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Piroquinha, Pithaco, Tobinha e Biito: conheça alguns dos nomes peculiares do Intermunicipal

Por Ricardo Alves

Piroquinha, Pithaco, Tobinha e Biito: conheça alguns dos nomes peculiares do Intermunicipal
Piroquinha, de Mairi, ganhou apelido de Railan do Bahia. Foto: Mairi News
Já imaginou um time formado por jogadores com nomes como Biito, Garrote, Boquinha, Wambaster, Júnior Mulambo, Pneu, Piroquinha, Bidi, Chendengo, Anão, Dreinha e Tiquin? Ou ainda Negoliso, Zé Bú, Peloco, Xica, Gil Gogó, Buleco, Tiziu, Buguelo, Teka, Nem de Dora, Xuxu e Tobinha? Engana-se quem achar que seja apenas uma brincadeira, pois todos os nomes citados são de atletas que jogam o Campeonato Intermunicipal 2014 na Bahia, torneio de seleções do interior do estado responsável por revelar craques como Edílson "Capetinha", Liédson, Charles Fabian e Bobô, entre outros. Uma das novas promessas do Intermunicipal é Flávio Lima, 23 anos, que mora em Feira de Santana e joga pela seleção de Mairi, onde é conhecido como Piroquinha, apelido que ganhou de um 'boleiro' profissional, o lateral Railan do Bahia. "Por volta de 2007 comecei a morar em Araci e lá conheci Railan, que hoje é lateral-direito do Bahia. A gente jogava e estudava junto. E foi ele que acabou botando esse apelido em mim porque minhas pernas são tortas com os joelhos virados para dentro. Railan foi espalhando, o apelido acabou pegando, mas eu levo na brincadeira", explica o jogador. Piroquinha confessou que ele mesmo ri do apelido pois, por ser atacante, durante o jogo os amigos entoam gritos como "sobe, Piroquinha" e "vai pra dentro, Piroquinha". O jogador de Mairi trabalha como auxiliar de serviços gerais na Pirelli, mas ainda tem o sonho de ser jogador profissional.
 

Pithaco, da Seleção de Santa Luz, já recebeu propostas para se profissionalizar

Outro craque do Intermunicpal conhecido por uma alcunha peculiar é Cleilton Menezes, de 29 anos, que joga pela seleção de Santa Luz, mas é mais conhecido pelos companheiros de time e entre os amigos como Pitchaco. “Meu avô me chamava de Pitaco quando eu era criança, aí meus amigos se aproveitaram disso, mudaram meu apelido para Pitchaco e todo mundo me conhece assim”, conta o jogador. Pitchaco está disputando o 10° Intermunicipal e confessa já ter recebido convite de se tornar profissional, mas na época das propostas tinha contrato com São Francisco do Conde e achou melhor cumprir o acordo por não considerar que seria vantajoso para ele. “O salário oferecido não me agradou, era quase o mesmo que eu já ganhava então preferi deixar as coisas do jeito que estavam”, disse Pitchaco. No ano de 2009 o atleta foi campeão com a seleção de Serrinha e, além disso, ficou com a artilharia da competição ao balançar as redes 16 vezes.
 

Tobinha, de Santa Luz, levou uma 'voadora' de Elvis, de Coité, que só levou amarelo no lance

 Além de Pitchaco, outro atleta de Santa Luz que ganhou um apelido incomum é Moisés dos Santos, 21 anos, conhecido popularmente na cidade como Tobinha. O jogador acabou "herdando" um apelido originalmente do irmão Toba, que chegou a atuar profissionalmente. "Meu irmão mais velho era jogador profissional, tinha como apelido Toba e foi para o estado do Ceará. Por eu ser mais novo, o povo acabou me chamando de Tobinha", explica o atleta. O jogador utiliza a competição como forma de atrair olhares de clubes profissionais. Ele já chegou a receber convites, mas na ocasião teve que recusar para ajudar a família que passava por dificuldade financeira. Tobinha até foi protagonista de um lance polêmico no Intermunicipal deste ano, quando recebeu uma voadora de Elvis, da seleção de Coité, na região do pescoço. O agressor apenas recebeu o cartão amarelo no lance.
 

Foto: Alceu Vinicius/ Biito, de São Francisco do Conde, não quer se profissionalizar e joga apenas por prazer

Quem também participa do Intermunicipal neste ano é Adelmo Gomes, 26 anos, que joga pela seleção de São Francisco do Conde e é mais conhecido como "Biito". O próprio jogador explica como surgiu o apelido. "Quando eu era criança minha mãe tinha que ir para Simões Filho vender acarajé e me deixava com as vizinhas. Eu era muito pequeno ainda, elas ficavam me chamando de Biito e ficou até hoje", disse o atacante. Apesar do campeonato ser conhecido como vitrine de craques, Biito não pretende seguir a carreira profissional.  "Até hoje não tive oportunidades, prefiro jogar por prazer e ter uma profissão mais concreta". O atleta de São Francisco é estudante de fisioterapia na FTC, em Salvador. Neste domingo (28), terá início a segunda fase da competição, onde 60 times se enfretam 30 grupos de mata-mata, com dois times em cada grupo em jogos de ida e volta.