Amanda Nunes fala sobre expectativa para o UFC 200 e acredita na força da mulher no MMA
Quarta melhor no ranking do peso galo feminino, a baiana Amanda Nunes passa por seu melhor momento no UFC. Desafiante da atual campeã, Miesha Tate, a baiana lutará pelo cinturão no dia 9 de julho e pode se tornar a primeira brasileira a conseguir o título na entidade. Em entrevista ao Bahia Notícias, a “Leoa” comentou um pouco sobre a expectativa e a preparação para o confronto, além de falar sobre a participação das mulheres no MMA e mandar um recado para aqueles que estão iniciando na modalidade esportiva.
Como tem sido a sua preparação para o confronto pelo cinturão? Existe algum tipo de treinamento específico nessa proximidade com a data da luta?
Está sendo tudo ótimo, tenho todo um schedule (planejamento) pronto para Miesha, fazendo uma boa estratégia para ela. Todo treinamento que faço é específico e direcionado a oponente.
E sobre a Miesha Tate? O que você pode falar sobre a sua adversária? O que acha que ela pode explorar no combate para ter vantagem? E você já tem uma estratégia para vence-la?
A Miesha é uma atleta que não desiste, e isso é um ponto forte nela. Acho que vai tentar de tudo para vencer e a estratégia nesse caso é ter tranquilidade para aproveitar todos os momentos da luta.
Miesha Tate e Amanda Nunes na promoção do UFC 200 | Foto: Reprodução/Youtube
Conversei com o Gilmar, seu treinador, e falamos um pouco do seu início de carreira e as dificuldades que ocorreram nessa jornada? Depois de passar por esse período, o que pode ser usado para o seu atual momento no UFC e no MMA?
Tudo que eu vivi teve seu ponto positivo para me deixar mais forte e chegar até aqui para conquistar o cinturão. Gilmar foi um dos meus maiores suportes e tudo isso me faz fortalecer.
Desde que perdeu para a Cat Zingano, você emplacou três vitórias consecutivas na entidade. Mudou algo na sua maneira de lutar? O que pode saiu de lição daquele momento para cá?
Ocorreram algumas mudanças depois da derrota. Hoje treino na maior academia de MMA da Florida, a American Top Team, e foram feitas várias modificações no meu schedule. Atualmente, além de fazer o que eu gosto, que é lutar, tenho tempo de aproveitar um pouco mais a minha vida.
Hoje, o UFC feminino tem crescido bastante e ganhado muito destaque nas edições de combate. A que se deve esse momento? Poderia falar um pouco dessa evolução das mulheres no MMA?
Esse momento se deve as boas performance das meninas, cada uma dando o seu melhor fazendo um evento bom de se ver. Tudo isso é dedicação, determinação e garra, fazendo crescer o público feminino.
Amanda e seu treinador, Gilmar Moura, no início da carreira no MMA | Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
Gilmar tem um coração de ouro, é um homem muito determinado, muito focado no que ele almeja, além de ser super positivo e passar uma energia muito boa fazendo com que todos ao seu redor acredite sempre que dará certo. Foi um enorme prazer tê-lo em minha vida.
Por fim, poderia passar uma mensagem para os baianos? Não somente para os torcedores, mas para todos aqueles que também praticam e sonham em evoluir nas modalidades mistas.
Para os atletas, digo para manter o foco e procurar se especializar em todas as modalidades que compõem o MMA, além de estar com corpo e mente preparado, sem cobrar nada da vida. Tudo tem seu momento certo é por isso que Deus existe. Já para os torcedores baianos, é só agradecer o apoio. Podem acreditar que levarei esse cinturão.