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'Eu não fui cota', diz presidente da ABL ao afirmar que instituição não debaterá racismo

'Eu não fui cota', diz presidente da ABL ao afirmar que instituição não debaterá racismo
Foto: Reprodução/ Correio Lageano
Segundo negro na presidência da Academia Brasileira de Letras (ABL), o professor e escritor Domício Proença Filho afirma que a instituição não debaterá racismo. Ao longo de sua carreira, o professor abordou fortemente a questão do negro no Brasil, mas, durante seu mandato, não pretende fazer do assunto uma bandeira. "A Academia não discutirá isso. A questão racial nunca foi sequer aventada aqui, seja contra ou a favor. Eu não fui cota. A Academia não me elegeu por eu ser um negro escritor. Me elegeu porque eu sou um escritor, um professor", defendeu Proença em entrevista à Folha. Ainda assim, o novo presidente acredita na necessidade do sistema de cotas como um modelo transitório e não permanente. "Sou pela democracia", acrescentou. A cerimônia de posse acontece nesta quinta-feira (17), às 17h, no Salão Nobre do Petit Trianon, no Rio de Janeiro.
 
O que Proença pretende deixar como legado na ABL é a preservação do patrimônio, que ele considera ser a diretoria da crise econômica no país. "Preservar o patrimônio da casa, ampliar a atuação do setor de lexicografia e ter uma ação social mais efetiva", destacou o presidente da casa como objetivo. Proença explicou que a instituição tem sobrevivido com o aluguel do prédio - que apresentou queda razoável - que fica localizado ao lado ABL. "Esperamos que a crise não seja grave o bastante para nos levar a tomar medidas como cortar esse ou aquele programa. Mas é possível que tenhamos que fazer mudanças", ressaltou. Para solucionar as questões de segurança que surgiram no ano passado, como a Unidade de Polícia Pacificadora que começou a ser atacada, Proença pensa em fazer acordo com as empresas de ônibus para levar as pessoas até à instituição. "Isso se o dinheiro der...", salientou.