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Curtas do poder

Curtas do Poder

Curtas do Poder - Zeca de Aphonso - 14/10/2014

Por Zeca de Aphonso

Curtas do Poder - Zeca de Aphonso - 14/10/2014

* Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima: Rapidinho, depois das eleições o Soberano voltou a despachar nos bairros com seu secretariado.

 

* Natália Comte tinha avisado e eu não acreditei. Será difícil com três dias o Festival de Verão superar a grade do Réveillon do menino Bellintani.

 

* Aliás me contaram que não vai rolar patrocínio do Governo para o Festival este ano, sequelas das eleições.

 

* Lembra da agonia da formação da chama majoritária das oposições? Pois é, a briga agora vai ser pra escolher o vice de Neto, principalmente se Aécio vier a ser eleito. Para quem não sabe, o vice vira prefeito em dois anos, já que vossa majestade vai se candidatar ao governo da Bahia.

 

*Sou péssimo nesse negócio de finanças, mas juro que não entendi nada. Passadas as eleições, o Romano Mauro Ricardo anunciou que em 2015 o orçamento da capital baiana será de R$ 1,5 bi a menos. Depois de criar tanta confusão entre prefeito, empresários e classe média, perder um valor dessa magnitude no orçamento em ano que antecede eleições é de lascar. Por isso, começo a acreditar em conversas de bastidores que dão conta de que na reforma do secretariado, o Romano vai alegar motivos pessoais para pedir o próprio afastamento.

 

* Aliás, se você não quer ser contrariado, se você quer ser agradado, se quer motivar o grupo contrate a “Recomenda”, empresa que dizia a Pascoal, Neto e ao pobre do Paulo Souto que ganhariam as eleições no primeiro turno. 

 

* Entre um Dreher e outro aqui na Ilha, cheguei à conclusão de que para eleger-se basta saber captar e cooptar. Resumindo: arrecadar fundos e comprar a liderança certa, né supermercadista?

 

* Tô sabendo que em breve a casa dos envolvidos com Dalva Sele pode cair. Tem até jornalista famoso na Bahia no bolo.

 

* Vou dar logo a ideia: Rui Costa não é nem um pouco republicano quanto o Galego. Se liguem!

 

* A guerra agora é no tapetão. Os suplentes só têm uma coisa na cabeça: derrubar os eleitos no TRE ou conseguir vaga no governo para abrir caminho. Conheço uns três que dormem e acordam fazendo contas.

 

* A coisa não tá fácil para ninguém. Se você tiver precisando de:

- assessor parlamentar e vaqueiro, busque por Geddel Vieira Lima;

- professora de banca para a prova da OAB, veja com Eliana Calmon;

- fazer carreto, procure Marcos Medrado;

- sparing,  Acelino Pepó Freitas;

- eletricista, Robinson Almeida;

- miliciano,  Capitão Tadeu;

- radialista de rádio comunitária, Edmundo Filho;

- jornalista popular, Uziel Bueno;

- detetive particular,  Deraldo Damasceno;

- caixa de supermercado,  Mirella;

- contador de história,  Emiliano José;

- pastor evangélico,Pierre Onassis;

- diretor de bloco afro,  Dona Vera;

- de pai para filho,  Geraldo e Tiago Simões;

- ortopedista com especialidade em ligação de trompas, Maurício Trindade;

- plantonista de UPA,  Tatiana Paraíso;

- desocupado, procure o filho de João Henrique;

- modelo para propaganda de talco, Luiz Argôlo;

- capinação, vá até Edson Pimenta;

- intermediador do Minha Casa Minha Vida, Amauri Teixeira;

- frentista, Fernando Torres;

- modelo afrodescendente para propaganda do Topa, Luiz Alberto;

- emprestador de sobrenome, Tude;

- caixa de banco estatal, Álvaro Gomes;

- cobrador de ônibus, J. Carlos;

- promoter de festa na Unique, Carlos Brasileiro;

- pescador, Bira Corôa;

- professora primária, Kelly Magalhães;

- coroinha da terceira idade, Yulo Oiticica;

- segurança particular, Coronel Gilberto Santana;

- fiscal da natureza, Luiz de Deus;

- palestrante sobre como quebrar uma cidade, Temóteo Brito;

- cuidadora de canil, Ana Rita Tavares;

- modelo para produtos de cabelo afrodescendentes, Olívia Santana.

-dançarino ou dançarina de casa de diversão, Leokrete do Brasil 

 

* E é bom irmos pensando numa função para um outro nobre deputado, já que todo mundo quer a última vaga para a Assembleia. Soube que se não vierem os votos do deputado falecido, vão chegar os votos do radialista do planalto da Conquista. De um jeito ou de outro, quem deve cantar de Galo no terreiro da Assembleia, não vai ser o Marcelino.
 
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EU E O CABEÇA BRANCA

 

A BIRITA

No seu terceiro mandato, ACM gostava de despachar em Ondina, onde recebia não somente secretários como visitantes com audiência marcada. Estava, portanto cercado dos seus principais assessores, os mais próximos. De quando em quando ele embirrava com um deles e passava a tratá-lo mal. Não demorava muito. Ao entender que o problema era seu humor (intragável) e não do auxiliar, ele mudava a forma de tratamento e procurava fazer agrados. Cabeça Branca não era chegado a bebida alcoólica e detestava quem chegava próximo a ele com hálito de quem havia bebido. Era duro com os auxiliares que terminavam ficando esgotados com tantas reclamações. Um desses assessores que chegava cedo e ficava até tarde, somente retornando para casa à noite, gostava de beber e só conseguia dormir (sem sonhar com ACM) depois de beber, pouco antes de se recolher, dois copos de uísque cheios até a borda. Assim dormia, acordava cedo e volta a Ondina para enfrentar a “fera”. Lá pelas tantas, o Cabeça ficou encucado com o enigma e passou a investigar perguntando a outros auxiliares se fulano bebia. A resposta era negativa. Perguntava aos empregados da copa. A resposta era a mesma. Resolveu perguntar diretamente ao auxiliar com hálito de álcool. “Eu? Como posso beber se passo o dia aqui em Ondina?”. O velho se conformou com a explicação porque, de fato, em Ondina não se bebia. E, assim, o auxiliar passou a tomar suas biritas durante a noite e chegava para o trabalho rescendendo a bebida. O Cabeça despachava com ele virando a cara em razão do odor. Era a glória do auxiliar. ACM jamais descobriu como ele rescendia a álcool se passava o dia inteiro em Ondina. Glória e a vingança do auxiliar. E segredo só revelado após a sua morte.

 

*Se você tem alguma sugestão, pode mandar para [email protected] ou, se preferir, vá ao Facebook de Zeca de Aphonso e conte.

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