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A hora da verdade para a educação em Salvador

Por Paulo Azi

A hora da verdade para a educação em Salvador
Foto: Divulgação
A campanha eleitoral começa para valer na próxima semana, com o início da propaganda de rádio e TV, e um dos temas que devem ganhar destaque é o da educação em Salvador. O debate já está sendo proposto até pelo governador do estado, Rui Costa, bem como por seus candidatos a prefeito. Isso será bom para a capital, que vai poder comparar números e ações e poder cobrar mais de seus representantes. 
 
Enquanto a rede estadual vive uma crise, com falta de pagamento a terceirizados, escolas fechadas e unidades necessitante de reforma, as unidades de ensino administradas pelo município deram um salto de qualidade a partir de 2013. A Prefeitura vai fechar este ano com 28% dos recursos orçamentários aplicados em educação, acima do índice constitucional obrigatório, que é 25%. Por isso, mesmo sem apoio dos governos federal ou estadual, foi possível fazer tantos investimentos na rede municipal. E o mais importante: boa parte desses recursos foram para a Educação Infantil, ou seja, para construção de creches e pré-escolas. 
 
Em 2016, Salvador terá duplicado o número de vagas na Educação Infantil, saltando de 20 mil para 40 mil. Um resultado melhor do que o alcançado pelo município em 80 anos. Para isso, está construindo ou reconstruindo novas creches e pré-escolas, principalmente nas localidades mais carentes, além de ampliar os convênios com unidades comunitárias. Somente no Subúrbio Ferroviário, foram 39 creches ou pré-escolas construídas, reconstruídas ou reformadas. Em parceria com os shoppings da cidade, outras 10 já foram entregues em vários pontos de Salvador e outras 28 serão inauguradas ainda em 2016. 
 
O governo do estado que acusa a Prefeitura de não ter feito creches é o mesmo que não construiu uma única sala de aula em Salvador, que não reforma as escolas estaduais em situação lastimável e que não assegura o pagamento em dia dos terceirizados, deixando estudantes sem merenda ou segurança e impedindo que as unidades de ensino funcionem plenamente. Essa é a realidade que nenhum discurso de campanha pode esconder. E o pior: desde que assumiu o governo do estado, o PT já fechou pelo menos 80 escolas em Salvador, a maioria em áreas mais pobres. Educação não pode ser prioridade apenas no discurso.  
 
Já a Prefeitura, que se organizou e passou a andar com as próprias pernas, reformou, reconstruiu ou construiu 190 escolas municipais. Outras 37 vão ser entregues ainda em 2016. Os números da educação em tempo integral também cresceram, saltando de 6,7 mil vagas para 11,3. Essa política provocou efeitos positivos principalmente nas áreas mais carentes. No Subúrbio Ferroviário, onde o número de vagas da educação em tempo integral saltou de 740 em 2012 para 1.327 em 2016, o índice de evasão escolar caiu 63% no período. Em toda a cidade, a taxa de evasão escolar caiu de 4,6 mil alunos em 2012 para 2,3 mil em 2015. 
 
O que esperamos é que esse debate no plano eleitoral aconteça em alto nível, porque é isso que a cidade merece, com uma campanha propositiva e que desperte no PT a vontade política para de fato investir em educação na cidade e no estado. O eleitor não aceita mais discursos ou críticas vazias, sem sustentação na realidade ou nos fatos. E claro que a Prefeitura não resolveu todos os problemas da cidade na área. Mas todos reconhecem que muito foi feito de 2013 para cá.

* Paulo Azi é deputado federal pelo DEM-BA

* Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias