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Entrevista

Rogério Cedraz se diz confortável em assumir a Embasa - 18/05/2015

Por Alexandre Galvão / Fernando Duarte / Luana Ribeiro

Rogério Cedraz se diz confortável em assumir a Embasa - 18/05/2015
Foto: Luana Ribeiro/ Bahia Notícias
Assim como o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Marcelo Nilo (PDT), responsável por indicá-lo em uma escolha disputada, o presidente da Embasa, Rogério Cedraz, é funcionário de carreira e entrou na empresa ainda como estagiário. Com tanta experiência, se diz confortável em assumir o cargo que ocupa, apesar do primeiro desafio, logo no início de sua gestão: o rompimento da adutora principal de Salvador, em abril, que deixou boa parte da capital baiana sem água por vários dias. "Aquilo foi uma chegada com bastante trabalho, digamos assim". Apesar das consequências políticas do acidente, Cedraz afirma que as reclamações da oposição não estavam entre as prioridades da empresa. "Naquele caso, o que a Embasa realmente estava preocupada nesse processo, principalmente naquele momento, foi em o mais rápido possível restabelecer o abastecimento", afirma. Ainda no âmbito do município, o executivo esclarece algumas divergências em relação aos serviços prestados pela empresa, a qual sempre é atribuída a formação de buracos na rua, mas, em relação à agência reguladora criada pela prefeitura, a Arsal, diz que não existem conflitos. "A gente está para sentar com eles, conversar, dialogar, isso não é problema", garante. No interior, onde a estatal alcança outros 363 municípios, um dos problemas é a estiagem. Apesar de dizer que os sistemas de abastecimento estão "razoavelmente confortáveis", admite que "outras vezes se têm mananciais a distâncias muito grandes, que dificultam a solução". Em relação ao programa Água para Todos, uma das grandes vitrines do governo Jaques Wagner, as dificuldades ocorrem em decorrência do cenário econômico. "A gente está vivendo um momento diferente agora, de um pouco mais de restrição de recursos, então investimentos novos não estão acontecendo com tanta frequência como antes, mas o governador tem sempre pedido o máximo de esforço nosso para incorporá-lo a novas áreas", aponta.

A Embasa é responsável pelo esgotamento sanitário da maior parte das cidades da Bahia e a chuva também tem impactos nessa área, assim como na parte de drenagem, que é responsabilidade dos municípios. Como estão as atividades da Embasa neste quesito, principalmente em Salvador, uma das mais afetadas com a chuva?
Na realidade, o esgoto e a drenagem são sistemas independentes e, teoricamente, as chuvas não deveriam afetar o esgotamento sanitário neste período. Contudo, como a gente sabe que ainda existe muita drenagem que acaba sendo ligada no esgoto, assim como a gente sabe que acontece um esgoto ligado na rede de drenagem... Isso impacta muito no esgoto, que é feito para volumes de líquidos, digamos assim, basicamente para o que é gerado pela cidade. Então se você tem períodos de chuvas e possam existir drenagens ligadas no esgoto, isso gera contratempos grandes, gera entupimento, problemas de refluxo de esgoto, retorno. E a gente tem feito um trabalho intenso de limpeza de redes constantes para evitar que isso aconteça e prejudique os usuários. 
 
Voltando à sua entrada na Embasa, seu nome demorou a ser anunciado; o presidente da Assembleia Legislativa indicou alguns nomes e por último indicou o senhor, e o governador Rui acabou acatando. Como aconteceu esse processo?
Eu sou um técnico da casa, sou concursado de 1998 da Embasa. Realmente houve aqueles primeiros nomes levantados pelo presidente Marcelo Nilo, que acabaram não sendo acatados pelo governador. Mas, quando surgiu meu nome, por ser uma coisa mais técnica, acabou acontecendo mais facilmente e acabou sendo aceito pelo Estado também.
 

Logo após o início da sua gestão à frente da Embasa, em abril, houve o rompimento da adutora principal de Salvador na BR-324. Imaginamos que tenha sido um problema terrível...
Sim, aquilo foi uma chegada com bastante trabalho, digamos assim. Infelizmente foi da forma que aconteceu, nós tivemos um acidente ali, na realidade, nós temos uma adutora que tinha grande interferência com o lugar onde passa a obra do metrô. Houve um aterro bastante expressivo, ainda estão sendo concluídas algumas investigações para saber responsabilidades, o que aconteceu. Mas, bem ou mal, houve aquele rompimento, em um local de muito difícil acesso, até pelas condições de obra que estavam no local; e a solução envolvia muitos riscos, inclusive de vidas humanas, nossas equipes que estavam trabalhando no local. Então a gente teve que achar algumas alternativas para botar o sistema em operação o mais rápido possível. Foi o que aconteceu. Então tenho que parabenizar as equipes que trabalharam initerruptamente por cinco ou seis dias praticamente, construíram uma nova adutora paralela naquele trecho, em tempo recorde, para botar o abastecimento o mais rápido possível de volta para a cidade.

A Embasa tinha passado um mapa para a CCR [concessionária responsável pelas obras do metrô]?
Toda obra semelhante [àquela] existe uma troca de informações, na qual a CCR recebe o material da Embasa, que diz onde passa as tubulações, é feito um acordo de soluções; e naquele caso existia um acordo de soluções de realocação daquela adutora. Exatamente essa avaliação que está sendo feita, esta análise técnica está sendo feita, tanto pela Embasa quanto pelo próprio Crea [Conselho Regional de Engenharia e Agronomia], avaliando o que é que teve ali de erro que gerou aquele acidente. É isso que a gente está analisando.
 
Houve demora da Embasa na resolução do problema? 
Em hipótese alguma. Para você ter uma ideia, aquela é uma adutora que passa 2,5 metros cúbicos de água, vocês viram que, no momento do vazamento, teve um volume absurdo de água [vazando], é o tempo de você fechar a adutora. Só que você fechar uma adutora daquela não é instantâneo: você tem uma adutora daquela, de vários quilômetros, cheia de água. Então quando para, ainda escoa toda a água que estava dentro dela para se ter uma condição de início de trabalho. Então assim que teve o vazamento foi informado, parado o sistema completamente na cidade de Salvador, até para avaliarmos o que seria. E assim que terminou, que se esgotou, já estava se fazendo o serviço de escavação para chegar [até o ponto do vazamento]. Agora a gente não pode ter risco de vidas humanas. Nós estávamos com um serviço de 12 a 14 metros de profundidade, ao lado de um talude grande de aterro, então, no final, tinha gente a uns 15, 16 metros, com um aparelho do seu lado. O risco é muito grande, o solo muito encharcado após um vazamento. A gente insistiu em duas alternativas, paralelas, inclusive, para não ter o risco de uma atrasar, escolher uma e ter que mudar. Quando se chegou lá na região do tubo e que se começou a trabalhar e começaram a haver alguns desmoronamentos sobre a área, estava desenhada uma possível catástrofe ainda maior. Então optamos por manter a segunda alternativa que era por a paralela, que foi concluída, e uma extensão daquela de adutora, no prazo que foi, foi uma coisa que tem que dar os parabéns às equipes que trabalharam.
 
Neste período acabou ocorrendo certa politização do fato, pelo menos foi uma crítica recorrente, principalmente das pessoas mais ligadas ao governo do Estado, que acusaram a prefeitura de tentar criar um discurso político em cima do problema do rompimento da adutora. O senhor considera que foi um problema político os questionamentos e as reclamações do município? Até antes disso, a prefeitura criou uma agência reguladora, a Arsal, para fiscalizar o serviço da Embasa na cidade. 
Qualquer problema desse tipo às vezes pode ter um viés político envolvido. Naquele caso, o que a Embasa realmente estava preocupada nesse processo, principalmente naquele momento, foi em o mais rápido possível restabelecer o abastecimento, foi o principal foco da empresa, até porque existia uma parcela significativa da população sofrendo com a situação, e a gente não poderia perder tempo com essas questões. A Arsal, que é na realidade uma agência que tenta cuidar da Embasa, é um direito que o município tem, de ser implantado, e a gente está para sentar com eles, conversar, dialogar, isso não é problema. 
 
 
A gente tem recebido aqui muitas reclamações,  que são pontuais, mas que sinalizam que a Embasa tem um tempo de resposta para demandas da população maior do que o esperado. Por exemplo, rompe um cano na rua. As pessoas informam o rompimento e passa muito tempo até que uma equipe vá até lá. A demanda é muito maior do que a estrutura que a Embasa dispõe?
Não, na verdade não. Estamos falando da Embasa, que atende todo o Estado; e a Embasa, assim como outros serviços públicos, atende a um volume absurdo de pessoas. Então às vezes se vê alguns serviços que se atende pontualmente tendo muita reclamação, e a gente que atende praticamente a cidade inteira – não só em água, como em esgotamento sanitário, então são dois serviços na realidade, para uma única empresa. Além de tudo, a gente responde por outros serviços que às vezes se confunde, tem um vazamento de drenagem, confunde com vazamento de esgoto, a população pensa o inverso. Então a gente acaba tendo um volume de demandas muito grande. Mas temos uma equipe de atendimento compatível, tanto que o tempo nosso médio de atendimento, que é medido, tem uma equação de medida que é usada em todos os lugares, ele comparado com outros estados e capitais, é um tempo bastante confortável, digamos assim. Lógico que para um tamanho de cidade como Salvador e suas complexidades, às vezes pode acontecer, em um ponto ou outro, de ter um problema que demore um pouco mais. Como a gente está falando de uma cidade de mais de 3 milhões de habitantes, a gente pode deixar de atender um, dois, três – isso vai fazer os comunicados, as reclamações, é natural, e tem que acontecer, e a gente vai trabalhar para atender o mais rápido possível – mas às vezes, pode acontecer de ser um caso ou outro que vão gerar essas reclamações. Mas na grande maioria, se você pegar pelo número de casos que são levantados pela Embasa e o tempo médio de atendimento, vai ver que tem uma dimensão de tempo até bastante confortável. 
 
O caso do buraco no Cidade Jardim, a prefeitura imputou a responsabilidade à Embasa, depois afirmou que se a empresa tivesse dificuldade em executar momentaneamente a obra, poderia-se executar e a Embasa depois reembolsar. Existem casos como esse efetivamente? 
Os casos podem acontecer os mais variados. No subsolo de Salvador passam tubulações de várias coisas, entre elas, água, esgoto e drenagem. Água e esgoto normalmente só tem uma única função e trabalham de forma constante, ou seja, a água está 24 horas sendo bombeada ali dentro e o esgoto também sendo trabalhado constantemente. E temos uma terceira tubulação que é de drenagem, que nos momentos de pico de chuva, é normal que se sobrecarregue e possa com isso gerar vazamentos e tudo mais. Qualquer uma das três que tiver alguma complicação, ou um problema, vai abrir uma cratera, provavelmente, e o que estiver no entorno também em consequência vai acabar rompendo. Então se tiver vazamento de água vai romper a drenagem e o esgoto e, consequentemente, se tiver um problema de drenagem, vai romper os outros dois. Em cada caso deste, tem que haver uma análise muito criteriosa para poder dizer o que motivou. Em um dia de muita chuva, onde você está com a adutora de água por muito tempo sem gerar problema nenhum, e nesse dia há um rompimento... Então é uma análise que tem que ser feita com critério, com muita avaliação, porque eu diria, por exemplo, que a probabilidade de ser a drenagem é muito maior do que ser de qualquer uma das outras tubulações, mas eu prefiro que seja analisado com calma pelos técnicos e dizer realmente o que é que motiva os acidentes. Falar de antemão, eu diria que a drenagem é uma possibilidade bem forte de ter gerado o problema, mas eu prefiro que a análise técnica confirme.
 
O orçamento da Embasa é um dos maiores do Estado e esse ano a taxa de esgoto já foi aumentada. A empresa pensa em aumentar mais algum imposto? 
Na realidade, não é que a taxa de esgoto tem tido aumento. A taxa de esgoto da Bahia, inclusive, é uma das menores que tem. A taxa de esgoto é um percentual sobre o valor da água. Em outros estados, você tem de 100%, estados inclusive que cobram 120% do valor da água. A Embasa cobra 80%, ela tem uma taxa de esgoto propriamente dita até menor do que a de outros estados. A nossa taxa de água foi corrigida agora, tem que ser corrigida todo ano, assim como tudo sobe, a água também. Um dos maiores insumos de uma empresa de saneamento hoje é energia, nós tivemos um aumento de energia extremamente elevado nesse último período, que é extremamente impactante. Não é a Embasa que define seu aumento. Ele é definido por uma equação, utilizada praticamente no país inteiro, onde tem agências reguladoras – e aqui nós temos a agência reguladora do Estado, que é a Agersa. Há esse cálculo que é feito, o IRT, Índice de Reajuste Tarifário, que é uma metodologia de cálculo que leva em consideração, se eu não me engano, o IPCA [Índice de Preços ao Consumidor Amplo] do período, mais o que eles chamam de “parcelas não administráveis”, que são exatamente aquelas contas que a concessionária não tem o que fazer para manter. Por exemplo, energia: se a tarifa de energia aumentou, eu não tenho muita ação a fazer. O aumento acima do IPCA e tem algumas correçõeszinhas a mais. Então foi aplicada simplesmente a equação, chegou-se a um número, e o número foi aplicado na tarifa da Embasa. E o esgoto, como é um percentual, ele acompanha. 
 
Então a Embasa não planeja novos reajustes esse ano?
Não, os aumentos são anuais. 
 
 

 
Uma questão que é muito debatida é que a Embasa é superavitária nas cidades maiores e deficitária nas cidades menores, mas que, por ser uma concessão pública, a equação acaba sendo equilibrada. Houve determinados momentos um questionamento das cidades maiores, por reajustes menores que nas cidades do interior. Como está essa equação hoje das cidades que custam mais para fornecer água? Salvador, por exemplo, imaginamos que seja superavitária.
Salvador é a maior cidade do estado e, lógico, ela tem uma condição um pouco melhor, mas na realidade existe, digamos assim, um intercâmbio de tarifas, realmente. Nós temos as tarifas sociais, tarifas filantrópicas, residenciais, comerciais, industriais. E temos também a estratificação tarifária; à medida que vai se aumentando o consumo, as faixas de água vão tendo aumentos, o que a gente chama de excedente. Todo esse modelo tarifário é feito exatamente para um compensar os outros e a gente conseguir, por exemplo, dar tarifas mais acessíveis à população. A tarifa residencial, que é uma das mais baixas do país inclusive, ela é possível – ela pega mais de 90% de todas as ligações que nós temos – ser mais baixa porque eu tenho as tarifas comerciais e industriais que compensam um pouco essa equação. Existe também um pouco de compensação entre os municípios, mas o modelo é muito mais em cima dessas compensações entre as faixas tarifárias. Quem consome mais, que vai pagando muito mais por metro cúbico, vai compensando aquela pessoa que consome menos. A tarifa social, consigo dar uma tarifa bem mais em conta à população que precisa, porque tenho essas compensações. 
 
Vivemos um momento, não aqui na Bahia, que se discute muito a crise de abastecimento, principalmente na região sudeste. Há algum tipo de risco de desabastecimento de água na Bahia nos próximos anos? 
Salvador, na região metropolitana, tem uma condição bastante favorável hoje, porque foi feito um trabalho ao longo do tempo pela Embasa, que deu uma condição, algumas alternativas de abastecimento, então se tiver um problema maior e um único manancial, temos como compensar. Temos uma segurança hídrica em Salvador bastante confortável. Lógico que o estado da Bahia é grande, tem um percentual de seu território muito expressivo dentro do semiárido, então a gente pode ter problemas sim em algumas regiões, principalmente essas que estão no Polígono da Seca, que tem suas maiores dificuldades. Existe um trabalho que está sendo feito para a gente tentar, em cada um desses municípios, buscar alternativas para que, se a gente tiver um problema em um manancial, temos como buscar em outro. Salvador é uma cidade muito grande, a Embasa tem 364 municípios espalhados, tem em todos os lugares. Então é possível que em um e outro município, que hoje estão em boas condições, os mananciais estão confortáveis hoje, mas que por exemplo, no final do ano, na virada do ano possam...
 
Mas hoje tem algum risco de desabastecimento em alguma área da Bahia, mais evidente?
De forma geral, os sistemas, que são muito amplos, estão razoavelmente confortáveis. Tem alguns pontos que se tem mais estresse hídrico, mais dificuldade de abastecimento; tem alguns ainda com algum tipo de manobra, eu não vou dizer todos aqui agora porque não vou me lembrar de todos. Mas tem alguns realmente que tem, e nós temos um trabalho feito em cima para buscar alternativas de melhora. Alguns são possíveis, outras vezes se têm mananciais a distâncias muito grandes, que dificultam a solução. Então está sendo buscado aí o que possa ter de alternativa para melhoria. 
 
Na obra da transposição do eixo sul do São Francisco, a participação da Embasa é só depois da transposição propriamente dita? 
É, essa não é uma obra que fica vinculada à Embasa. Finalizada, a Embasa pode ter algum projeto que utilize água deles. 
 
O Água para Todos foi uma grande vitrine do governo Wagner e que Rui obviamente quer manter. Ele pediu atenção especial ao programa, é uma preocupação prioritária da Embasa, manter o programa?
Sem dúvida. O programa continua. Temos muito abastecimento em áreas rurais, temos feito muitas derivações de adutora para abastecer o máximo possível destas comunidades. A gente está vivendo um momento diferente agora, de um pouco mais de restrição de recursos, então investimentos novos não estão acontecendo com tanta frequência como antes, mas o governador tem sempre pedido o máximo de esforço nosso para incorporá-lo a novas áreas.
 
Ontem foi divulgada pelo Ministério Público do Trabalho a relação das 10 empresas com maior número de reclamações trabalhistas, e a Embasa está na lista. Isso ocorre mais por conta dos terceirizados, muito comum nessa área? Tem sido tomado algum tipo de medida para retirar a empresa do Top 10? 
Claro que tem sido feita todas as alternativas para tentar tirar; na verdade temos que avaliar porque isso está acontecendo, o que levou a isso. Isso é uma resposta que ainda não tenho. Estamos na Embasa há pouco tempo, quarenta e pouco dias ainda de retorno, tentando exatamente levantar o que pode ter gerado esses volumes grandes de reclamação para atuar e tentar minimizar o mais rápido possível. Não é um lugar onde a Embasa deve estar. 
 
O senhor está confortável na presidência do órgão, já que é um funcionário de carreira de lá? 
Eu estou, estou confortável, a Embasa é onde aprendi muita coisa, passei oito anos fora da Embasa em outro desafio, mas estou voltando e estou bem confortável. É um lugar onde eu sei bem como ajudar.