Na hora decisiva, jogar contra não é o caminho
Foto: Jefferson Peixoto / Ag Haack / Bahia Notícias
Bahia e Tupi era um jogo teoricamente fácil. Foi. 4 a 0 no placar e com o jogo resolvido na primeira etapa. Resultado para dar moral em relação ao confronto direto diante do Brasil de Pelotas na sexta-feira. Tudo certo? Não. Algo preocupa: a pesada vaia para o atacante Hernane na Arena Fonte Nova.
É inegável que o artilheiro do Bahia na temporada e na Série B não vive uma boa fase. Não balança as redes há quase um mês e uma sequência de erros. Até deu um passe para o primeiro gol e o corta-luz para o tento de Régis, mas foi insuficiente para a torcida, que queria vê-lo marcar. Mas vaiar é o correto? Para mim, a vaia derruba e derruba em uma hora decisiva. Briga por acesso é momento de apoio.
A situação é tão preocupante que fez o técnico Guto Ferreira, sempre calmo nas suas entrevistas, mudar o tom. Mexer com a confiança de um jogador que é referência incomoda e pode prejudicar o seu grupo.
“A gente não está botando qualquer um para dentro do campo. Estamos estudando e esperando o momento. E mais do que nunca. O torcedor gritando o tempo todo: ‘Tira o Hernane, tira o Hernane’. Pô, estamos ganhando de 4 a 0 e você preocupado com meu centroavante? Os gols estão saindo. Será que ele merece estar nessa pressão? Vamos parar um pouquinho e ver até onde estamos nos ajudando. Você acha que ele não se cobra? Acha que ele está no dia a dia roubando? Pô, o cara está trabalhando pra caramba. A função dele não se resume a guardar e fazer gol. Toda essa marcação sob pressão que fizemos, ele o Cajá marcaram muito, marcaram muito”, vociferou.
Se nada sair do normal, Hernane será titular contra o time gaúcho. Mais do que nunca, ele precisa do apoio no momento importante da competição.
Hernane em 2016
Jogos: 39
Gols: 19
Assistências: 5