno – e R$ 19,8 milhões da União, o espaço ainda teve o seu projeto executivo elaborado pela CBJ, que aportou R$ 5,1 milhões para compra de parte dos equipamentos e mobiliário. O relatório da CGU apontou que a obra foi totalmente concluída, com total regularização no Cartório de Registro de Imóveis e com itens instalados totalmente compatíveis com o Plano de Trabalho e o Projeto Básico do local. Entretanto, mesmo com plenas condições de utilização, o documento aponta que até a data de sua analise, existiam deficiências na manutenção do local, com a falta de um plano de manutenção e conservação, e uma subutilização do CPJ.
Presidente da CBJ, Paulo Wanderley Teixeira em entrevista ao Bahia Notícias | Foto: Lara Monsores
Entretanto, até antes da Rio 2016, algumas demandas seguiam com necessidade de resolução, que segundo a CBJ só foram resolvidas após a disputa olímpica. “Havia mesmo uma não utilização plena. Isso foi por conta de uma necessidade de arrumação. Aqui é como uma casa. Você constrói, mas você só vai saber como vai ficar depois que você entra. Vimos o que não ficou como pedimos, o que faltava e complementamos essa demanda. A medida que nós fomos chegando e detectando essas demandas, fomos analisando. Hoje temos segurança completa, manutenção de elevadores e de outros equipamentos do nosso dia-a-dia”, afirmou o presidente da CBJ, Paulo Wanderley Teixeira, em entrevista ao Bahia Notícias, na qual explicou sobre a demora para o total funcionamento do CPJ. “Na época, estávamos em meio a um foco olímpico, onde o Judô tem a responsabilidade de ter sucesso. E, com isso, com todo nosso corpo técnico, projetos e treinamento funcionando com um olho e meio lá e meio olho aqui. Isso veio gradativamente se transformando”, complementou.
Atividades realizadas pela Confederação de Judô no CPJ em 2016 | Fonte: CBJ
Auditório do Centro Pan-Americano | Foto: Edimário Duplat/Bahia Notícias
Para o mandatário da Confederação, existe realmente um problema relacionado ao posicionamento do equipamento, mas que está sendo resolvido com recentes projetos de manutenção no espaço. “Essa é uma área privilegiada com a natureza, temos uma parceria com o Projeto Tamar, mas é realmente um dificultador. Você tem demandas de manutenção grandes e, realmente, é um fator complicante. O custo é muito alto”, disse Paulo Teixeira, que admitiu ter participado da escolha do local e os altos custos para manter o espaço em condições de uso. “A gente tem um zelo muito grande com isso aqui, sabemos da importância desse equipamento pro Judô, pro esporte e pro estado, além dos profissionais da área esportiva”, concluiu.
Além das atividades da Confederação Brasileira de Judô, o Centro Pan-Americano já sediou outros eventos esportivos. Em agosto de 2015, o local sediou o Mundial Júnior de Luta Olímpica, além de atividades da própria Federação Baiana de Judô (FBJ) por todo o ano. De acordo com o mandatário, o local está sempre aberto para receber atividades esportivas que se assemelhem ao esporte no qual foi concebido. Entretanto, a atividade principal continua sendo o Judô. "Foi uma parceria com a Confederação Brasileira de Lutas, que faz parte de nosso público esportivo, e não houve um conflito de datas", complementou.
Neste sábado, o Centro Pan-Americano sedia o Campeonato Brasileiro Sub-13 da modalidade. Já em novembro, o espaço será palco do Grand Prix Nacional Interclubes Feminino e a Seletiva Nacional sub-18 e sub-21.