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Sobre o Direito de Pensar!

Por Washington Luiz Dias Pimentel Júnior

Sobre o Direito de Pensar!
Foto: Divulgação
Recebemos e estamos a construir, com muita alegria, o movimento da Força Jovem da Advocacia Baiana, criado não por um grupo determinado de Advogados, mas pela união de várias ideias e ideais, por profissionais que, muito embora a pouca idade, acumulam experiências das mais variadas, analisam a Advocacia sob perspectivas diversas e, em meio ao caos, percebem a complementariedade de cada ponto de vista. E esse movimento não pretende parar, não há como parar!
 
Enfrentamos, nestes primeiros passos, questões de Ordem – perdoando o trocadilho – buscando salvaguardar esse momento histórico em que vivemos, é preciso canalizar para a Advocacia Baiana os ventos do empreendedorismo que há muito reclamam a nossa atenção, das inovações tecnológicas que beneficiam os Advogados, com maior destaque ao Jovem que cresceu e se formou debruçado sobre essa realidade, planos de ação para implementar os movimentos de valorização e incentivo às Start-ups Jurídicas e Co-working são itens de destaque na pauta.
 
Entendendo que o conceito de Jovem Advogado, hoje, representa algo em torno de 15.000 (quinze mil) advogados na seccional da Bahia, preparamos um plano de ação não só para o Conselho Consultivo do Jovem Advogado, mas para a Ordem dos Advogados como um todo, passa a ser envolvido nesta demanda todo o Conselho Estadual, todas as comissões deverão contar em sua composição, também, com um representante da Advocacia Jovem, existirão pautas direcionadas com os Conselheiros Estaduais e Federais, tudo isso visando a consolidação da atuação e preparação do Jovem Advogado para, em um futuro próximo, ocupar a sua vaga no Conselho Seccional.
 
Reinvindicações antigas em relação à gestão institucional sofreram significativas mudanças, pautamos nossas sugestões em critérios de governança, sob a influência dos modelos de gestão e controle fundamentados em indicadores e metas de resultado e qualidade, reestruturando sobremaneira o diálogo institucional com a categoria.
 
Revisitamos, também, os programas de qualificação do Jovem Advogado em pareceria com a Escola Superior de Advocacia, identificamos modelos e instituições com propostas que, além do conteúdo jurídico, permitem formar profissionais com habilidades em gestão, fomentando a renovação do empreendedorismo jurídico, garantindo à ESAD destaque nesse movimento.
 
Os controles para defesa das prerrogativas estão na ordem do dia, precisamos ganhar escala e mobilidade nos meios de denúncia utilizando a inteligência artificial, modelos de aplicativos foram desenhados para funcionar como um guardião da Advocacia, desde uma funcionalidade que informa à Ordem dos Advogados do Brasil e seus inscritos sobre o local e a natureza da violação das prerrogativa, como outra que permite um movimento conjunto com os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário em busca da construção de melhores práticas por parte do serviço público.
 
Os honorários advocatícios também passam por uma reformulação, desde a atenção necessária ao piso salarial, com projetos de lei a serem apresentados ao Governo do Estado e Assembleia Legislativa, como o controle da desvalorização dos serviços de correspondentes jurídicos que vem gerando enorme insatisfação em virtude dos preços praticados, existindo a proposta de uma tabela de atos para serviços dessa natureza.
 
O que nos causa estranheza, e isso sim tem que cessar, são posicionamentos ácidos de quem, se valendo dos mais variados expedientes, passa a questionar um movimento legítimo e que em nenhum momento busca descredenciar quem quer que seja, não existe um alvo - humano e/ou profissional - a ser atingindo, existe sim um esforço empreendido no sentido de revisitar e questionar as práticas e a realidade da Advocacia para o Jovem Advogado, lançar novos desafios e enfrentar os entraves para modernizar e fomentar o empreendedorismo na Advocacia.
 
Negar a pluralidade, a crítica construtiva à essa realidade que não nos agrada, ignorar um conjunto de ideias que, se implementadas, modificarão substancialmente a Advocacia e, sobretudo, combater a voz e a independência inerente ao ser Advogado nos fez revisitar uma leitura muito interessante da obra de René Descartes: 
 
"O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída, porquanto cada um acredita estar tão bem provido dele que, mesmo aqueles que são os mais difíceis de contentar em qualquer outra coisa, não costumam desejar tê-lo mais do que já o têm”.
 
Não há como abrir mão do nosso direito de pensar diferente.
 
Cogito ergo sum.
 

* Washington Luiz Dias Pimentel Júnior, advogado, bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Estácio de Sá, cursou as Pós-Graduações em Direito e Processo do Trabalho (2011), Direito Processual Civil (2012) e Direito Tributário (2013-2014) pela Fundação Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia, MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas, possui Habilitação em Reestruturação Empresarial  com ênfase em Fusões, Aquisições e Recuperação Judicial e Extrajudicial pelo INSPER, professor das cadeiras de Direito Financeiro e Tributário da Faculdade Batista Brasileira e em cursos preparatórios para carreiras jurídicas.

 

* Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias