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Com 19 espetáculos, décima edição do Fiac provoca público: 'Quem vai contar sua história?'

Por Ailma Teixeira

Com 19 espetáculos, décima edição do Fiac provoca público: 'Quem vai contar sua história?'
Espetáculo "Para que o céu não caia" | Foto: Reprodução / Fiac Bahia

Composto por 19 espetáculos, sendo 10 locais, cinco nacionais e quatro internacionais, o Festival Internacional de Artes Cênicas da Bahia (Fiac) dá início à sua décima edição nesta terça-feira (24). A programação ocupa mais de 10 espaços culturais com peças de teatro, dança, intervenções artísticas, debates, oficinas e seminário até domingo (29). Assim, esta edição pretende instigar no público a pergunta: “Quem vai contar sua história?”.  “A ideia [a escolha do tema] foi a partir dos 10 anos, que é uma data muito significativa, muito emblemática e que faz a gente pensar no tempo, em como lidar com a história, com a ideia de arquivo, de rastro... Nos fez pensar como é que a gente vai contar a história do nosso futuro, dos próximos 10 anos, dos próximos 15 anos, entendendo que as narrativas, esse lugar de legado, de apontar pra o futuro uma construção histórica são também uma escolha”, explica Felipe de Assis, coordenador geral do Fiac.

 

Na organização do evento desde a primeira edição, em 2008, Assis trabalha junto com uma equipe de artistas, produtores e gestores culturais em processo contínuo para definir o mote de cada edição. Ele conta que só depois de muita pesquisa, conversa e defesa de pontos de vista é que chegaram ao quadro de apresentações deste ano. A multiplicidade de performances vai desde o espetáculo de dança "Para que o céu não caia", que reflete sobre as formas de agir diante do mito do fim do mundo, à produção espanhola "Extraños mares arden", que aborda o nascimento de uma nova maneira de fazer as coisas e ver o mundo. “A gente, desde o ano passado, vem trabalhando com o grupo gestor curador, ou seja, um grupo de pessoas que está envolvido durante o ano todo pra pensar questões, o desenho conceitual do festival, mas também questões práticas porque elas estão conectadas”, pontua o coordenador.

 

Espetáculo "Extraños mares arden" | Foto: Reprodução / Fiac Bahia

 

Com expectativa de levar cerca de 10 mil pessoas ao Fiac nestes seis dias de evento, Assis destaca a criação de “espaços de diálogo”, promovida por esses e outros festivais artísticos. Além disso, o evento acontece em um momento social onde se discute a censura na arte, inflamada após o caso em que uma criança tocou nos pés de um homem nu durante uma performance em um museu de São Paulo (saiba mais aqui). “Festivais, de um modo geral, e a arte, sobretudo, são um espaço de discussão, de disputa, de diversidade, da diferença. A ideia é de viver com o outro, convivências e não uma substituição do outro, o que só se faz com essa pluralidade”, defende.

 

Como as atividades são variadas, as inscrições também devem ser feitas separadamente para cada ato. Algumas entradas são gratuitas, mediante lotação do espaço. Já outras custam entre R$ 10 e R$ 30. Confira a programação completa, com links para inscrição e compra de ingressos no site do Fiac (clique aqui).