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Marca Bahia Notícias

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Com 50 anos de carreira, 'cantriz' Zezé Motta faz show em tributo à 'Divina' Elizeth Cardoso

Por Jamile Amine

Com 50 anos de carreira, 'cantriz' Zezé Motta faz show em tributo à 'Divina' Elizeth Cardoso
Foto: Tarcisio de Paula / Sesc Minas

Em busca de um repertório especial, a atriz e cantora carioca Zezé Motta fez um mergulho profundo na vida e obra da intérprete Elizeth Cardoso para montar “Divina Saudade”, espetáculo com o qual circula pelo país - e até exterior - há mais de 15 anos, e que fica em cartaz neste fim de semana em Salvador. O show será apresentado nesta sexta-feira (14) e no sábado (15), no Café-Teatro Rubi, no Sheraton da Bahia Hotel, com um set-list de sucessos musicais imortalizados na voz da homenageada. “Eu estava procurando um repertório sofisticado e me lembrei que eu tinha lido a biografia da Elizeth, e de repente eu falei: meu Deus, por que não? (risos). Elizeth realmente é muito especial na história da MPB, não é à toa que ela recebeu esse título do Haroldo Costa, de Divina. Então, eu tinha acabado de fazer um trabalho e me deparei com o livro que eu tinha lido dela e falei: por que não?”, lembrou a artista, que à época encerrava uma novela. “Toda vez que a gente está pra terminar um trabalho, fica pensando ‘e agora como é que vai ser?’ Estava terminando a novela, que eu não me lembro nome, e falei: o que é que vou fazer depois desse trabalho? Ia terminar meu contrato da Globo e fiquei sabendo que eles não iam renovar”, conta Zezé, que, aos risos, revela ser “salva” muitas vezes pelo lado cantora. “Eu agradeço a Deus todos os dias pelo privilégio de ser ‘cantriz’!”, diz ela, enfatizando: “Eu realmente me considero uma estrela do cinema, uma coadjuvante de televisão (risos)”.

 

Confira a performance de Zezé Motta interpretando a canção "A Noite de Meu Bem" na turnê "Divina Saudade":


Na apresentação de Salvador, a atriz Zezé Motta “empresta sua experiência de 50 anos para a cantora” e promete emocionar o público ao interpretar o repertório de Elizeth, com quem ela percebeu ter profunda identificação ao reler o livro bibliográfico. “Tomei um susto com as coincidências. Ela torcia pelo mesmo time que eu… Flamengoooooo! (gargalhada). Ela tinha o mesmo signo que eu: Câncer! Pra você ter uma ideia, ela usava o mesmo sabonete que eu uso até hoje, há 20 anos. Mas eu não posso falar o nome, senão meu empresário me mata! (risos)”, enumerou a “cantriz”. “E tem outro detalhe, ela era muito namoradeira, eu também! É, eu acabei de completar 73 anos e continuo piscando os olhos pros meninos! (gargalhada)”, confessou. “Eu me casei cinco vezes, não faz parte dos meus planos casar de novo, no momento estou solteiríssima, mas não quero envelhecer sozinha não. Eu ainda tenho a expectativa de viver uma grande história de amor”, contou Zezé, destacando, no entanto, não acreditar mais em príncipe encantado.


Seguindo a regra de “contar o milagre sem revelar o santo”, a carioca disse que uma de suas grandes paixões, mas com quem nunca se casou, foi um baiano. “Quem foi?”, pergunta a repórter, em vão. “Deixa quieto... Todo mundo sabe aí na Bahia! Pode pôr só isso na sua entrevista, que os baianos sabem. Os baianos são um perigo, né não, minha amiga? Não sei como é que vocês dão conta!”, diz ela, em meio a uma gargalhada. “Eles são sedutores. Ele ficou meu amigo… mas nunca se sabe!”, completou, deixando o tema em aberto, mas dando algumas pistas: “Meu romance com esse baiano, as baianas ficavam ‘retadas’, com ciúme, claro. Porque ele é um homem bonito, inteligente, engajado”. 


O encontro com o citado “amigo”, bem como os demais baianos de seu circulo, é incerto, já que Zezé é muito rigorosa nos preparativos de suas apresentações. “Fico muito concentrada, o foco é o show, a energia é o show, não dá muito pra fazer visita, sair pra almoçar. No dia que chego, às vezes os amigos ficam sabendo, chamam para jantar, mas na véspera não dá, eu não posso 'meter o pé na jaca' (risos)”, conta a artista. “Eu acho que o palco é um templo sagrado e o público merece respeito. Tem todo um ritual mesmo, que é de ficar no hotel. Por mais que cante há muito tempo esse repertório, é sempre bom dar uma refrescada na memória, e o ritual já começa embaixo do chuveiro, repassando todo o repertório. Depois ainda tem a passagem de som antes de entrar em cena, toda a preparação para o show”, acrescenta Zezé, que em sua “Divina Saudade” interpreta composições de nomes como Pixinguinha, Cartola, Baden Powell, Tom Jobim e Vinícius de Moraes.

 

SERVIÇO
O QUÊ:
Zezé Motta – Divina Saudade
QUANDO: Sexta-feira e sábado, 14 e 15, às 20h30
ONDE: Café-Teatro-Rubi, do Sheraton da Bahia - Salvador
VALOR: Sexta – R$ 80 e sábado – R$ 100