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Creche, um direito da mulher

Por Leda Jesuíno

Creche, um direito da mulher
A creche, na exaustiva vida da mulher no mundo contemporâneo, é uma alternativa que exige esforços do poder público e dos cidadãos, vez que está em pauta a criança - riqueza de uma nação. Cuidada devidamente, este precioso manancial constitui o mais importante fator de desenvolvimento de uma sociedade organizada. A criança, potencial de prosperidade do país, necessita de um olhar reflexivo, e por que não dizer, científico e mais adequado ao paradigma do mundo atual.
 
Não é sem razão que países desenvolvidos, principalmente os europeus, consideram imprescindível a permanência da mulher junto ao filho durante o maior tempo possível para o acompanhamento devido, visando o benefício a ser auferido com crianças saudáveis, jovens ajustados e cidadãos produtivos. A maternidade, portanto, passa a ser avaliada como um bem social, de modo a tornar possível uma juventude saudável e equilibrada, e um psicossomático ajustado neste conflitante mundo moderno onde crianças apresentam síndromes depressivas já na primeira infância.
 
Mulheres de todas as classes sociais, impulsionadas por circunstâncias diversas, vivem em fogo cruzado a desempenhar vários e complexos papéis. Além de ser cobrada competência, eficiência e eficácia, a boa apresentação e a postura sedutora são necessárias. Dentro de seus variados papéis de mãe, filha, irmã, profissional, esposa, amante e amiga; o estresse, a exaustão e as patologias estão presentes. A creche representa para a mulher que desempenha os diferentes papéis da maternidade e da profissionalização, a possibilidade de um viver mais ajustado a seus afazeres, com mais tranquilidade psicológica para o seu dia a dia atarefado e estafante.
 
Destemida, a mulher enfrenta corajosamente inúmeras situações conflitantes na sua condição, consciente de seus diferenciados papéis. Nas classes menos favorecidas, o problema se tornou sufocante e levou a mulher a apelar para reunir crianças em casa de uma companheira mais idosa da comunidade, a fim que seja possível trabalhar deixando-as em local seguro. Surgiram, assim, as primeiras creches, meros abrigos, apenas fundamentadas na boa vontade, compreensão de dar às crianças alguns cuidados e atenção. Ainda hoje, esse paliativo funciona em diversas comunidades.
 
Alguns anos depois, os poderes públicos assumiram a responsabilidade de organizar creches, de acordo com os critérios técnicos necessários e com um corpo de profissionais especialmente preparados, aptos a desempenhar suas funções. Surgiram as creches como alternativa para a mulher trabalhadora.
 
As instituições socioeducativas e assistenciais debruçam-se sobre o “binômio mãe-filho”, compreendendo a importância desse problema para o desenvolvimento econômico de uma nação, uma vez que a introdução da mulher na força de trabalho representa fator significativo do crescimento socioeconômico e cultural sustentável de um país.
 
Hoje, creches como a instalada na Mansão do Caminho, de Divaldo Franco, prestam inestimáveis serviços, especialmente a mãe e a criança carente. Agora, equipe da Liga Álvaro Bahia, presidida por Durval Olivieri, mantenedora do Hospital Martagão Gesteira que este ano comemora 50 anos da sua fundação, está dando um passo adiante. Em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), desenvolve um novo modelo de Creche Escola chamada 3 em 1, onde a criança, além de cuidada, alimentada e educada, terá também acompanhamento de saúde com a mãe sendo treinada em cuidados da saúde da família. Um bom exemplo a ser adotado e multiplicado.
 

* Leda Jesuíno é escritora e é presidente de honra da Academia Baiana de Educação

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias