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Banda Os Nelsons lança seu novo EP 'Gravidade' no Bahia Notícias; leia entrevista com o grupo

Por Lucas Cunha

Banda Os Nelsons lança seu novo EP 'Gravidade' no Bahia Notícias; leia entrevista com o grupo
Foto: Diego Macena | Divulgação
Formada em 2010 na cidade de Paulo Afonso, a banda Os Nelsons, agora radicada em Salvador, lança nesta sexta-feira (12) aqui no Bahia Notícias o seu mais novo EP, "Gravidade". O grupo formado por Raoni (cantor e compositor), Rafa Dias (programador e produtor musical), Barata Bass (baixo) e Ericson (guitarra) mistura em seu som ritmos tradicionais brasileiros como pagode e axé com batidas de outras periferias mundiais como Dancehall, Kuduro, além da Pisadinha, gênero que segundo os integrantes "ficou popular com a banda Bonde do Maluco e que nós percebemos a semelhança com o Zouk Bass ou até mesmo com os próprios ritmos jamaicanos". O grupo se apresenta neste sábado, onde vão fazer o show de abertura do Baile Black Semba, do cantor Magary, no Portela Café (Rio Vermelho), às 22h. Leia a entrevista feita com os integrantes de Os Nelsons sobre o novo EP e a apresentação deste sábado.
 
BN: O disco anterior de vocês ("Digital", 2013) fazia muitas referências a Paulo Afonso, cidade que o grupo foi formado. Quais as principais diferenças, na banda e no som, da mudança dos integrantes para Salvador? 
Raoni: Como a gente sempre falou da nossa vivência, a diferença está no ambiente. Se antes a gente via as produções de fora, agora estamos vendo de dentro. A desproporcionalidade entre variedades étnicas, políticas públicas, sociais e culturais é visível quando se sai do interior e chega numa metrópole. Em relação ao som, a introdução nesse meio aparece mais forte nas letras.
 
BN: O último disco de vocês é recente, de 2013. Agora, lançam um EP. Por que optaram por um formato mais curto? São músicas que indicam algum novo caminho do grupo? Elas podem estar em um futuro disco cheio?
Rafa: O disco exige uma pesquisa mais complexa. O EP é uma forma mais rápida de explorar e experimentar um gênero, é um estudo reduzido. Ele indica um novo caminho no sentido de estarmos mais maduros. O processo todo de arranjo, de letra e nossa convivência fez com que nós sincronizássemos nossas ideias. Cada disco da gente tem uma história, então, essas músicas não estarão no próximo disco.
 
BN: O "Digital" tinha uma influência mais clara de sons 'populares' baianos, como o Pagode e até mesmo o axé (na participação de Luiz Caldas). Deixaram de lado isso em busca de um som mais, digamos, em influências e batidas de outras periferias? 
Rafa: A gente nunca deixou de lado essas referências. Apenas utilizamos de outras formas, que às vezes podem não estar "visíveis a olho nu". Como explicado na resposta anterior, esse EP é um estudo reduzido, que nesse caso foi a Pisadinha, uma influência que a gente tirou da banda Bonde do Maluco, mas não por conta disso deixamos de utilizar a nossa forma de expressar esses outros ritmos.
 
BN: Por que a escolha do título "Gravidade"? A faixa-título tem uma pequena citação "anti-ostentação". Vocês tem alguma restrição ao estilo e ao som destes grupos, que vem fazendo sucesso no País dentro do funk e do pagode? 
Raoni: Gravidade é uma palavra que tem vários sentidos e todos eles representam de alguma forma a ideia do EP como um todo. Usamos este artifício também no título do disco Digital. Em relação ao assunto “anti-ostentação”, na verdade a gente não está levantando bandeira contra nem a favor de nada, mas não temos restrição nenhuma. A letra, inclusive, diz “nada contra ostentar”. Queríamos nós estar num Iate nesse momento (risos).
  
BN: Quais são os próximos shows do grupo? Algo marcado fora da Bahia? E o show de sábado, já contará com músicas novas? 
Barata Bass: Este show de sábado será como um aperitivo do novo EP. Estamos planejando o show de lançamento dele, mas ainda está em desenvolvimento. Por enquanto, nada marcado fora da Bahia.
 
BN: Com quais grupos locais vocês percebem que 'Os Nelsons' dialogam na proposta musical seja no cenário baiano, brasileiro e internacional?
Rafa: A gente faz música com referências múltiplas, sendo assim gostaríamos de dividir palco com projetos que vão de (Igor) Kannário a Buraka Som Sistema.

Ouça o EP Gravidade, da banda Os Nelsons: