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Há 50 anos na Bahia

Por Alexandre Brust

Há 50 anos na Bahia
Foto: Acervo pessoal
Os acontecimentos políticos de 1964, que culminaram com o afastamento do Saudoso Presidente João Goulart, o nosso Jango, foram determinantes para nossa decisão de nos transferirmos, em 09.09.1966, há 50 anos, para esta terra abençoada. É natural que se questione as razões da nossa opção pela Bahia. A reação corajosa do Governador Brizola ao veto à posse do vice João Goulart na renúncia de Jânio Quadros, levou formandos de 9 estados da federação a convidar o então Governador, para seu paraninfo, entre os quais a turma de 1961 de Médicos Veterinários da UFBA. Essa oportunidade propiciou nosso relacionamento com a Drª Mary Araújo Barreto, com que contraímos matrimonio um ano depois. Essa união gerou 4 filhos maravilhosos: um gaúcho Hari Fº. O baiúcho Marcelo; gerado no RS e nascido na Bahia e dois baianos Marcos e Felipe.
 
A expectativa do crescimento do Nordeste, através dos incentivos fiscais criados pela SUDENE e os laços familiares, apontaram nossos caminhos para esta terra abençoada por todos os Santos e todos Orixás. Agradeço ao saudoso amigo, companheiro e guru Brizola, por nos ter propiciado conhecer esta terra, a terra da Águia de Haia, do poeta dos escravos, do mestre Anísio Teixeira, de Jorge Amado e essa gente maravilhosa que, em 1966, nos acolheu com carinho e hospitalidade. A colônia gaúcha aqui radicada, nos abriu muitas portas. Com esse apoio partimos para a luta oferecendo nossos préstimos na área de Contabilidade e Direito.
 
Sem demora fomos contratados pela SANBRA Soc. Algodoeira do Nordeste, como Chefe do Controle Orçamentário na fábrica do Lobato, além de exercer advocacia na área civil e comercial. Em nova seleção, em setembro de 1968, recebemos a missão de implantar na COELBA, a Divisão de Orçamentos e Custos, onde galgamos a Chefia da Assessoria de Programação e Controle, a Chefia do Departamento do Interior, Assistente de Diretor, culminando com o honroso cargo de Diretor Econômico Financeiro, no governo do eminente homem público Waldir Pires. Sem nunca deixar de exercer atividade suplementar, adquirimos no ano de 1978, a Fazenda que denominamos Querência, no atual município de Pres. Tancredo Neves, onde mantemos, com a participação imprescindível do filhão Marcelo, nossos negócios agropecuários.
 
Há 38 anos conheci Maria da Anunciação, minha eterna namorada e confidente, minha companheira de todas as horas, que me presenteou dois filhos admiráveis: Marselle e Marcel. Com a anistia, o retorno e a eleição do inesquecível amigo e companheiro Brizola, Governador do RJ, fui convocado, em 1983, para exercer o cargo de Diretor Comercial e Financeiro e posteriormente Presidente da Cia. de Eletricidade do Estado do RJ, tanto no 1°, como no 2° governo trabalhista, motivo de também termos sido distinguido com os títulos de Cidadão honorário de Niterói e do Estado do Rio de Janeiro. Em nosso retorno do RJ, no ano de 1987, a convite do Governador Waldir Pires, presidimos a CEASA e, em 1989, a Diretoria Econômico-Financeira da COELBA. Em 1994, requeremos nossa aposentadoria na COELBA e passamos a nos dedicar à organização partidária do PDT. Em 2003, por iniciativa de um grupo de intelectuais integrantes do lRAE - ­Instituto Rômulo Almeida de Altos Estudos, fomos guindado à direção dessa importante entidade da sociedade civil. Em 2005, assumimos a Presidência da LIMPURB. Em 2009, no exercício da Presidência do PDT, viabilizamos, o ingresso do PDT na Base do Governo Jaques Wagner e em mais uma missão do Partido assumimos a presidência da CBPM, onde nos encontramos atualmente. Nesses 50 anos da nossa baianidade, fomos agraciado com os títulos de cidadão soteropolitano, outorgado pela Câmara de Vereadores, em 2005, de cidadão Baiano conferido pela ALBA, em 2010, a Medalha Tomé de Souza, em 2014 e a Comenda 2 de Julho, em 2015. Nós não podemos escolher o lugar para nascer, em compensação Deus nos confere o direito de escolher a terra para viver, por isto há 50 anos optamos pela terra mater, a terra Mãe do Brasil. Gaúcho de nascimento e gaúcho de educação, desde que a Bahia nos acolheu, sou baiano de pensamento e baiano de coração. Aqui na boa terra plantamos e cultivamos os frutos da árvore frondosa do labor e colhemos prosperidade e felicidade.


* Alexandre Brust é presidente da CBPM e ex-presidente do PDT-BA

* Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias