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Tricolor: #NAOJOGUEATOALHA

Por Felipe Santana

Tricolor: #NAOJOGUEATOALHA
Estava sem escrever desde o início de agosto. Foram quase três meses de lá pra cá, mas ainda assim não foi tempo suficiente para que as coisas voltassem ao normal no Fazendão, ou pelo menos estivessem mais tranquilas. Pelo contrário. O bicho literalmente está pegando por lá. Porém, meu texto desta vez não vai apontar novos problemas ou criticar a diretoria, que merecia ouvir muita coisa, ou até mesmo o treinador Gilson Kleina, que abandonou a única formação que deu certo no campeonato (era impossível não dar uma cutucada).
Minha intenção, até mesmo fugindo um pouco da imparcialidade, é atingir o torcedor do Bahia.

No sábado, assim como vocês, deixei o Beira-Rio desacreditado, sem enxergar uma luz no fim do túnel, graças ao futebol apresentado diante do Inter. Calma, vou consertar: aquilo não pode ser chamado de futebol.  

Na minha volta cansativa para Salvador, e bote cansativa nisso , tive a felicidade de encontrar às 5h da manhã (domingo) o treinador Gilson Kleina no aeroporto. Lá, nós conversamos rapidamente, e ele não conseguia esconder a tristeza não só pelo resultado. A maneira como o time jogou, principalmente no 1º tempo, o abalou. Ainda assim, com o time no Z4, ele acredita, e muito, em manter o Bahia na primeira. Todo nós sabemos que o Bahia errou nas contratações (quantidade e qualidade), na administração do elenco, em não mudar o treinador antes da Copa, em aceitar indicação de empresários, em não aproveitar melhor seus atletas da base, sem falar no atraso no pagamento dos salários.

Mas, neste momento, o torcedor precisa/vai ignorar os detalhes citados. Pelo menos, é o que eu acredito. Já pensou se você, torcedor, entregar os pontos?!?! Quem será capaz de ajudar ao elenco, que não é dos melhores, a salvar o clube do rebaixamento? Não consigo enxergar outro Chapolin, a não ser o torcedor. E Gilson Kleina, na nossa conversa informal, também confidenciou isso: 'Nós precisamos do torcedor, cara'.
 
Sei que o ingresso (sem promoção) é caro, que o time não tem merecido seus esforços, e que matematicamente o Bahia não depende apenas dele para sair da zona. Não é novidade para ninguém, mas repito: o CLUBE precisa de você. É um domingo de noite, dá para você aproveitar o dia todo antes de ir para Fonte Nova. Economiza durante a semana, evitando ir ao cinema ou tomar aquela cervejinha, e guarda o $ para ir ao jogo. Sem falar que será contra o Palmeiras, um concorrente direto e que não vai contar com seu principal artilheiro: Henrique. Você, torcedor, não entregou os pontos contra o Fast, nem deixou de acreditar que o Rio Branco desperdiçaria aquele pênalti contra o ABC. Então, não será agora que fará isso.

Você nunca deixou de acreditar que aplicaria uma goleada no Santa Cruz por 5 a 0 (1981), nem que um dia seria campeão nacional depois de vencer o Santos, de Pelé, em 1959. Muito menos deixou sua esperança morrer de voltar à Série A, após sete anos, e tenho certeza que não se arrependeu disso: acreditar até o fim. Seja com fé ou sem ela, com orações, promessas ou fitinhas, não deixe de ir. O Bahia precisa de você, torcedor.

Não desista de um bem que é seu, que pode sair da UTI com sua ajuda e lhe render muitas alegrias (ou não). Chegou a hora de ratificar aquilo que os adversários um dia souberam do torcedor do Bahia: diferenciado, apaixonado e nunca abandona o barco.
 
#NÃOJOGUEATOLHA