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Nestor Mendes Jr. fala de seu novo livro sobre o Bahia e garante não ser candidato à presidência

Por Edimário Duplat

Nestor Mendes Jr. fala de seu novo livro sobre o Bahia e garante não ser candidato à presidência
Livro será lançado na próxima quarta (26) na Arena Fonte Nova
Ás vésperas da eleição que definirá o próximo presidente do Esporte Clube Bahia, o jornalista Nestor Mendes Júnior lança na próxima quarta-feira (26), no Hall dos Camarotes da Itaipava Arena Fonte Nova, o livro “Nunca Mais! – 25 anos de luta pela liberdade no Esporte Clube Bahia” onde retrata desde os primeiros movimentos públicos de insatisfação da torcida tricolor até o recente processo de democratização ocorrido no clube em 2013.


Em entrevista ao Bahia Noticias, Mendes Júnior retratou o processo de criação da obra, que teve a sua primeira concepção logo após o titulo brasileiro do Bahia em 1988. “O primeiro movimento público de insatisfação ocorreu em 89, um ano depois do Bahia ser campeão. O time estava no grupo da morte do Brasileiro e o time havia se comportado como alguém que ‘deitava em berço esplendido’, não se planejando e se organizando para faturar em cima da recente conquista” afirma o autor, que desde aquele momento até os últimos anos utilizou de matérias jornalísticas para exemplificar os momentos conturbados vividos no Esquadrão de Aço nos últimos anos. “O livro é basicamente de jornalismo, sem opinião do autor. É uma visão da mídia e das pessoas que participaram desse processo, como o site Bahia Noticias, (o jornal) A Tarde e outros veículos de comunicação. Você tem todos os artigos que trataram do assunto ao longo destes 25 anos” completou.



"É uma visão da mídia e das pessoas que participaram desse processo,
como o site Bahia Noticias" (Foto: Jamile Amine/Bahia Notícias)

Torcedor do Bahia, Nestor Mendes Júnior sempre esteve envolvido no dia-a-dia do clube e afirma ter participado ativamente dos processos por democratização no clube. “Eu sou torcedor desde menino, e minha primeira participação ocorre em 83 quando me formei e fui trabalhar em um jornal. Fiz uma matéria sobre o Bahia que já vivia uma crise administrativa e o então presidente Maracajá pediu a minha demissão ou uma entrevista louvando-o. Eu me recusei e fui demitido, mas depois fui readmitido em outra editoria, acabando a minha carreira no jornalismo esportivo” ri hoje Mendes da situação. A partir desse momento acompanhou os movimentos contrários as gestões que existiam na equipe, tanto de torcedores quanto de jornalistas a nível estadual e nacional. “A apresentação do livro é do jornalista Juca Kfouri, que foi uma pessoa que deu uma grande abordagem ao que aconteceu nos últimos anos no Bahia. A mídia nacional tratou como uma marca no futebol brasileiro, porque foi uma mudança de baixo para cima. Em 2006, por exemplo, colocamos 50 mil pessoas nas ruas e isso demonstrou um processo de resistência que ficou marcado para todos”.


Manifestação dos 50 mil, realizada em 2006

Além de Juca Kfouri, outra participação na obra é do atual presidente do Bahia, Fernando Schmidt, que segundo o autor cumpriu o seu papel de transição apesar da má fase vivida pela equipe de futebol do clube. “Schmidt foi eleito para fazer a transição. Era um grande símbolo honesto, um presidente campeão e um nome de consenso para fazer um processo de transição. E ele fez bem isso, no cunho administrativo e de manutenção de transparência e seriedade. Agora cometeu erros na área do futebol, e nesse meio mesmo sem cometer erros você pode ser refém dos resultados” admitiu. Com a proximidade das eleições no clube, o escritor também comentou sobre o processo eleitoral que será realizado no final do ano. “Como todo processo de democratização, pois no Bahia nunca houve uma democracia participativa, é uma mudança enorme do ponto de vista conceitual onde não se pode mais impor um candidato apenas por dinheiro e poder. Eles têm que se apresentar aos sócios e serem votados. Paulo Maracajá dizia que o risco da democracia era o Anão do Baby-Beef (histórico torcedor do Bahia) ser eleito presidente. E era bom ter sido eleito nesses 25 anos, do que o time ser governado pelos ‘iluminados’ que eram colocados no cargo. Mesmo com erros, é a melhor forma de gerir uma instituição” afirmou. Entretanto, mesmo defendendo a possibilidade de eleição de qualquer um dos sócios que esteja em dia, Nestor Mendes Júnior negou qualquer possibilidade de candidatura própria. “Eu faço parte de um grupo, que é a unidade tricolor, mas eu não sou candidato. Estamos discutindo nomes ou proximidade com alguma chapa, mas não sairei candidato” confessou.



Depois do titulo de 88, o Bahia viveu uma grave crise e tiveram início as
primeiras manifestações da torcida por democracia

Além de retratar os movimentos dos torcedores, o livro também promete trazer momentos de bastidores das gestões que comandaram o clube e foram retratados pela imprensa ou acabaram sendo omitidos, não se tornando de conhecimento geral do grande publico. Para o autor, mostrar todo esse processo de gestão controverso traz um melhor conhecimento do que acontecia no comando da equipe durante os últimos 25 anos. “Sempre temos ‘viúvas’ de gestões, isso faz parte da democracia. Se acham que aqueles antigos presidentes devem voltar, que se candidatem. Não vejo nada demais. Mas será diferente do que antes, onde eles estavam lá sem explicar o que faziam no clube. Hoje a torcida reclama que a atual gestão está rebaixando o clube, mas se esquecem que os mesmos que trouxeram o Bahia pra Série A foram os que levaram para a Série C. O problema do clube é de estrutura e a torcida tem que saber que os tempos serão complicados independente de quem esteja no comando” explicou. Com lançamento previsto para o dia 26, “Nunca Mais! – 25 anos de luta pela liberdade no Esporte Clube Bahia” estará a venda nas Livrarias Cultura, Saraiva e na Casa do Tricolor com preço de R$ 19,90.