<p>&ldquo;Que tipo de confian&ccedil;a devemos ter em dois cavalheiros que n&atilde;o conseguem discutir ra&ccedil;a na pr&oacute;pria s&eacute;rie e tiveram sete temporadas para introduzir importantes personagens negros?&rdquo;, declarou &nbsp;April Reign, a mulher por tr&aacute;s do protesto &ldquo;#OscarsSoWhite&rdquo; em 2015, sobre &ldquo;Confederate&rdquo;, nova s&eacute;rie dos criadores de Game Of Thrones que retratar&aacute; a escravid&atilde;o nos Estados Unidos. &ldquo;Confederate&rdquo; ser&aacute; ambientada em uma realidade alternativa em que o sul dos Estados Unidos foi o vencedor da Guerra de Secess&atilde;o e a escravid&atilde;o foi legalizada em metade do pa&iacute;s. A s&eacute;rie especificamente gira em torno da s&eacute;rie de eventos que desencadeia a &ldquo;Terceira Guerra Civil Americana&rdquo; e inclui representa&ccedil;&otilde;es de escravid&atilde;o moderna. Em resposta ao an&uacute;ncio da s&eacute;rie, April Reign encorajou as pessoas a protestarem contra a trama pelas redes sociais&nbsp;utilizando a hashtag &ldquo;#NoConfederate&rdquo;. No domigo (30) a hashtag ficou entre os assuntos mais comentados no Twitter. A declara&ccedil;&atilde;o de April ao jornal The Hollywood Reporter tamb&eacute;m foi corroborado pela autora Roxane Gay em um artigo de opini&atilde;o para o New York Times em que ela classifica&nbsp;a nova s&eacute;rie como uma &ldquo;fanfiction de escravid&atilde;o&rdquo;. &ldquo;Minha exaust&atilde;o com a ideia de Confederate &eacute; multiplicada pela percep&ccedil;&atilde;o de que esta s&eacute;rie &eacute; fruto de dois homens brancos que s&atilde;o encarregados de um programa que tem poucas pessoas negras e em que viol&ecirc;ncia sexual costuma ocorrer de forma gratuita e tratada como algo comum&rdquo;, escreveu a autora Roxane Gay. &ldquo;Eu estreme&ccedil;o ao imaginar o corpo negro escravizado pelas suas m&atilde;os criativas&rdquo;, completou. Em resposta a campanha, o canal HBO divulgou um comunicado&nbsp;em defesa da nova s&eacute;rie. &ldquo;N&oacute;s temos muito respeito pelo di&aacute;logo e preocupa&ccedil;&atilde;o sendo expressada acerca de Confederate. Temos f&eacute; de que [os roteiristas] Nichelle, Dan, David e Malcolm abordar&atilde;o o tema com cuidado e sensibilidade. O projeto est&aacute; atualmente em seu in&iacute;cio, ent&atilde;o esperamos que as pessoas reservem seus julgamentos at&eacute; haver algo a ser visto.&rdquo;, declarou o canal. O produtor de Confederate, Malcolm Spellman, que &eacute; negro, disse que a s&eacute;rie trar&aacute; importantes reflex&otilde;es sobre a quest&atilde;o racial nos Estados Unidos. &ldquo;&Eacute; algo muito pessoal, porque somos os filhos de nossa hist&oacute;ria&rdquo;, revelou&nbsp;ao site Vulture.</p>


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