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As turbulências políticas de agosto e a legalidade

Por Alexandre Brust

As turbulências políticas de agosto e a legalidade
Foto: Max Haack/ Ag. Haack/ Bahia Notícias
O mês de agosto é lembrado como o mês das bruxas ou dos cachorros loucos, para o povo e no meio político, como o mês do desgosto, pois a história registra que nesse mês ocorreram as maiores e mais fortes turbulências na política republicana, quando entreguistas brasileiros, liderados pelo “corvo” Carlos Lacerda, aliados aos interesses do imperialismo internacional, “suicidaram” o Presidente Getúlio Vargas, em 24 de agosto de 1954, provocando manifestações populares em todo país; quando o Presidente Jânio Quadros, pressionado pelas “forças ocultas”, que vislumbravam mais um governo nacionalista, antes de completar sete meses de governo, renunciou ao mandato, em 25 de agosto de 1961.
 
O veto dos militares golpistas à posse do vice-presidente João Goulart, eleito legitima e democraticamente, à época o vice também era votado, provocou imediata reação do Governador do Rio Grande do Sul Leonel Brizola, que comandou a Campanha da Legalidade, o maior movimento popular no Brasil, desde a Revolução de 1930, comandada por Getúlio Vargas.
 
A firmeza de Brizola nesse episódio, o transformou num líder nacional, retardando a conspiração da direita, que culminou com a deposição do presidente Jango no Golpe de 1964, por isto, o dia 26 de agosto de 1961, data da Legalidade, consagra a luta democrática dos brasileiros na defesa dos seus direitos políticos.
 
Também, em 22 de agosto de 1976, um inexplicável acidente de carro, na via Dutra, matou o Presidente Juscelino Kubistchek e em 13 de agosto de 2014, em acidente aéreo a morte de Eduardo Campos candidato a Presidente.
 
No regime democrático, é natural eventuais turbulências políticas. No campo da democracia, o jogo entre partidos da oposição e do governo, geram embates calorosos que, por sua vez, produzem ventos e até furacões como os acima relatados.
 
Na aviação, é importante a previsão da meteorologia na localização das áreas de turbulência, pois permite ao comandante da aeronave escolher uma rota segura.
 
Na atmosfera política, também são previsíveis esses fenômenos permitindo que os dirigentes, dos poderes que sustentam o regime democrático, tanto do Executivo, como do Legislativo e do Judiciário, priorizando os interesses nacionais, através do dialogo e do bom senso, possam escolher uma rota livre de bombas pautadas e terroristas.
 
A nação é o todo e todos, do governo e da oposição, eleitos através do sufrágio popular, são detentores de um mandato que os responsabiliza pelo bem estar do povo que representam.
 
Alguns políticos da oposição, todavia, insatisfeitos com a derrota, aliados aos saudosistas do poder e golpistas de carteirinha, sob o comando do psico-políticopata da casa do povo, legítimo representante das elites, que o velho guerreiro Brizola há anos já advertia: “As elites dirigentes preferem se aliar aos interesses de fora do País do que a seu próprio povo. São os principais responsáveis pela humilhação do País e a miséria do nosso povo. São levianos e mesquinhos e, se dependesses delas, levariam até os Estados Unidos e a Alemanha à falência. A burguesia brasileira não cabe em Miami.
 
Tudo tem sido feito para este País não dar certo”.
 
Infelizmente, a grande imprensa, como agente do poder econômico, atua claramente na defesa dos interesses desses grupos, envolvendo com habilidade a opinião pública a favor dos traidores dos brasileiros.
 
Se os legalistas do Congresso, não tomarem posição firme na defesa da democracia e das instituições, neste agosto poderemos ter novas turbulências, capazes de agravar a atual crise moral e ética e proporcionar, como no passado, um novo agosto, que jamais deveria se repetir.
 
“Alea Iacta est”. (a sorte está lançada).
 
Está na hora da comandante Dilma assumir o comando da “Aeronave”, antes que o copiloto suicida provoque um acidente, prejudicando seus 200 milhões de passageiros!


Alexandre Brust é ex-presidente do PDT-BA

* Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias