O líder operário

Não acredito em líder que não execute tarefas. Até aquelas mais simples são fundamentais para o processo de liderança. Um líder que não está familiarizado com as reais necessidades e dificuldades da equipe não está apto para a liderança. Sim. Ele não é líder. Ele não cria empatia, os liderados não o veem como parte da equipe, não têm abertura para conversar francamente sobre suas opiniões, frustrações e insatisfações, não conseguem propor melhorias, não têm espaço para falar e praticar as suas ideias. Ele é chefe. Apenas chefe.

 

O que diferencia o líder operário dos liderados? Ele tem a habilidade de enxergar o todo, pensar estrategicamente, fazer conexões diferenciadas, cativar a equipe, influenciar a ponto de ser reconhecido como tal, ainda que a própria empresa não lhe atribua cargo de gestão. Quem o legitima é a equipe. E ele sente verdadeiro prazer em liderar, em estar não à frente, mas ao lado da sua equipe, em se doar pelo grupo. Ele vibra com os avanços, ele oferece todo o seu conhecimento e sabe que aprende diariamente. Ele é grato, reconhece o esforço de cada profissional que se dedica ao trabalho. Ele envolve a todos a ponto de saberem que eles são parte verdadeira daquele projeto. Ele não cobra sem participar. Ele identifica as potencialidades e o perfil de cada um da equipe e oportuniza o crescimento individual. Ele incentiva o aprendizado de novas habilidades. Ele é otimista: sabe que se as coisas não saírem da forma inicialmente planejada, encontrará uma nova estratégia para alcançar o objetivo final. Ele transmite segurança. Ele defende a sua equipe. Ele confia na sua equipe.

 

O líder operário, meu caro, nasceu (e aprendeu) para liderar e ser parceiro dos seus colegas.

 

* Andrea Marnine é relações públicas e especialista em gestão de pessoas

 

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