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Carnaval da pipoca e de muita riqueza

Por Cláudio Tinoco

Carnaval da pipoca e de muita riqueza
Foto: Max Haack/ Ag. Haack/ Bahia Notícias

O Carnaval de Salvador deu um banho de pipoca, de riqueza e de vigor em 2018. Os números estão aí para afastar qualquer possibilidade de crise ou declínio da festa: foram 2 milhões de pessoas por dia nas ruas, sendo 1,8 milhão brincando sem cordas graças principalmente aos investimentos que a Prefeitura fez, com o apoio decisivo da iniciativa privada, na contratação de atrações e em novos espaços para a realização da folia. No total, foram mais de 250 atrações gratuitas em palcos e bairros e quase 170 sem cordas contratadas pela Saltur.

Essa decisão acertada da Prefeitura de valorizar o Carnaval pipoca, inclusive fortalecendo o Circuito Osmar (Campo Grande), trouxe um número recorde de turistas e de movimentação econômica para a cidade. Tivemos a maior ocupação hoteleira entre todas as capitais do país, de acordo com  a Federação Baiana de Hospedagem e Alimentação (FeBHA). Essa taxa chegou a 96% de ocupação. 

 

A venda de cervejas cresceu até 20%, beneficiando comerciantes formais e informais, e gerando receita de imposto (ICMS) para o Estado. No setor de alimentação, os bares situados no circuito turístico, que engloba o extenso trecho entre Stella Maris e Pelourinho, tiveram aumento entre 30% a 40% no faturamento. Mais de R$1,7 bilhão foram movimentados em Salvador, que já recebeu mais de 770 mil turistas desde o início do Verão, a maior parte deles no período da folia. Alguns depoimentos após a festa, além da evidente observação, demonstram a satisfação nas vendas da maioria dos blocos e camarotes.

Lançamos projetos inovadores, como o Carnaval Náutico, que será ampliado em 2019. O projeto Pôr do Sol, na Praça Castro Alves, que esse ano aconteceu durante três dias, com shows gratuitos em cima do trio de nomes como Moraes Moreira, Baby do Brasil e Armandinho, mobilizou 150 mil foliões. Reforçamos o apoio aos blocos afro, com cerca de R$ 1 milhão investido em 39 entidades de matriz africana. O Carnaval nos Bairros está cada vez mais fortalecido. E estimulamos o folião do futuro apoiando blocos para a criançada e com a realização de bailinhos infantis tanto nos circuitos quanto nos bairros.

 

A indústria do entretenimento, neste período representada pelos blocos e camarotes, teve, além da alíquota do ISS já diferenciada (3%), o incentivo através de descontos decretados sobre preços públicos e taxas municipais para o licenciamento de suas atividades. De outro modo, a Prefeitura é o maior contratante, por exemplo, de estruturas, sistemas de sonorização, iluminação cênica e pública, pessoal - envolvemos mais de 8.000 colaboradores, inclusive contratados temporariamente e incluídos nos mais de 250 mil postos de trabalho criados no Carnaval.

O pré-Carnaval, que permite a ampliação do tempo de permanência do turista na cidade, reuniu mais de 3 milhões de pessoas e foi outro sucesso. Quem ganha com tudo isso não é só quem quer brincar, mas aquele cidadão que trabalha ou empreende, movimentando toda uma cadeia produtiva. Quem torce contra esses resultados buscando tirar dividendos eleitoreiros de críticas vazias torce contra a cidade. 

A Prefeitura acertou em cheio também com o modelo de captação de recursos para a festa, algo que tem sido criticado por adversários da atual gestão municipal e que defendem a tese de que o dinheiro público deve bancar todo o Carnaval. Somos contra isso. Dos R$55 milhões investidos na festa, R$30 milhões vieram da iniciativa privada, através de quatro empresas das mais de 200 que investem e associam suas marcas aos diversos produtos do Carnaval.

 

Com isso, sobram mais verbas públicas para investimentos nas áreas essenciais, como saúde e educação. Essa é uma lógica que deveria balizar todos os gestores públicos. Por isso, só para citar um exemplo, Salvador já ganhou 230 novas escolas desde 2013, enquanto nenhuma foi inaugurada pelo governo do Estado.

 

* Cláudio Tinoco é secretário de Cultura e Turismo de Salvador e vereador licenciado

 

* Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias