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Entrevista

'Modesto', Binha projeta grandes títulos no Bahia e prega investimento na base

Por Ulisses Gama

'Modesto', Binha projeta grandes títulos no Bahia e prega investimento na base
Foto: Paulo Victor Nadal / Bahia Notícias

Simples, humilde e modesto. É assim que o torcedor Flávio Alexandre, mais conhecido como Binha de São Caetano, define a sua candidatura à presidência do Esporte Clube Bahia. Conhecido pelo otimismo e por estar presente em jogos do Esquadrão de Aço de Norte a Sul do Brasil, o folclórico adepto, que teve 14 votos em sua última candidatura, prega o investimento na divisão de base como o carro chefe de sua gestão, em caso de eleição. "Essa potência tem que investir na base. O coração de uma equipe grande é a base. Se você não tiver estrutura dentro de casa, vai ter aonde? Caso eleito, 50% do orçamento vai para a base. O meu salário vai para a divisão de base", declarou, em entrevista ao Bahia Notícias. Durante a entrevista, Binha fez uma avaliação positiva da atual diretoria, comandada por Marcelo Sant'Ana, fez uma projeção para aumentar o número de sócios do clube e declarou ter sido alvo de preconceito por parte de alguns torcedores. Confira a entrevista completa: 

 

O que levou você a se candidatar à presidência do Bahia?

O que me levou a sair candidato é o direito que tenho. A democracia diz que um cidadão ficha limpa tem direito a ser candidato. O que um cidadão faz para ser presidente dessa potência é a visão social, ética moral e consciência esportiva. O amor da minha vida é o Bahia. Sou casado há 32 anos, largo a mulher, mas não largo o Bahia. Sou um rapaz humilde que vocês conhecem. Muitos me chamam de mito, mas sou um torcedor comum. Acompanho o Bahia dentro e fora do estado e tenho todos os ingressos. Os candidatos deviam estar em Florianópolis incentivando o Bahia. Só quem estava era eu. É Rio, Belo Horizonte, São Paulo... Eles deveriam estar lá, dando tudo pelo Bahia! O Bahia tem obrigação de ganhar a Copa do Brasil e a Série A. O Bahia está no top mundial, mas as pessoas precisam acreditar em mim. O Kalil (ex-presidente do Atlético-MG) disse que eu tinha condições. Não tenho dinheiro, mas o Bahia não precisa disso. O Bahia precisa de minha estrutura e de minha inteligência. Tenho muitos projetos para engrandecer ainda mais o clube. 

 

Binha expõe ingressos das suas últimas partidas com o Bahia | Foto: Ulisses Gama / Bahia Notícias

 

Como avalia as últimas gestões? O que foi positivo e o que foi negativo?
Eu não posso ser ingrato com esse presidente que está aí. Ele errou, mas ele acertou muito. Não vou falar mal dele porque sou candidato. De 100%, ele fez 70%. Teve uma grande administração no Bahia. Ele foi um bom gestor, assim penso. Mas não deu sorte no futebol. Teve jogador que ficou seis meses. Tem jogador que está aí parado e recebe. Teve Thiago Ribeiro que não fez nada. Segundo informações, mandou funcionários embora. O presidente do Bahia brigou com a imprensa e ele não pode. Ele brigou com torcida, com a CBF, com a Federação Bahiana. Ele brigou com todos! Os assessores deles não são experientes e não se envolveram antes com o futebol. A administração foi boa.

 

Qual o principal ponto a ser trabalhado em sua gestão, caso eleito?
A divisão de base vai ser o carro chefe. Essa potência tem que investir na base. O coração de uma equipe grande é a base. Se você não tiver estrutura dentro de casa, vai ter aonde? Caso eleito, 50% do orçamento vai para a base. O meu salário vai para a divisão de base. O Bahia tem um grande departamento médico e pretendo ampliar com o doutor Marcos Lopes. Vou criar uma clínica psiquiátrica dentro do clube. Muitos candidatos não sabem o que é psiquiatria esportiva.

 

O Bahia hoje conta com cerca de 16 mil associados. Como fazer para aumentar esse número?
Vou focar no marketing. Não vou ficar sentado no gabinete. Vou atrás de empresas para buscar ajuda e colocar 50 mil sócios no clube. O objetivo é ganhar a Série A! Tenho que me aliar com pessoas de bem para conseguir esse objetivo. Vou trabalhar com pessoas profissionais no futebol. Quero a grandeza do Bahia. Quero o Bahia maior. Vou passar por cima de qualquer discriminação para colocar o Bahia no mundo. Na minha modesta opinião, o Bahia tem 18 milhões de torcedores no Bahia e 50 milhões no Brasil. 

 

A relação com a Arena Fonte Nova pode melhorar de que forma?
O meu projeto é colocar o Bahia em Pituaçu. O Bahia tem um contrato político com a Fonte Nova. Vou me reunir com a Fonte Nova e vou exigir deles R$ 12 milhões por ano. Se não quiserem, vamos jogar em Pituaçu. Pituaçu não pode ficar abandonado, enquanto a Fonte Nova só vai rico. O governo joga dinheiro na Fonte Nova e ninguém fala. É por isso que eles não gostam de mim. É uma falta de vergonha jogar subsídio na Fonte Nova.

 

Binha e Zé Tricolor, candidato a vice | Foto: Paulo Victor Nadal / Bahia Notícias

 

Com a situação dos CT's praticamente definida, qual seria a sua decisão? É possível manter as duas estruturas?
É a coisa mais fácil do mundo. O Atlético-MG, que é do nível do Bahia, tem dois centros de treinamento. O Bahia tem que ter os dois centros. O Fazendão e a Cidade Tricolor foram vaidade política. A antiga diretoria fez o maior e melhor centro de treinamento do Brasil.

 

O Bahia tem condições de ter outros esportes como em anos anteriores? 

O Bahia vai atrás de parceiros. O Bahia tem que ter futebol de salão, vôlei, basquete e outros esportes. Vou procurar parceiros para isso. A diretoria atual só pensa no futebol em campo, mas tem que pensar nos outros esportes, dando condição ao torcedor.
 

 

Foto: Paulo Victor Nadal / Bahia Notícias

 

Que mensagem você deixa ao torcedor e associado?
Torcedor, você quer ficar feliz? Vote em Binha para presidente. Sou modesto, mas penso no Bahia ganhando a Série A. Peço um voto de confiança, pois tenho planejamento. O nosso prefeito pode botar pré-candidato e eu não posso ser? Acredite em mim, torcedor. Tenho muitas pessoas do meu lado para me ajudar.

 

Você acha que é visto de forma preconceituosa por ser um torcedor folclórico?

Sou humilde, simples e modesto e o preconceito está muito grande em cima de mim. Vou denunciar logo. Me chamam de pobre, Bolsa Família, maluco, analfabeto falam do bairro de São Caetano, onde moro. Sou muito maltratado nas redes sociais. Mas isso não vai me parar.