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Marca Bahia Notícias

Notícia

'O sistema da música de Salvador é totalmente confuso', diz baixista do Camisa de Vênus

Por Jamile Amine

'O sistema da música de Salvador é totalmente confuso', diz baixista do Camisa de Vênus
Show 'Camisa de Vênus 35 anos' ocorre neste sábado em SSA.
O Camisa de Vênus, que nasceu em Salvador em 1980, está de volta à capital baiana com uma turnê nacional para celebrar os 35 anos do grupo. O show, que acontece neste sábado (1º), a partir das 22h, no Barra Hall, reúne dois integrantes da formação original: Marcelo Nova (vocalista) e Robério Santana (baixista), que foram incentivados pelo atual empresário da banda, Airton Valadão, irmão de Nasi (vocalista do Ira!). “Ele tem uma das melhores agências de show do país. Ele ligou para o Marcelo em janeiro com essa ideia, falando que o grupo está fazendo 35 anos e perguntando se não queríamos fazer uma celebração. Os dois discutiram o assunto e em seguida Marcelo me ligou e eu concordei no ato. Há 28 anos que não fazíamos uma turnê nacional”, conta Robério. 
 

A turnê comemorativa estreou em maio no Rio de Janeiro | Foto: Felipe Diniz
 
Para completar o time, na temporada que estreou no Rio de Janeiro e já passou São Paulo, Fortaleza, Natal, Recife, Porto Alegre, Novo Hamburgo (RS), Belo Horizonte, Curitiba e Santo André (SP), Marcelo Nova escalou os músicos que já o acompanham em sua carreira solo: seu filho, Drake Nova (guitarrista), Leandro Dalle (guitarra) e Célio Glouster (bateria). “Marcelo já estava viajando com essa banda. Os shows dele têm elementos do Camisa, então a banda já estava afiada. Quando entrei no estúdio já para ensaiar o setlist, no primeiro dia já foi fácil, não teve nenhuma complicação. A sonoridade ficou excelente. A gente tem uma banda muito pesada no palco, a coisa está coesa, está bem consistente no palco”, avalia Robério, destacando ainda a dificuldade para definir o repertório, que não pode deixar de fora sucessos como “Eu Não Matei Joana D’Arc”, “Só o Fim”, “Bete Morreu”, “Hoje”, “Simca Chambord”, “Deus Me Dê Grana” e “Silvia”. “É muita coisa, temos muitos hits, sete álbuns. É muito difícil escolher. Se fosse escolher tudo seriam sete horas no palco. Eventualmente a gente joga uma coisa ou outra diferente, mas tem que pegar o repertório básico de toda história”, explica.

Um dos maiores sucessos do grupo, “Eu Não Matei Joana D’Arc” estará no repertório do show:
 

 
No palco, embora mais experientes, os músicos prometem manter a mesma atitude contestadora de sempre, ancorados nas letras de Nova, que Robério considera atemporais. “Eu pensava que ia ter um monte de velhos na plateia, fãs da faixa etária da gente. E o que me surpreendeu no primeiro show no Rio de Janeiro foi a plateia ensandecida com o que estava vendo, muita gente jovem, os filhos dos velhos fãs do Camisa de Vênus. Estava filho, pai e neto, todo mundo ali misturado. Então a gente está com uma leva de gente nova, inclusive um publico novo, na faixa etária dos 20, como tem gente com 50. Esta bem misturado. Diria até meio a meio”, conta o baixista sobre a receptividade da turnê, que finalmente chega a Salvador. “Nós começamos nossa historia aqui, voltar é uma coisa grandiosa, porque o mercado interno daqui, o sistema da música, é totalmente confuso, no meu ponto de vista. A coisa ficou meio presa a determinado segmento e aqui tem uma história de rock muito fechada. Nunca teve uma abertura legal. O Camisa de Vênus, junto com Pitty, foram as duas que saíram de Salvador para fazer sucesso nacional”, critica o músico, que, por morar fora, diz não mais acompanhar o que se produz na capital baiana e que não vê nada de novo surgir. 
 
Formação original da banda tinha Marcelo Nova, Robério Santana, Karl Hummel, Gustavo Mullem e Aldo Machado | Foto: Reprodução
 
Segundo Robério, a última vez que o Camisa de Vênus tocou na cidade foi em 1995, em uma apresentação na Concha Acústica. Naquela época, a tentativa de reunir o grupo original ficou pela metade, enquanto Marcelo Nova, Robério Santana e Karl Hummel subiam ao palco, Gustavo Mullem e Aldo Machado ficaram de fora. Esta formação durou apenas um ano, mas não foi a primeira e nem a última vez que o Camisa se juntava e também se separava. Entre idas e vindas, Mullen e Hummel vinham se apresentando, desde 2009, acompanhados por Eduardo Scott nos vocais, sob o nome Camisa de Vênus. As apresentações cessaram este ano, após problemas na justiça, quando Marcelo Nova reivindicou o nome no grupo e em seguida anunciou a turnê que chega agora à capital baiana. Sobre este tema, Robério Santana prefere não falar muito e desconversa sobre sua relação com os ex-parceiros musicais. “Esse assunto já foi batido. O passado eu não sei, eu estou preocupado com o que estou fazendo agora, estou focado. Tenho contato com quem eu trabalho agora e agora a gente toca e se diverte”, diz o baixista, revelando, no entanto, que sua relação com Marcelo Nova sempre foi boa. “Sempre fomos amigos, a gente sempre se falou, se encontrou, mesmo depois que o grupo terminou. Eu fui para Nova York, voltei, e a gente sempre estava se falando. A gente almoça junto, janta junto, fala besteira. Ele com o trabalho dele nesse período e eu com o meu”, lembra.


Serviço:
 
Show – Camisa de Vênus 35 anos
Show de abertura: Massa Sonora
Data: 01 de agosto (sábado)
Local: Barra HallAbertura dos portões:21h
Horário previsto para início do show: 22h
Valor: 1º lote PISTA - R$50,00 (meia)  / CAMAROTE R$80,00
Informações: 3332-0614
Vendas: Todos os Balcões de ingressos e no site da Alô Ingressos
Classificação: 16 anos