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Marca Bahia Notícias

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Tetê Espíndola conta com ‘afinada plateia de baianos’ em show com Gereba em Salvador

Por Jamile Amine

Tetê Espíndola conta com ‘afinada plateia de baianos’ em show com Gereba em Salvador
Foto: Divulgação
Amigos de longas datas, a cantora mato-grossense Tetê Espíndola e o violonista e arranjador baiano Gereba Barreto, sobem ao palco juntos em Salvador, com o show “Cantando com a Plateia”. A apresentação acontece nesta sexta-feira (2) e sábado (3), às 20h30, no Café-Teatro Rubi. “Sempre participo dos projetos dele aqui em Sampa, em Feira de Santana, e agora rolou essa oportunidade e vai ser muito gostoso”, disse a cantora sobre o encontro, que considera bem sintonizado, já que, para ela, ambos lidam com o público “de um jeito interativo”. “A ideia ‘Cantando com a plateia’ é dele. Por coincidência, tenho uma oficina para crianças chamada ‘Cantando com os pássaros’, vamos unir as duas experiências e dividimos também o repertório. Ele faz uma parte, eu outra, e fazemos alguma coisa juntos, tudo isso com a afinada plateia dos baianos”, explica Tetê, contando ainda da relação afetiva intensa com o estado, que rendeu até inspiração para a sua arte. 
 

A parceria com Gereba Barreto rendeu o show apresentado neste fim de semana em Salvador | Foto: Divulgação
 
“A minha ligação com a Bahia ficou mais intensa de uns anos pra cá, quando fui fazer um show na Chapada Diamantina, em 2011. Fiquei tão encantada com a energia daquele lugar, que acabei fazendo uma música, a “Acácias”, em parceria com Marta Catunda. Essa música foi gravada no meu álbum duplo lançado no ano passado, com a participação de Egberto Gismonti, que me presenteou com um arranjo de piano muito especial. Mais tarde, Carlos Pita me mandou uma letra que fez pra mim e eu musiquei: ‘Portal dos Bambuzais’. Sempre que chego a Salvador sinto uma emoção especial ao passar por esse portal, saindo do aeroporto”, conta a intérprete de “Escrito nas Estrelas”, hit que lhe rendeu a vitória no Festival dos Festivais, da Rede Globo, em 1985, e que marcou sua carreira de tal modo, que hoje é impossível não a tocar em todas as apresentações.
 

"Escrito nas Estrelas" é o maior sucesso da cantora, que lhe rendeu o prêmio do Festival dos Festivais, em 1985
 
Mesmo com 35 anos de carreira, 16 discos e 30 anos após o lançamento da canção, a artista ainda se emociona. “É linda a reação das pessoas, sinto que essa música já faz parte de uma memória coletiva”, diz Tetê Espíndola sobre “Escrito nas Estrelas”, que estará também no repertório do show em Salvador, neste fim de semana. “Nunca deixo de tocá-la em qualquer tipo de show, desde um Teatro Municipal, até à beira de um rio com os ribeirinhos de pé no chão”, revela a artista, que começou precocemente o contato com a música, aos 8 anos, quando “já sabia o que era cantar”. Aos 14, Tetê venceu seu primeiro festival, como intérprete da música “Sorriso”, de seu irmão, Geraldo Espíndola. “Mas a luta começou mesmo em 1974, formando o grupo com meus irmãos, o “LuzAzul”, que com a chegada em Sampa virou “Tetê e o Lírio Selvagem”, lembra a cantora, que pouco tempo depois seguiu carreira solo, mas sempre manteve projetos com a família.
 

Além de cantora, Tetê fez participações no cinema, como a animação “Mônica e a Sereia do Rio”, de Maurício de Sousa
 
“Estamos sempre juntos, participando de alguma forma da vida do outro ou com parcerias em música, ou fazendo duplas, trios, ou produzindo algum projeto, como “Espindola Canta”, “Água dos Matos”. É sempre uma energia quando nos encontramos, e quando todos estão, nem se fala”, diz Tetê Espíndola, que além de cantora, também viveu experiências no cinema, como a dublagem no filme “Mônica e a Sereia do Rio” (Maurício de Sousa), dirigido por Walter Hugo Khouri no final dos anos 1980. “O desafio foi falar com um desenho animado que ainda não estava em cena. A música ‘Coração doidinho’ (Arnaldo Black), que canto como sereia e fadinha é um sucesso nos meus shows até hoje, uma experiência inesquecível!”, diz a artista, que participou ainda do curta-metragem “Caramujo-Flor”, de Joel Pizzini, em 1987. “Foi especial pois estava grávida de 7 meses do meu primeiro filho, Dani Black. Musiquei dois poemas de Manuel de Barros especialmente pro filme, contracenei com uma arara, é bem emocionante o clima, pois ela pode te bicar a qualquer momento (risos). Mas o melhor de tudo foi a magia da nudez grávida de Joel, que tive a oportunidade única de ter nesse filme histórico".