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Curtas do poder

Curtas do Poder

Curtas do Poder - Zeca de Aphonso - 22/07/2014

Por Zeca de Aphonso

Curtas do Poder - Zeca de Aphonso - 22/07/2014
* Agora entendi porque de a OAS e a Odebrecht pularem fora do Metrô. Com certeza, não iam aceitar fazer armengue, como noticiado pelo BN (clique aqui e veja).
 
* Esse Marcelo Nilo é mesmo um fanfarrão. Dizer que o Datanilo não lhe pertence é ser muito dissimulado (veja aqui). Além de lhe pertencer, o Datanilo é o instrumento usado por ele para agradar ao governador e parceiros, como no caso da eleição passada. Para quem não lembra, Nilo fez o Galego (Jaques Wagner) acreditar que Piligrino seria prefeito de Salvador.
 
* Por falar em Nilo, não é porque renunciou ao cargo que devemos esquecer de Almiro Sena. Estamos de olho.
 
* Aliás, soube que a Conder desapropriou uma área para duplicação da pista do aeroporto. Gostaria de saber o valor dessa desapropriação. Se for maior do que o valor pago por João Henrique no Parque das Dunas, cai por terra o argumento do Romano Coletor de Impostos (Mauro Ricardo).
 
* Mauro Ricardo dizer que só paga a quem não está no Cadin e a quem o prefeito determinar é muito forte. 
 
* Aliás, Mauro Ricardo deve explicações à sociedade soteropolitana. Ele ainda não disse qual foi a empresa que JH pagou R$ 90 milhões em duplicidade. Estamos de olho também. 
 
* Para captar votos do (velho) oeste, tem candidato que resolveu fazer sua campanha baseada no tema (clique aqui e veja).
 
* O Soberano (ACM Neto) não gostou muito dos postes azuis de Fábio Mota. Está pintando tudo de branco. Será que achou as cores de Mota de péssimo gosto?
 
* Incrível a estratégia dos propagandistas: o candidato governista escolhe a dedo os debates em que estará presente. Já o candidato de oposição não perde um. Esta semana, Paulo Souto estava a debater com Da Luz. 
 
* Golpe de mestre do poder contra os movimentos de rua: Sininho na cadeia, Prisco em repuso domiciliar e Capitão Tadeu perambulando sem cargo.
 
* E a pesquisa Vox Populi, hein?! Entrou água. Brinquem com Ismerim e Geddel... Esses dois são profissionais, sabem jogar o jogo. E com eles, como diria Uziel, "o sistema é bruto". 
 
* Só não foi bruto para o nosso dançarino de arrocha Lúcio Vieira Lima (clique aqui e veja).

EU E O CABEÇA BRANCA
 
João Ubaldo e o Bahia
 
Que me perdoe o Cabeça Branca, onde ele estiver, mas hoje vou dedicar este espaço a João Ubaldo Ribeiro, que eu conheci como simplesmente Ubaldo, primeiro em Itaparica porque, como sabem, embora já velho, ainda continuo um inveterado pescador de quatingas. Depois, aproximei-me mais do João, no falecido Jornal da Bahia, creio que na primeira metade dos anos 60, quando ele escrevia uma coluna por lá e enchia a redação com a sua voz forte, pesada, e a sua risada irresistível. Em Itaparica, joguei dominó com ele, isso quando não estava na ponte lançando meu anzol para fisgar meus peixinhos. Conheci algumas das suas personagens, mas fiquei mais próximo do Cuiuba. João andava fazendo cursos no exterior e passou uns tempos na Califórnia, fazendo o quê, não sei, mas ficou em Los Angeles. Depois ele me contou a história. Adorava contar histórias. Aconteceu quando o time do Bahia foi fazer uma excursão por lá. Os americanos ainda não gostavam de futebol e, no estádio, só tinha hispânicos e apenas ele de brasileiro, como explicava. Vitória desde menino, sem ter o que muito fazer, foi ver o Bahia jogar, que, na época, era presidido por um juiz, Dr. Pedro Pascásio. João Ubaldo ficou na arquibancada, logo atrás do banco dos reservas do tricolor de aço, onde estava, também, o presidente do clube, Pascásio. Jogo chato, pouca gente no estádio, e Ubaldo lá sozinho vendo o Bahia. De repente, como era do seu feitio, lhe veio uma ideia na telha, que ainda não era careca. Colocou as duas mãos na boca, para amplificar o som e começou a gritar: “Pascásio, Pascásio, Pascásio!” O bom Pascásio saía do banco e ficava olhando para a arquibancada, tentando saber de onde vinha e quem chamava seu nome. Contava João Ubaldo: “Aí eu parava de gritar e o estádio voltava a ficar quase silencioso. Quando ele retornava ao lugar, passava a gritar Pascásio! Pascásio! Parecia um maluco com as mãos na boca e gritando. Assim foi todo o jogo. Já não sei como consegui ir ao vestiário do Bahia, no final da partida. Como não havia segurança para me impedir, o vestiário ficava livre. Ao chegar, Pascásio, que era amigo de meu pai, me abraçou, perguntou o que eu fazia em Los Angeles e eu respondia sério. Foi aí que ele, abriu seu grande sorriso num corpo pequeno e me disse: 'João Ubaldo, o Bahia é um time conhecido até aqui nos Estados Unidos. Conhecem até a mim! Passaram o jogo todo gritando meu nome, mas não identifiquei de onde os gritos vinham. Sei que era um grito poderoso!'" Ubaldo não disse nada, deixou o estádio morrendo de rir e foi contar a história a seus colegas de universidade. Principalmente aos brasileiros.
 
*Se você tem alguma sugestão, pode mandar para [email protected] ou, se preferir, vá ao Facebook de Zeca de Aphonso e conte.

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