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PT baiano e a Operação Lava Jato

Por Paulo Azi

PT baiano e a Operação Lava Jato
Foto: Divulgação

As ligações entre a cúpula do PT da Bahia e os escândalos desvendados pela operação Lava Jato, que já provocou até a condenação, em primeira instância, do ex-presidente Lula, ainda prometem render muito “pano para manga”, como diz o jargão popular. Não é à toa que o governador Rui Costa se empenhou pessoalmente para impedir a instalação, pela Assembleia Legislativa, de uma CPI para investigar as relações obscuras entre o pagamento de uma dívida milionária da Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da Bahia (Cerb) à Odebretch. Segundo as delações da Odebretch, esse pagamento, determinado no governo Jaques Wagner, foi à condição para que a empreiteira investisse na campanha eleitoral do atual governador em 2014.

 

Segundo as delações colhidas pela Polícia Federal e Ministério Público Federal, já à disposição do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-governador Jaques Wagner aceitou pagar uma dívida de R$290 milhões que a Cerb tinha com a Odebrecht em troca de R$30 milhões para a campanha de Rui Costa. Não se trata de caixa dois de campanha, mas sim de cobrança de propina, naquela que é uma das principais evidências de que o PT baiano, e seus principais figurões, também receberam dinheiro sujo.

 

Vale lembrar que a relação entre o governador Rui Costa e a Odebretch é investigada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal. Tanto o atual governador quanto o seu antecessor estão na Lava Jato, por isso deveriam estar mais preocupados com a Justiça, e não com as próximas eleições.

Wagner também foi delatado por ter recebido, segundo a acusação, dinheiro para a própria campanha à reeleição em 2010 em troca de benefícios fiscais para favorecer a Odebretch, que costumava dar presentes, como relógios caros. Na época das dessas denúncias, Rui Costa era o braço direito de Wagner no governo, ocupando a posição estratégia de coordenador do governo. Era o segundo no time do PT na gestão estadual.

 

Ao invés de explicar essas denúncias, o governador usa seus “soldados” no Congresso, na Assembleia e na Câmara Municipal de Salvador para agredir a gestão exitosa do prefeito mais bem avaliado do país, ACM Neto, fortíssimo candidato ao governo do estado em 2018. Não há nada que pese contra o prefeito quando o assunto é corrupção, ao contrário do PT, que destruiu a Petrobras com protagonismo de petistas baianos que podem parar atrás das grades a qualquer momento. Caluniar adversários não é solução para se livrar das denúncias de corrupção ou muito menos do juiz Sérgio Moro ou do ministro Edson Fachini, do STF.

 

Todos sabem que o ex-governador Wagner só foi nomeado por Rui Costa para se livrar de uma eventual prisão. Agora, fazem de tudo para sufocar a CPI da Cerb pois temem que esse mar de denúncias e de escândalos se aproximem do eleitorado baiano, que não vai se deixar enganar pela chantagem e pela velha política de impor o medo e de usar a tática de atacar sem qualquer fundamento como forma de se defender.  

 

A política mudou. E quem representa esta mudança está do nosso lado, sem a necessidade de esconder a filiação partidária com o objetivo de angariar votos ou de se utilizar do puro marketing político como forma de construir uma imagem que não corresponde à realidade. No final das contas, com ou sem CPI da Cerb, a verdade dos fatos prevalecerá.  

 

* Paulo Azi é deputado federal pelo DEM-BA

 

 Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias