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Rickson Gracie confirma invencibilidade no Vale Tudo e critica dinâmica do UFC

Por Edimário Duplat

Rickson Gracie confirma invencibilidade no Vale Tudo e critica dinâmica do UFC
Foto: Divulgação
Uma das lendas do jiu-jitsu mundial, o lutador Rickson Gracie falou em entrevista ao site Uol sobre a história no mundo das lutas, onde garante ter realizado pelo menos 450 lutas na carreira, vencendo todas em que disputou. Além disso, falou da atual dinâmica do MMA e do UFC, garantindo que sempre foi um campeão de vale tudo, a versão original da modalidade que garantia uma luta que abordava melhor o conhecimento sobre as artes marciais.

“O jiu-jitsu sempre foi a espinha dorsal do MMA. Mas as regras atuais conduzem as lutas mais para o striking (trocação) do que para o grappling (luta agarrada) por serem rounds curtos e os juízes não deixarem a luta se desenvolver no chão. Mandam levantar se não tiver uma dinâmica. Isso faz os lutadores se tornarem mais explosivos. E agora tem essa da capacidade de perder peso pra lutar. Hoje o esporte é diferente. Eu nunca lutei MMA, lutei vale tudo, onde não tinha limite curto tempo, limite de rounds e de peso. A estratégia e capacidade de colocar em prática seu jiu-jitsu eram muito maiores” afirmou o lendário lutador, que hoje prepara o seu filho Kron Gracie “Ficamos nervosos, estamos confiantes na preparação dele; otimistas. O Kron é muito dedicado. Ele é muito focado  no profissionalismo que tem que atender nos níveis de treino. Sob o ponto de vista técnico e psicológico, ele está muito bem.  Eu atuo mais vendo onde posso ajudar de uma forma descontraída e mostrar pra ele a minha experiência quando ele menciona algo de treino, e aí falo ´isso aconteceu comigo´...dou direções, mas não estou diretamente ligado ao treinamento dele. Ele já sabe o que tem que fazer, e não é nenhum bicho de sete cabeças”.

Sobre o UFC e seu atual poder financeiro, Rickson criticou o monopólio da empresa no MMA e a dependência das outras federações para a entidade norte-americana. “Esse aspecto profissional do MMA é muito desequilibrado no sentido de que existe um monopólio do UFC de que eles determinem as condições de tudo que vem abaixo,  como TV, empresários e lutadores. Isso faz com que exista um desequilíbrio muito grande. O evento é mais importante do que o lutador. E eles brigam com os lutadores e os colocam como peça de xadrez. Isso vai acontecer até que haja uma competição entre associados, com três, quatro ou cinco grandes organizações com competitividade. O lutador está sendo mal tratado e mal pago. Eles geram fortunas e recebem um percentual insignificante. No boxe você vê uma bolsa de US$ 40 milhões pro lutador, e no MMA ela é insignificante. Às vezes um cara é bom e já se provou em vários eventos e tem que fazer contrato de US$ 20 mil pra oito lutas, o que não representa nada dentro de uma ação coorporativa grande. Não existe respeito ao lutador de uma maneira digna. Ele entra por baixo e fica por baixo sendo maltratado. E quem vai reclamar? É um monopólio, só um chefe. Nosso potencial está sendo usado de uma forma sem critério e valorização” completou.

Sobre a fama de nunca ter perdido uma luta, Gracie foi categórico e deu uma número estimado de confrontos ao qual participou e venceu. “Uma coisa é certa: nunca perdi. Ganhei todas minhas lutas de competição depois que ganhei faixa preta (de jiu-jitsu). Sempre fiz questão de aceitar todos os desafios. Em qualquer treino, academia ou competição na rua, sempre fiz questão de comparecer e finalizei todas as lutas. Dentro de um número bem controlado, acho que foram umas 450 lutas, só com vitórias em desafios de jiu-jitsu, sambo, freestyle wrestling e vale tudo” confessou.