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Guto prega paciência com divisão de base do Bahia e avalia aprendizado com futebol alemão

Guto prega paciência com divisão de base do Bahia e avalia aprendizado com futebol alemão
Foto: Felipe Oliveira / Divulgação / EC Bahia
O técnico do Bahia, Guto Ferreira, concedeu sua primeira entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (3), no segundo dia de trabalho do time profissional tricolor, no Fazendão. Dentre vários assuntos, ele falou sobre a utilização da divisão de base em 2017 e avaliou sua viagem à Europa em dezembro do ano passado.

Guto passou pela Alemanha e aprendeu um pouco sobre a cultura local. Para ele, o nível organização dos germânicos é um dos diferenciais em relação ao Brasil. “O jogo que eu tive lá com menor público foi Darmstadt x Bayern, com 18 mil pessoas, porque o estádio cabia apenas 18 mil pessoas. E o jogo que tive lá com maior público foi um jogo da segunda divisão, Stuttgart x Hannover, que tinha 50 mil pessoas num estádio que cabia 60 mil. Bons espetáculos. Em termos de organização, muita coisa legal, muita coisa diferente de como é no Brasil. Facilidade de deslocamento, em tudo. Também um ou outro erro de organização, como é todo mundo, todo mundo tem seus erros. Mas tem uma preocupação muito grande em se acertar. Assistimos a treinamentos... Do Hoffenheim e do Stuttgart. No Hoffenheim, com alta tecnologia, até máquinas com programas de computador para desenvolvimento do raciocínio rápido, visão periférica. O que antes, lá atrás, a gente fazia com camisa, hoje se faz com programas e aparelhos que desenvolvem isso. Tudo isso visando à qualificação do jogador. Dentro do campo, muitos exercícios voltados para esse lado aí. Acho que foi de mais valia... Tudo que você está observando, vendo, você está aprendendo. Muita coisa que agora cabe à gente saber o que é bom, ruim, o que vai possível, o que não vai ser. Não é o fato de ir lá que vai mudar meu trabalho. A gente continua dentro da linha, tem muita coisa de lá que fortalece nossa linha de pensamento. A base, nós estamos dentro do que é feito. Um dos motivos de sempre conseguimos colher resultado é estar dentro dessa linha de ação, pensamento sobre treinamento. Logicamente, quanto mais estrutura, condições de aplicar situações, a tendência é ter jogadores mais qualificados e mais voltados para o melhor desempenho. O principal fator de tudo é a maneira como os jogadores encaram o treinamento, os jogos, a postura profissional, o foco, de que maneira se entregam. Não tem como não colher resultados com essa linha de pensamento. Pela habilidade, qualidade do jogador brasileiro, essa postura de saber o que quer, ter uma conduta no treino e fora dele extremamente profissional, a tendência é sempre ter um desempenho mais qualificado”, declarou.

O treinador também comentou sobre a utilização dos jogadores provenientes do time sub-20 nesta temporada. “A gente tem que ter paciência, prepará-los. Devagar a gente vai colocando até que eles se efetivem. Não é só estar treinando, mas na condição de buscar algo mais, uma titularidade, espaço, e daqui a pouca fazer diferença. Têm jogadores de dar suporte, pela sua característica, e de fazer diferença. A gente espera que todos possam reunir a melhor condição possível, porque fica mais fácil e mais barato você trabalhar com quem é da casa. Agora, você joga uma competição de alto nível e tem que ter jogadores que atinjam um nível de maturidade. Você não pode ter um time de seis, sete jogadores jogando se eles não estiverem maduros para segurar o peso da camisa do Bahia. Não é qualquer time. O Bahia é bicampeão Brasileiro, a camisa tem peso. A torcida, muitas vezes, exige bastante. Para que eles tenham destaque, eles não podem estar sendo pressionados, entrar como solução, mas como coadjuvantes. E, aos poucos, assumirem a condição de protagonistas. Tudo depende do nível de maturidade. O Bahia sonha alto, sonha com crescimento, e precisa do crescimento dos meninos para crescer junto. Tem uma safra que, no ano passado, na mão do Aroldo [Moreira, treinador da equipe sub-20], ganhou praticamente tudo. Perdeu dois ou três jogos no ano para o São Paulo. Só. Foi vice-campeão da Copa do Brasil, ganhou o Campeonato Baiano. Uma equipe vencedora que tem vários jogadores interessantes. Se você colocar e exigir...Calma. Tudo ao seu tempo, achando o momento certo de colocar para que se amanhã eles errarem, não se queimem. Na hora que chega lá dentro ninguém quer saber se é da base, se é contratado, o quanto que ganha. Querem que dê resultado. Por exemplo, no Santos é fácil lançar jogador porque existe uma cultura de botar jogadores da base. E é dado a ele tempo para dar respostas. Não é todo clube e torcida que pensam assim. Na hora que colocar lá dentro, ele errar duas, três bolas dizem que não joga nada. Não é assim. Ele está errando por quê? Porque o emocional dele não está preparado, fisicamente não está 100%. Mas por que você colocou? Porque naquele momento era o que eu tinha de melhor dentro do clube ou porque fazia parte do processo de amadurecimento dele. Tudo ao seu tempo para que possa chegar de uma maneira vitoriosa no final”, finalizou.

O primeiro jogo do Bahia na temporada será pela Florida Cup, torneio amistoso realizado nos Estados Unidos. No dia 12 de janeiro, o adversário será o Wolfsburg (Alemanha).