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Curtas do poder

Curtas do Poder

Curtas do Poder - Zeca de Aphonso - 15/07/2014

Por Zeca de Aphonso

Curtas do Poder - Zeca de Aphonso - 15/07/2014
* Tô começando a achar que Dotô Otto tá tirando onda com minha cara. Esses ferries já devem ter chegado e ele entocou para apresentar próximo às eleições, já que nem o selfie dos marinheiros em alto mar ele divulgou.
 
* Por falar em divulgar, não procedem as acusações contra o Soberano, de que ele teria divulgado a carta do Galego referente ao transporte (clique aqui e veja). Este furo foi competência minha e de Evilásio Júnior. Soube através do datilógrafo que bateu a carta. Daí eu liguei para um office boy da prefeitura, que é sobrinho de minha comadre, e mandei dar uma espiada lá. E não é que o papel estava na mesa do Soberano... O resto ficou a cargo do Marcelo Tas da periferia (Evilásio Júnior).
 
* Aliás, estou voltando à minha forma de quando era foca do Jornal da Bahia ao lado do nosso baluarte do jornalismo baiano, o meu amigo Samuca. Estou agora a investigar o EXPRESSO que leva dinheiro e remédios para um grande fazendeiro que tem cargo público e é ligado à saúde. Já é conhecido como o expresso da meia-noite. 
 
* Veja a nova modalidade de política: os pais apoiam os governos federal e estadual e os filhos, na oposição, ficam com cargos na prefeitura. É o caso de Paulo Magalhães, que apoia Wagner e Dilma, e o seu filho, Paulinho, que voltou aos amores com o primo. Primo esse que acaba de nomear Boca Magalhães assessor especial do gabinete do prefeito.
 
* Outro caso é o de Reinaldo Braga, que apoia o língua plesa (Rui Costa), e seu filho é coordenador das prefeituras regionais, coladinho com o Soberano.

* E o pior é o que vocês vão ver agora (clique aqui e veja). Muros pintados em dobradinha com Geddel e Paulo Souto. Com certeza, deve ser engano, pois Reinaldo Braga, pelo menos na Assembleia, se diz governista. 
 
* Com isso, chego a uma conclusão: como os governos federal e estadual têm mais recursos, preocupados com os filhos, os pais não arriscam.
 
* Especial almoço com Paulo Souto:
 
- O almoço promovido pelo vereador Léo Prates para levar o apoio dos vereadores de Salvador ao candidato Paulo Souto me fez lembrar o bloco carnavalesco “Simpatia Quase Amor”. Com um único detalhe: no sentido inverso. Paulo Souto entrou na churrascaria, fez um rápido aceno aos vereadores presentes, e se sentou ao lado do presidente da Câmara Paulo Câmara, causando enorme mal estar.
 
- Depois que sentou, o presidente da Câmara pediu a ele que se levantasse e cumprimentasse individualmente os vereadores. Atendida a solicitação, o simpático candidato PS deixou o vereador Claudio Tinoco com a mão no ar. Quando passou pelo vereador, ele estendeu a mão para cumprimentar o candidato, que se negou a cumprimentá-lo, alegando que já tinha falado com este pela manhã. Claudio, constrangido e humilhado, recolheu a mão e perdeu o apetite.
 
- Causou incômodo aos vereadores a pressa que PS estava no almoço pela quantidade de vezes que ele olhava o relógio. Até o próprio PS notou o constrangimento dos presentes, e explicou que a pressa era em função de uma reunião com o prefeito Neto. Não se tem notícia que Neto teve esse encontro com ele.
 
- O clima era de tanto constrangimento que, na hora das fotos, vários vereadores fizeram corpo mole. Tia Eron foi a mais sincera. Ela disse em alto e bom som que não iria posar para foto, chegando a assustar PS, e ele, com um sorriso amarelo, ainda brincou com ela.
 
- Falando do almoço, no final, todos saíram de fininho, e a conta ficou com Léo Prates, que se coçou, se coçou, olhou para todos os lados, e não encontrando mais ninguém sacou o cartão e pagou. Será que ele vai declarar na prestação do candidato como doação, vai pedir reembolso ao “chefe”, ou vai amargar o prejuízo?
 
- O locutor-vereador Leandro Guerrilha (PSL) é um verdadeiro camaleão. O partido dele apoia Lídice da Mata (PSB) ao governo da Bahia. Ele apoia o ex-secretário de Comunicação do governo Wagner, Robinson Almeida (PT), para deputado federal, pelo menos assim Robinson pensa. Para estadual, fala-se em Bruno Reis, do PMDB, e estava bastante sorridente no almoço de apoio a Paulo Souto, do DEM. Nesta linha ele deve apoiar o candidato a senador do PSOL ou o do PRTB.

* O língua plesa também não fica muito atrás. Quando passa pelo shopping não fala com ninguém.
 
* Pense num cabra que sabe dançar arrocha... Esse é o nosso deputado federal Lúcio Vieira Lima, o gordinho arrocheiro (clique aqui e veja).
 
* Eu sabia que não ia dar certo. O gabinete de Negromonte no TCM, segundo seus pares, virou comitê eleitoral.
 
* Depois da Operação Copa, é a vez da Operação Chute no Traseiro

* O comentário em Brasilia é que uma revista nacional vem com chumbro grosso em cima de Jonguinha, João Carlos Bacelar, deputado federal pelo PR. Como da outra vez, o escândalo se refere a empreiteiras. 
 
O CABEÇA BRANCA E EU
 
AS NOMEAÇÕES ILEGAIS
 
Na época, não era necessário concurso para se tornar funcionário público. Dependia apenas da vontade e da caneta do governador do Estado, que realizava as nomeações. Nunca perguntei ao Cabeça Branca sobre o episódio que relato abaixo, até porque não me interessava e, quando eu tomei conhecimento do fato, ele estava aborrecido comigo e eu com ele. Deu-se no final do seu primeiro governo e ele havia perdido a sua sucessão por decisão do Alto Comando Militar, isto no final do governo Garrastazu Médici. ACM apresentara aos militares uma lista tríplice com os nomes de Luis Sande, já falecido, José Mascarenhas (ambos secretários do governo) e o terceiro nome, salvo engano (a memória já fraqueja), o do então prefeito de Salvador Clériston Andrade. Os seus adversário políticos, que ele cultivara no seu primeiro mandato, se reuniram e conseguiram acesso ao Alto Comando Militar que, para não haver desavenças na Bahia, chamou o Cabeça à Brasília, entregou-lhe a lista que fizera e pediu que incluísse o nome do Reitor. Tratava-se de Roberto Santos, com quem o Cabeça tinha “diferenças”. Já sabia, então, que o escolhido seria Roberto. Fez o que mandaram. Roberto foi indicado para governar o Estado. O Cabeça, no entanto, deu o troco. Antes de deixar o governo, fez uma série de nomeações, aos milhares, quando a legislação proibia nomeações no período que antecedia à posse do novo governador. Muito depois eu perguntei a ele por que fizera as nomeações ilegais. O Cabeça olhou para mim e disparou: “Que eram ilegais eu sabia. Mas o problema não era meu, e sim do sucessor. O Dr. Roberto que demitisse os ilegais porque já começaria o seu governo recolhendo impopularidade”. Roberto Santos não demitiu ninguém. E desconheceu o Cabeça, sem jamais falar sobre ele, em todo o seu governo.

*Se você tem alguma sugestão, pode mandar para [email protected] ou, se preferir, vá ao Facebook de Zeca de Aphonso e conte.

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