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Sorte ou azar?

Por Felipe Santana

Sorte ou azar?
A Copa do Nordeste para o Bahia pode ser tratada como um capítulo que já ficou para trás. No entanto, nunca é demais lembrar que a performance deixou uma mancha de tristeza e decepção nos torcedores. Aliás, acredito que todos não imaginavam mais uma vez que diante de adversários mais fracos o clube pudesse fracassar de novo no torneio regional.
 
Olhando para frente, não muito longe, tem o Campeonato Baiano. O Bahia terá quatro adversários pela frente: Vitória, Vitória da Conquista, Galícia e Jacuipense. Uma tabela que, no papel, creio que vai ajudar muito o trabalho de Marquinhos Santos.  Ou não, né?
Ele deu sorte ou azar? O Bahia vai realizar oito partidas pela segunda fase do Campeonato Baiano, entre confrontos de ida e volta, sendo sete apresentações em Salvador. Vitória, Galícia e Jacuipense usam o mesmo estádio como mando de campo: Pituaçu. Então, o Bahia só será obrigado a sair da capital baiana para enfrentar o Vitória da Conquista, time que derrotou duas vezes na Copa do Nordeste.

Fica a dúvida: a tabela ajudou Marquinhos Santos? Para sorte dele, o time vai jogar em bons gramados. Não vai ter desculpa que a condição do campo, ou do estádio, atrapalhou. Tem mais motivos para comemorar. O elenco não vai sofrer desgaste com viagem até porque, contra o Conquista, o deslocamento será feito de avião, em menos de sessenta minutos.  Sem falar que olhando para o Vitória, adversário direto na briga pelo título, o Bahia terá duas semanas completas de treinamentos em virtude da eliminação na Copa do Nordeste. O rubro-negro, além de encarar o Ceará duas vezes, enfrentará três viagens pelo estadual: Teixeira de Freitas, Juazeiro e Alagoinhas.

Em contrapartida, os mesmos argumentos ‘da sorte’ poderão ser usados contra Marquinhos Santos. Concordam? Jogador sete jogos em Salvador, com bons gramados, vai aumentar a pressão sobre o bom rendimento do time. O torcedor, presente no estádio, tem direito e vai exigir mais futebol da equipe. O cardápio de queixas envolvendo o calor, campo e viagem, está fora de cogitação. Ou seja, Marquinhos Santos será obrigado a definir o padrão tático do time que, depois de seis jogos, não me convenceu. O Bahia de 2014 não conseguiu começar e terminar uma partida com a mesma formação, sem modifica-la no decorrer do jogo. 

É lógico que é preciso variar a formação. Mas, para isso, é necessário partir de uma base, que não consigo enxergar no Bahia até agora. Contra o CSA, na estreia, começou com dois volantes. Na rodada seguinte, com três volantes, e Branquinho de falso camisa 9, o time não jogou bem e não venceu. Depois foi a vez de escalar três atacantes, mantendo os três volantes. Nos dois últimos jogos, contra Santa Cruz e CSA, nova alteração. Dois atacantes, três volantes e Anderson Talisca como o cérebro do meio de campo, o tal camisa 10, que não vejo como a posição ideal para o garoto.
 
Teoricamente, o Bahia foi beneficiado com a tabela do Campeonato Baiano. Porém, quando a bola rolar, Marquinhos Santos e seus comandados conseguirão usufruir dos ‘benefícios’ ou tornarão destes argumentos fatores para ganhar ainda mais críticas?