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Série D: Clubes baianos apontam falta investimento da FBF e presidente rebate

Por Matheus Caldas

Série D: Clubes baianos apontam falta investimento da FBF e presidente rebate
Foto: Divulgação / Fluminense de Feira
O Campeonato Brasileiro da Série D irá começar no dia 12 de junho. Fluminense de Feira, Juazeirense e Galícia são os baianos que irão tentar um acesso inédito do estado para a Série C. Com datas e grupos definidos, os clubes comentaram sobre as expectativas, a preparação, e as dificuldades para conseguir atuar nos torneios do Brasil neste segundo semestre. Pelo lado da Juazeirense, o diretor de futebol Sérgio Fernandes frisou os problemas que os clubes passam ao disputar um campeonato como a quarta divisão do futebol brasileiro. Para o dirigente, a Série D é o torneio com menor investimento por parte das federações. “Do ponto de vista da Copa do Nordeste, da Copa do Brasil, e até mesmo do estadual, as federações não ajudam. No meu entender, a Série D é onde os clubes deveriam investir mais. Mas como não tem ajuda da CBF e da FBF, não há como investir muito. Os clubes têm que diminuir a folha”, reclamou, em entrevista ao Bahia Notícias.
 

Sérgio Fernandes, diretor de futebol da Juazeirense | Foto: Glauber Guerra / Bahia Notícias

De acordo com o presidente da Federação Bahiana de Futebol, Ednaldo Rodrigues, os clubes baianos que disputam a competição pecam ao não manter seus elencos para a disputa do torneio. “Espero também que os clubes mantenham seus elencos. Em outros anos, ao fim do estadual, eles liberaram atletas para clubes adversários e isso é absurdo. Espero que dessa vez eles apostem na subida. Solicitamos à CBF que os clubes ficassem em grupos diferentes para que não diminuíssem as chances de passar de fase”, explicou. O dirigente ainda revelou que a FBF dá apoios pontuais às equipes baianas. Para a disputa da Série D, a entidade disponibilizará um valor de R$ 5 mil para duelos realizados fora de casa, além de financiar taxas de arbitragem e impostos dos árbitros, e ceder aos clubes a porcentagem de 5% das bilheterias que tem direito a receber. Um fundo de investimentos também foi criado durante o Baianão. Com isso, segundo Rodrigues, os três baianos podem receber até R$ 15 mil a mais. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em parceria com as federações estaduais, entra com os custos de passagens, hospedagem e alimentação. 

Ednaldo Rodrigues é o presidente da FBF  | Foto: Glauber Guerra / Bahia Notícias
 
O presidente do Fluminense de Feira, Gerinaldo Costa, manteve o discurso da Juazeirense e criticou o pouco investimento por parte da federação. “É muito aquém do necessário, principalmente pelo que os clubes pequenos estão recebendo. É muito pouco”, lamentou. No Cancão, com os poucos investimentos recebidos, a diretoria fará uma reunião nesta segunda-feira (23) para definir como será a preparação para a Série D. “As federações fazem os investimentos, mas a manutenção dos salários é do clube. Como não temos patrocínios, vamos discutir tudo nessa reunião na segunda”, contou Fernandes. Dentre os assuntos, a cúpula diretiva irá tratar sobre a nova comissão técnica e dispensas e contratações. “Devemos ficar com 60% a 70% do elenco”, revelou. “Nós já temos jogadores com contrato até dezembro. Com outros, vamos entrar num acordo para fazer até dezembro também. O clube pode ser eliminado em um mês, mas temos que correr esse risco. Trabalharemos com ‘bicho’ caso eles passem de fase. Essa é uma forma de incentivá-los”, prosseguiu. No Touro, as contratações já estão sendo feitas há mais tempo e o elenco está praticamente fechado. “Nós estamos fazendo contrato até o fim do ano em sua grande maioria, até porque temos a Copa Governador. Há renovação de outros até novembro também, assim como os que contratamos”, contou Gerinaldo.
 

Gerinaldo Costa, presidente do Fluminense de Feira | Foto: Ulisses Gama / Bahia Notícias
 
A preparação do Galícia ainda é um mistério. A equipe do Bahia Notícias tentou entrar em contato com o clube, mas não obteve êxito. No entanto, de acordo com a assessoria do Granadeiro, a equipe irá mandar seus jogos no Estádio José Rocha, em Jacobina, informação ainda não oficializada pela CBF. Dentro de campo, as datas dos jogos já foram divulgadas pela CBF, bem como os grupos de cada time. A Juazeirense está no grupo A5, junto a Icasa-CE, Altos-PI e Maranhão. O Galícia atuará no grupo A7, com América-PE e um time paraibano a ser definido. O Flu de Feira faz parte do grupo A9, e enfrentará Sergipe, Murici-AL e outro paraibano. Essas duas equipes serão definidas após o término o Campeonato Paraibano, com Campinense, Sousa e CSP na disputa pelas vagas. Pelo lado do Fluminense, a chave foi avaliada como difícil por Gerinaldo Costa, por conta dos adversários. No entanto, ele comemorou o fato de viajar menos que o previsto. “Temos vantagens e desvantagens. A vantagem são as distâncias menores do que era previsto. Era previsto Piauí, Maranhão e Ceará. Agora ficou Sergipe, Alagoas e Paraíba. Isso foi bom. Aparentemente, nossa chave é mais difícil que a prevista. O Sergipe e Muricy são fortes, e corremos o risco de pegar o Campinense”, analisou. Sérgio Fernandes preferiu não detalhar muito as expectativas da torcida e da diretoria em Juazeiro. Ele preferiu esperar a reunião que acontecerá na segunda, mas decretou: “A intenção é subir”. Clique aqui e confira a tabela dos baianos.