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Marca Bahia Notícias

Notícia

Filme baiano ‘Órun Àiyé’ emite nota de repúdio após sofrer preconceito religioso

Por Jamile Amine

Filme baiano ‘Órun Àiyé’ emite nota de repúdio após sofrer preconceito religioso
Foto: Reprodução / Facebook
A produção da animação baiana “Órun Àiyé” emitiu uma nota de repúdio por sofrer preconceito, após a publicação de uma nota no Bahia Notícias (clique aqui), sobre a participação do cantor Carlinhos Brown como dublador do personagem Oxalá no filme. Seguidores de outras crenças não pouparam comentários depreciando o Candomblé. “Meu Deus tem dê muita misericórdia dessa vida que ja foi vendido au satanaais! um dia ele vai tê muito arrependimento de tê juntando muito tizoro aqui ta terra e nada nu seu Jesus ele liberta!” (sic), escreveu um internauta.
 
Em resposta aos ataques, a produção se manifestou. “É com imenso pesar que informamos que o filme Òrun Àiyé se tornou mais uma vítima da intolerância religiosa. Estamos sendo alvos de comentários preconceituoso em um post (clique aqui) sobre a dublagem feita por Carlinhos Brown na página do Bahia Notícias. Algumas pessoas têm se achado no direito de deslegitimar a criação do mundo através dos Orixás. Por isso, ressaltamos o Artigo 18 da Declaração Universal de Direitos Humanos que fala sobre liberdade religiosa e avisamos que denunciaremos todas as pessoas que violarem os nossos direitos”, diz a nota, falando ainda da perseguição histórica às religiões de matrizes africanas, que não será mais tolerada. 
 
“Escolhemos a ludicidade da animação para tratar do racismo e intolerância religiosa, porque acreditamos que um projeto como Òrun Àiyé, pode influenciar na mudança de atitude com relação a discriminação religiosa ao alcançar diferentes espaços e ambientes do universo infantil. É triste ver crianças candomblecistas - que para evitar o racismo na escola - nega suas suas tradições, identidade e costumes”, explica a nota, acrescentando que independente do preconceito “haverá filme mostrando a trajetória da criação do mundo contada pelos Orixás”.