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Projeto de Dança chega a 16ª edição e promove apresentações gratuitas em cinco cidades da Bahia

Por Luis Fernando Lisboa

Projeto de Dança chega a 16ª edição e promove apresentações gratuitas em cinco cidades da Bahia
Cena Paradox Foto: Gabriel Guerra / Divulgação
A dança celebrada em seus múltiplos formatos e em diversos cantos da cidade. É essa a proposta do projeto Quarta Que Dança que começa as suas atividades na próxima quarta-feira, dia 3 de setembro, em Salvador. Outras quatro cidades da Bahia (Juazeiro, Lauro de Freitas, Mucugê e Porto Seguro) também receberão espetáculos de dança todas as quartas-feiras até o dia 29 de outubro: serão 34 sessões gratuitas. Segundo Matias Santiago, coordenador de dança da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), a cada edição o projeto busca apresentar novidades dessa linguagem artística. “Queremos apresentar um panorama da dança e os seus novos modos de organização. Ela tem essa capacidade de transitar entre muitos formatos”. Foram selecionados 17 trabalhos em um universo de 74 propostas inscritas no edital público - totalizando um investimento de R$ 105 mil do Governo do Estado. As obras escolhidas por um júri especializado se encaixam em três categorias: espetáculo, intervenção urbana e dança de rua - uma a menos do que a última edição do evento que contemplava também processos criativos em andamento. Para Matias, é importante marcar a necessidade do elo entre elas. “A programação traz um leque diverso para o cidadão comum que não tem muito contato com a dança”.
 

Espetáculo Alfaunosfinitos faz apresentação no Espaço Xisto
Foto: Divulgação

 
Cena Paradox é a intervenção urbana que marca a abertura do evento no dia 3 de setembro (quarta-feira), às 16h, na balaustrada do Palácio Rio Branco. Trata-se de uma coreografia encenada no ar que tem como pano de fundo a Baía de Todos Santos. Maju Passos, bailarina e produtora, performa ao lado do dançarino Marcelo Galvão e afirma que a intenção da coreografia é dialogar com um local diferente dos habituais espaços artísticos. “Nosso desejo é atingir espectadores que não vão ao teatro e não possuem tanta proximidade com a dança”, explica. O conceito da cena propõe uma conexão entre questões como religão, natureza, corpo, silêncio, medo e desafio. Maju acrescenta que o público vai assistir, na verdade, uma cena extraída do espetáculo Paradox transformada em intervenção urbana. A direção da obra é assinada pela coreógrafa Leda Muhana, atual diretora da Escola de Dança da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Além dessa cena, mais outros dois trabalhos fazem sessão na quarta-feira (3): a dança de rua Emobóticos, de Marcos Muniz, se apresenta às 18h na Praça do Campo Grande, e traz o clima de filmes de ficção científica com máquinas cheias de ritmo, acessórios luminosos e batidas eletrônicas; além disso, o espetáculo Alfaunosfinitos, do grupo In-Contro, sobe ao palco do Espaço Xisto Bahia, às 20h, e aborda as relações do homem com suas semelhanças e diferenças, partindo do ponto de vista de que somos apenas parte de um sistema pré-organizado, denominado cosmo. 
 
A dança de rua Emobóticos investe em batidas eletrônicas
Foto: Divulgação

 
Em 2013, quando celebrava a 15ª edição, o projeto Quarta Que Dança foi cancelado em plena atividade por conta dos cortes no orçamento do Governo do Estado. A Secretaria de Cultura foi uma das mais atingidas com a decisão. De acordo com Matias Santiago, a questão foi amplamente discutida com a classe artística. “Chegamos a realizar parte dos espetáculos da última edição em abril deste ano para mostrar a continuidade do projeto”. A intenção do Quarta Que Dança, conta Matias, é ficar mais perto do cotidiano da cidade. Chegar em lugares onde o cidadão comum transita e passa a perceber que a dança está presente. Ele avalia: “a nossa aproximação está acontecendo de uma maneira gradativa e bem sucedida”. 

Confira a programação completa aqui